Annaes da Assemblea Legislativa Provincial do Pará- Sessão de 1867
SESSAO Ol\.Dl~.UU .\ UM ;3 DE ou runRO DE 18G7. 1 .1 l passado no Rio <ÍC Janeiro, e pc)·gun• tanclo-se-lhe pelo sello rnlante, não soube o qn1~ cr'a. O sR. 1bu:nrco:-Sc era assim igno– rante .css(quc tinl1a urn titulo, quan- , to mais os que o m,o tiYcrcm. . A pratica crue se cp1cr cstaLeleccr, esta pralica perniciosa cujo àlcJnce nem todos comprel1endcm, é entre– tanto reprovada nos paix.cs illnstradis– simps ao pé dos quacs nós . nada so- 1nos. . Dizia um ministro de instrucc;ão publica. cm França llê). A prova· de capacidade d'aq11ellcs que pretendem encarregar-se da educação da 111.ici– dade não é um embaraço á liberd:,idc <lo ensino, como não se cmbaraca a Jibcr<ladc das profissões de mcdi~o e de ad,·oga<lo, exigindo seus titulosac,a- <lcmicos. O sabio Cousin, que é uma autori- . <ladc cm matcria de instrucção pu– blica, diz: O exame <lc capacidade im– posto aos candidaLos ao m:igi~lcrio pela lei <le 1833 elevou rapidamente o nivcl da inslruccfo. Estns palavras ;r, 1>1·csidentc, fallào mais eloc1ucnte e mais alto do que quaesqucr co11si<lcraçõcs que cu possa a<lduzir em sust.,cntação das minhas idé'1S, O sn. AccAc10:-Lance setlS Q\hos para .a Bclgica, O SR, A:nrn1r.o:-Noto q1re a com– paraç-,10 que os illuslrcs deputados querem trazer deslcs paiz.cs adianta– dos em ciYi!isa(io, não pódc ter cabi– mento desde que estes paizes siio pos • l tos cm f.>ararello com um paiz que 1 agora começa seus primeiros passos l na instrucção. Onde tudo é illustra– <lo, não ha receio dt! que o incapaz se atreva abrir uma cscóla de ensino pri– maria; mas onde ha falt:i de instrue. ção, onde lia m1_1ita gente que não tem os conhcc1111cnto-. 11cccssarios, ('nele o magisterio é mais um _meio de Yida, <lo que um saccrclocioi. ha um perigo nesta libe,·dade de ensino. O sn. .Ac~.\Cio:-Leia o § unico <lo art. l 1. 0 sn. A:\1En:có: - E' onde quero thc;ar. Os illu.strcs deputados qua querem a liberdade do ensino, sujei– tão a cscóla á iHSpccçJo do go,·crno. De sorte que nós sódi!>cordamosn'um ponto: Eu quero que a pr o,·a de suf- . ficic:1cia prcccd,1 ao estabelecimento da escóla, os nobres deputados que– rem que a prova venha <lepois; a dif– f'crença portanto. não é grande: cu quero evitar o mal. porque sei como as cousas se passão entre n6s, sei que . depois .de estabeieci<la .uma escó– Ja, por mais inhabil que seja o profes– sor, ha de continuar a fm1ccionar, porque nós dot:1dos d'um gc11io com– place;ntc h. vemos de dizcr:-Não fa– Çt!mos , mal no pobre professor, tira d'ahi seus meios de ,·i<la, smtenta uma numerosa familia; para que fcicbar a escóla ? Quem quizcr mio ,·n lá etc. etc. (,4poi{l(/os.). São esta!\ e outras as razões que me obrigão a sustentar a mcdi«Ja que exige o exame prJvio da capacidade .do professor. E' Lcllo de dizer-se, que os pais in– intcressados na educação <le seus fi– lhos serão os primeiros a evitar que o professor inhabil tenha concurrcncia: mas aincla assim era preciso que o porn tiYessc um certo grão de illus– traçào. Mas quando nós sabemos que entre nós muitas vezes o que decide da escolha <la cscó\a é a proximidade do logar ( npoiatlos); quando sabemos que muitos são le,·a<los pela barateza do preço e por mitras circuinstancias; quando tudo isto se dá entre nós, penso que nfio póJcm scl' adaptadas as reformas seguidas cm outros raí– zes, po1·quc tacs reformas não tem nenhuma applicação com o nosso c~– tado dr. cousas . E · preciso <illG a opt– niào puhli c, 1 c.-.t, •. ia ,fo,po<ila r•ara e ste~
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