Annaes da Assemblea Legislativa Provincial do Pará- Sessão de 1867
• • • • 1 i8 SESS.-\0 ORDlNARIA E:\1 7 DE •OUTUBRO DE 18G 7. Reconheço sr. presidente, que en– tre nós as mais bellas instituições tem sido desvirtuadas porque o espírito da política, penetrando por toda a parte, leva o seu sopro mortífero, estraga tudo. Eu me recordo de ter dito na primeira discussã~ t:tue lamentam sinceramente que a política intervies– se na instrucçilo public;i, e que ·por estes mesquinhos interesses de parti– do se destuidasse da educacão da in– fancia. Veja o nobre <leput;do que eu o precedi na apreciação, que fez da influencia perniciosa que a política exerce sobre a instrucção publica; mas creio que tcnhc uma vantagem sobre o nobre deputado ..• O sn. Fn1x:-.Mnitâs. O sn. Am:Rtco:- ... que é t1:r si– do mais senro e mais imparcial na minha apreciação porque condemnei a influencia de todos os partidos, O SR. FEL1x:-Eu não deixei de condemnar, mostrei que essa influen– cia se tinha tornado perniciosa com a crcação dos delegados. O SR. A111ER1co:-Se os delegados de instrucção publica saõ como disse o nobre deputado, agentes eleitoraes, perseguidores políticos, igual carac– ter pocle-se altr ibuir .com maioria de razão ás camaras mu11icipaes, pois o nobre deputado sabe que c5tcs cargos de eleic;ão popular exprimem sempre a idéa de um partido, entretanto que os cargos de nomeação do governo nem srrnpre tem significac_:ão 1iolilica. O sn. .MALcnrn,-I.lóde-se dizer • outro tanto, sempre. O s1;. FEL1x:-Ainda não Yi uma · non1cação que não fosse feita nesse sc11ti<lo. - • <;> 511 • A~tt .rl)(::o.-Se os delegados da rn.s t ruc<_;,,o_ 1~ 1 ~\ilira sempre expri– mem uma opuH;t,, politica, as camaras municipacs, lambem sempre o expri– mirão, C!>mo uma <lificrença que para contrastar a influencia dos delegados da inslrucçào publica ha a faculdade de serem dimittidos pelo presidente da pro,·inci_a; entretanto para contras, tar a influencia das camaras mu– nicipaes, não ha meio possivel du– rante o seu quatricnnio. O SR . .MALcnER::-A suspensão pelo presidente da provi11cia. O SR. AMER1co.-O mal em um caso é rcmediavcl, em outro é irrc:.. mediárcl durante 4 annos. O sr. MALCHEn:-Tào difficil ~ di– mitlir um homem, como suspender 7. O SR. A111tmCo:-Para a suspensão serão precisos motivos de ordem mui– to elevada, entretanto que para a de– missão Lasta uma portaria do pr96i– dente da província simplesmente. O sn. .M.ucurn:-A mesma cousa para a suspensão; lembre-se o que aconteceu no anno passado. -O SR. AMi::mco:-0 noLre depu– tádo querendo sustentnr os.eu projcc- - lo .... O SR. FEL1x.-· Meo não. O sn. A11rnruco.- . . • . o projecto da illustre commissão de instrucçào publica, nos recordou esses tempos Yergonhosos d'uma administração im– prudente, que não se arreceiou de aífrontar a moralidade publica; mas cu não sou tão ckscrente que me per– suada e1ue na cadeira da presidencia ha de sempre sentar-se um corrup– tor, não sçu tão descrente que me persuada, que no regimem represcn– tati vo tudo esteja perYertido, que não se possa esperar que n'aquclla cadei– ra se sente um homem moralisa<lo e amante do paiz. ( Apoiados). O sn. l\IENINÉA:-Como é o act4al presiden lc. O sn. Am:mco:-Se_ infelizmente nó~ ti,~csscmos chegado a esta grande ah.1ccçao, de sorte que os presidentes nos fossem enviados como Atti las, como verd:ulciros Aagdlo~ para as • •
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