Annaes da Assemblea Legislativa Provincial do Pará- Sessão de 1867
SESS:\O ORDit\AR.J.\ E1I 3 DE OCTCB~O DE 186 7. 12 r> de grandes vantagens; cercear as pou– cas, que lhes são c0nce<lid:-is, é uma falla de raridade imperdoa,·el. Quero fazer jusl iça aos dignos sig– natarios do projecto, eslo :1 persuadi– do que não tiveram intenção de prc– . ju1licar os pobrr.s professores; entre– tanto é isto que se inforc das medi– das propostas. Se me não foi <lifficil sr. presiden– te, como parece, JH'ovar que o pro 7 jecto é prejudicial aos professores, muito mais facil ser,í a demonstração de <1ue ellc prej11dica ao ensíno é en– torpece a acção da autoridade incum• bida de Yelar sobre o ensino publico. No projecto sr. presidente, estão lembradas tres medid:ts que cm rni– nha oppirnão concorrem para este fim a primeira é a extinção dos lugares de delegado <la instrucção puolica: a segunda é a diminuiçãb das attribui– ções do director da instrucção; a ter– ceira é a pretendida liberdade de ensino. - U sn. GuE11AnÃEs:-E' mais comre- nientc para mim. O sn. A)1r.n1c.o:-A insppcc:ão das cscólas sr. presidente, até então exer– cida pelos delegados passa no proj cc– to a ser exercida pela eamara muni– cipal. Não sei que raz.J:o induz.ia os il– lustrcs membros <la commissão de ins– trucção publica a fazerem semelhante innoYaçiio, procurei mesmo ver se atina Ya com a causa, e apenas o mca espirito me sugcrio uma, serem o~ d?legados da instrucção publica or– dinariamente tirados dos seios dos par– tidos, e como lacs tornarem-se mui– tas vezes pe rseguidores implacaYcis dos professores. A ser este como penso o motim qnc lerou a illustre commissão a:1wopor a rnudanc_:a, j á Yê a assembl éa que eu tenho aprese nta• do argumentos cm toda a sua; mas seja-me permitti<_lo duvid a r q ue o m al possa se r r cm cd 1ado, p a ...sa ndo a ins· p ccção p3ra as c:rniaras muni<'ip:.i es, qt:e como nós sabemos são corpora– ções polilicas e seus membros sujei– tos as mesmas paixões, a que estão suje itos os dckga<los. ,. . O que ha-de · succcdcr sr.~pres1 · dcntP, é que o pobre professor se ea– hir no .desagr"ado da c.. rnara munici– pal por não partilhar as idéas politi– cas <los seus mcrnoros, em ,·ez d'um perseguidor como outi·'ora, terá sete perseguidõrcs cada -qual mais impla~ CaYcl nos seus odios (l',iio ap~iado.) //ozes.-As camaras tem 7 e 9 membros. O sn. Altrnrco:-Eu quiY. fazer uma. excepção da camara da capital. Sr. presidente, contra os desman– cos dos delegados da instrucção ha,·ia o recurso do presic.Jente da pro,;ncia; que pódc <limitil-os; mas contra os desmandos das camaras municipaes, não lia nieios cohcrcclivos durante os 4 anno/: que exercem seu mandado. O sn.. 1\i.uc11En.- O presicl~ntc, lambem pó<lc ir as cam::i.ras muci– pacs. O sn. A:m:mco.-Estão vendo os noLrcs <lepulaclos que se quer liber– tar a pobre classe dos professores do jugo dos del egados para vir pol-a sob um jugo ainda maior! Na 2.º discus– são, hei-de tratar dctalfo.damcnte deste assnmpto e mostrar as incon– veniencias da inspecção repartida por tantos, reserv0-01e para e!la; isto só foi para mos trar a inconveniencia do projeclo cm relação ao ensino. Sr. presiden t e, cu lamento que o es pírito d e pa r tido influa nns nego– cios que d i.:crn r c.-;p{ài to a í nst ru rç- ão publi ca ; q ui zc r a , el -a livre desta in– tlu cncia pernic iosa, q ue acoroçoa o p atron a to , JH'Ot cgc a incapar i<la<lc, e pc rSl'guc o mcrito. lnfe 1 izmcntc os parli<los ai nd a não estão has ta :1te mo– ra l is&dos para anteporem_ o L<'m p_u• blico as snac; ('(lnvcnirrH:1a..,; e as-.;1rn •
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