Casos Forenses

- 93 se ellas nem sequer foram iniciadas, como poder o appellado exigir essa importancia '? Diz-se porém que a obrigação do cliente do appel• · lado origina-se do facto de ter elle constituido novo procurador, dedusindo-se d'ahi que se dera o caso de desistencia a que se referem as palavras finaes da citada clausula 4.ª . Antes de tudo, não está provado que o consti– tuinte do appellado tivesse constitnido procurador o Dr. E. para as referidas demandas. O que consta é que o referido Dr. foi constituido advogado na causa de embargos á primeira, movida por D. 1\1. G. contra o constituinte do appellado; d'ahi porém não se pode com justa razão concluir que elle retirara do appel– lado os poderes que lhe conferira para as outras de– mandas, se é que taes poderes já lhe haviam sido dados. E quem sabe se taes poderes lhe foram conferidos, quando era incerto: 1. 0 o exito da primeira demanda, de que dependeria a propositma elas outras ; 2. 0 s i essas propriedades permaneceriam para o futuro em poder do mesmo individuo, que tinha a faculdade de ctispôr d'ellas como bem entendesse; 3. 0 si teria do propôr essas demandas contra essas mesmas pessôas, ou se contra successores singulares'? O que pois é mais curial e melhor se presume, é que tivessem as procurações de ser passadas em mo– mento opportuno. D'ahi se evid encia que nem mesmo a qualidade de procurador foi pelo appellaclo provada; e no caso era ella essencial, porque é justamente a qualidade de advogado em demanda certa que justifica o executivo por honorario, e olla não con s ta absolutamente dos autos. O que d 'ell es se verifica é que taes demandas não for am p ropostas.

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