Casos Forenses

.. • : .. .... ··• ,. - 233 . ... . ' largamente estimado e respeitado n a socied ade, 'ell e um mero criado, j ar d ine iro tomado ao seu ser viço, sem instrucção, sem educação, sem pred icad o algum que o r ecommende na soc iedade em que ambos v ivem. A sociedade ac tu al n ão pode deixar de extranhae tamanho desprendimen to, tão b rusca descida do ni ve l em que ell a v iv ia. Não é todavia o facto uni co da des igualdade na hi erar chi a social que torna dig no de .censura o seu proced imento, que se pode r ia t l' ad uzit· po1· um s nti– mento su per ior de egualdad e e frater nidade hum ana . O seu escopo é bem ou tro, a satisfacção de uma pai– xno, que, pela v il eza do seu objec to, descamba para o torrono da supina immorali dad e, a pa ixão amorosa·, a satisfacção dos gosos genes icos. Devia a appellante ponderar que pela sua a va n– çada edacl o, n ão pod ia inspirai' a p essôa a lg uma, e mu ito rn eno n um moço no max imo v igor da sua vi– r ili dad e, o amor que deve ser a base em q ue assen ta a fe licidade da v ida co njugal ; e que ass im esse incl i– vi luo v isa un icamente a sua fort una não p equena. Eli a, por ém, se compt'ehe 11 de tuclo isto, e tudo sa– cr ifi cn em favo1· desse desordenado desejo, b em r evela estar presa dess a infe liz paixão, que ell a acar icia cu i– dadosamente, escl'av isando-se, deixando-se vencer, e paten tea ndo q ue em seu cer ebro predomina extrao l'– clinar iamente esse pensamento que altera-lhe profun– damente o processo da icl eação norma l. A paixã o amorosa nos primeiros annos el a juven– tud e é phenomeno commum; todos os di as v emos os moços desv ia rem-se elo cami nho que deveriam razoa– velmente trilhar para d ar sa tisfacção ao ob jec to do seu amor. E m uma senhora octogena r ia, porém, ella é de ta l ordem anormal, que excede a meta elo r azoa vel. Pa r a satisfacçfio des a libid in agem, doen tia em - _., • • •

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