Annaes da Assemblea Legislativa Provincial do Pará- Sessão de 1867

• • • • SESSÃO ORDlNAl\lA EM i DE OUTUBRO DE 1867. 145 mesmo que Plinio a respeito da phe– nix-Rara avis in terris. O SR. CORDEIRO DE CAsrno:-Obri– gado. O sR. F.1tux.:-1\las a maioria <los delegados não cumpre cxactamentc seos deveres, não se servem destes lugares senão tomo meio politiéo; . e ellcs mesmos são dados como remu– neração desses serviços. o SR. A~lARh.L:-E' injustiça que faz á muitos delegados. O sn. FEL1x:-Para isso salvei as honrosas exccpções, e com cssa -sah-a-· guarda estão defendidos os outros. V cjamos sr. presidente, como êum- •prem os delegados ela instrucção pu- hlica seos deveres. Se os professores são da mesma parcialidade política, estão habilitados para dei'.'l.arem d~ cumprir seos deveres, e mesmo para commettcrem abuzos, porque os de– legados não fazem disto a menor questão, pois entendem que não é conveniente desgostar o correli!riona– rio politico; se porém elles s1o de outra p:ircic1liclade, então tudo muda de figi1ra; porque, por mais dedicado que seja o professor no cump1 imento de seos deveres, o delegado da ins– trucção publica umpresla-lhe defeitos que não tem desgosta-o, e indispõe– n'Õ mesmo, com a directoria da ins– trucçào publica, e o resultado de tu<lo é uma remoção com a qual se preju– dica o proféssor em · seos interesses e isto unicamente para satisfazer-se os caprichos <l'uma autoridade, cujo ti– tulo de recommen<lacão, á:; mais das -vezes, é dispor <le alguns votos, ou ser creatura d'uma iníluencia politica 1 O que digo não é 1.ovidade, sr. pre– sidente, pois é o que se tem observa– do. Eu sou tamhem de opinião quo se para delegados da instrucção publica fossem escolhi<lüs cidad.'ios dedicados, am,mtcs da instrucção, que promo- vessem o seo desen\'olvimento, muito lucraria a instrucção com taes (unc– cionarios, mas, é isto srs., o que não acontece; por isso que a maioria não estando nestas condicções, não se im– porta de curar de seos deveres; rece– be o lugar de delegado da instrucçào publica, como uma honra e só se !Iene delle para perseguir o professor con– trario á sua parci~lidadc. Delegados d-a iustrucção existem; como acabou de observar o sr. conego Pimentel, que nem o nome sabem assi-gnar, O SR, PtMENTEL:-Sim senhor; o sr. Cardim, n~o sabe)er nem escre– ver. O sR. FEL1x:- Já ,·ê portanto que um delegado 8estes nenhum seniço pódc prestar a instrucção publica. Foi neste intento que, me persua– do, os nossos dignos collegas mem– bros da commissão de instrucçào pu– blica apresentarão este artigo e~tin– guindo os logares de delegado da instrucçào, porquê não preenchem as vistas ela lei; e desde que não as pre– en~hcm, torniio-sc inutcis,· e por con– seguinte devem ser cxtinctos. : 1\fas havia a necessidade de ficarem os professores <lebaixo d'uma imme-· diat.a inspecção: a <1uem seria clla confiada ? Julgou a nobre commis• são que nenhuma autoridade mais in– teressada em pn:imover os melhora– mentos materiaes, moracs e intdlec– tuaes de. seos municipes do que as camaras municipaes; e foi uma ioju~– tiça collocal-as 110 ponto cm que as col-locou o nobre deputado. O SR, A~1rn1co:-Como o nobrl' deputado fez a todos os delegados da instrucção· publica . O sR. FEL1~:- Nào fii á t<1dos. salvei as excepçõos, no cn1a11to O no• bre dcpulado quando accuzou ª~ ca– maras nnmicip:u'o; não tcYe ao menos cm consid<'rac:io qtf~, dentro dc,te • •

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