Annaes da Assemblea Legislativa Provincial do Pará- Sessão de 1867
6 SESSi\.O OI\.DINARIA EM lG DE AGOSTO DE 18ô7. orçamento provincial, s. exe. <lcpois de lhes expôr quaes os seos planos, quaes as suas vistas, qual a commissão <lc que ,·inha encarregado (apoiados), disse com a franqueza de que clle se orgulhava, que nós podíamos seguir 110sso caminho, porque clle seguiria o seo (apoiado.) O sn. l\-I.uc1rnn:-Tal era o cynis– rno da primeira autoridade da pro– vincia ! O sR. A111rn1co:--.!favia porém uma grande diífercnça entre nós. O nosso caminho era o <la moralidade, do in– teresse publico, dos melhoramentos da província (muito bem); e o de s. exc., o da corrupção, do assalto ás ur• nas, e do çsbanjamento dos dinheiros publicos ! {llluito bem ). Era poi!. im– possível :ro sr. Leão Velloso acompa– nhar-J!OS; e pela nossa parte tambem nãg lhe di~utamos um passo na ve– red~ que lhe aprouve trilhar. __J)esde que se reconheceo o animo hostil em que estava o presidente da província para com esta assernbléa, · era -0c esperar ljUt:: Mtcct::c..lt::i.i.e u tiue -vimos cm breve realizado. Leis de in– contestavel utilidade publica acinte– mente deixarão de ser sanccionadas .• O sR. MALcurn:-Ou não executa– das epois. O sn. A1rnnrco:-E a propria lei do orçamento, cm clrja confecção no~ ti- - nhamos esmerado tanto, que trnlia -..e.sido wnfcccio11.-ada debaixo dos _pri?: . . da 11 -~ . vera economia foi c.1p10s 1u1:.--. • 11cgada a sancção; mas ~ ? 1 preciso ue o presidente da provinc,a não trepidasse em recorrerá uma fal– sidade, crcando a e;tistencia de um deficit imaginado para assim. nos po- d banJadores 1 der lançar o estygma e_ cs · fü,hanja<lores, nós que tmhamos rege– nerado os orcamcntos, · c~rcea nd0 os abusos de qué se cosLUrnavão alimen- tar os parasilas do thesouro; nós que . amos ticlo ,. pru<lencia de. acau- , tellar os saldos existentes nos hancós para que não fossem desbaratados em remuneração de serviços elcitoraes ! O sn. l\IALCHEn:-1\Iuito hem; dis– tribuiu ao seu bel prazer. O SR. Anrnn1co:- .•.• entrelanto o sr. Leão Velloso nos accusava de esbanjadores ! Sr. presidente, podia ir muito lon– ge, se quizesse continuar neste terre– no; mas ainda não é chegada a occa• i.iào de discutir a administração tran– sacta, que âeixou de si bem vergo– nhosas recordações. ( Apoiados; muito bem!) O ~- MARTINuo Gur:.'IIARAES:-E que será fatal á provincia. , O sn. A111En1co:-Aguardar-me-hei para essa occasião, e conto com o apoio unanime desta assembh5a, que ainda o anno passado deu provas exu– berantes da nobreza do caracter de cada um de seus membros, unindo-se em um só pensamento para resistir as · seducções e ás amcac;as com que se procur::n-a cx.tor'lui1·-lhc um voto de adhesão á pelitica desgraçada do per– sonalismo inhugurada nesta provincia pelo sr. Leão Velloso. Estas considerações, sr. presidente, poderão talvez parecer importunas e mal cabidas; mas desde já asseguro á. casa que tem a mais intima connexão com u maleria do meu requerimento. O sn. MALCll'ER:-E' bom para se saber qual o vento que sopra ! _q sR. A:1rnnrco:-Durante a sessão passada, sr. presidente, nós nos esfor– çamos o mais que era possível para traduzir cm leis o pensamento desta asscmbléa cm relação aos melhora– mentos de cuja necessidade a provín– cia se resenlia; entretanto, corrlo j~ tive occasião de dizer, a m6r parte dessas leis não forão snnccionadas. Das que nos forão remcttidas em tem. po de poderem ser sttjeitas a nova discussJo uesta casa, tres forão appro•
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