Annaes da Assemblea Legislativa Provincial do Pará- Sessão de 1867

sgss.lo ortOI~.\rlu E)I 21 DE SETE~mno DE 18Gi. 101 lhorarncnlo que lia de trazer grande IJeneíicio a provincia, porque diz res– peito a nossa alimentação, que passa por não ser de primeira qualidaac. O sR. l\lALcnER.-Sr. presidenle, ainda permaneço nos meus principias apezar de ter · discutido muito bem o sr. deputado, não me acho convenci– do; permitta-me pois que não aban– done a minha primeira opinião. Sou ámante da liberdade politica devo ser tambem amante da ihdus– tria; e se não estivesse convencido <lc que a nossa provinci..., ainda não 1 está nas condições de poder obter immedialamente todas as vantagens ela liberdade ele industria, votaria contra este projecto; conceder ..... 2;,:000~000 r-2is a um emprezario para fornecer peixe, é promover de certo modo o monopolio do peixe, e · matar todas essas pequenas industri-" as, de que vivem muitos dos nossos contcrrancos. Todos os que vivem de pescar hão de abandonar esse genero <le viYer, porque ha um privilegeado. á l{Uem se ,dá 25:000$000 réis para poder viver d'esse 1nodo. :Mas como ,·~jo que apczar de plena liberdade nós continuamos, e havíamos de con– tinuar por muilo tempo privados do abastecimento do pescado fresco, ape- 2ar de serem as nossas costas consi– deravelmente abundantes de peixe, voto r.ara que se dê a dita quantia · de 2::>1000$000 réis, só assim fi– caremos mais bem servidos. O mal que rc_sulta da subvenção a este em– prezar10, trasendo um bem que toca a grande numero de pessoas, está no caso de ser adoptacfo, embora se não possa evitar no todoo seu cffeito ma– lefico, que é o desapparecimento <l'essas pequenas industrias. ( Muito hem ) As_sim penso que devo appro– var O pr 0 Jecto; mas tambem continuo a pe~sar ai_nd a que deve ter a presi– dcnc,a, mator lihcr<la<le para escolher. Com este mesmo emprezario já se obserrnu, que a livre concurrencia trouxe melhoramento de um pro– duc:to, que elle foi o primeiro, quo introduzio, e de que no principio se foz muiLo uzo: folio do gêlo, <los sor– ·vetes. Foi ellc o primeiro que mos– trou a fabrica de fazer o gêlo; teve plena liberdade de vendei• o pelo pre– ço que enlen<lia; não tt>ve quantia al– guma pela introducção; um segundo appareceo, e em vez d'um fornecedor do gélo, tivemos duas machiaas de faz.el -o. Houve abundancia de gêlo ; esta trouxe a baixa do preço, o que por sua vez originou um outro me– lhoramento, o pescado fresco; foi a livre concurrencia que o determinou obrigando o primeiro introductor do gelo a procurar novos meios de em– pregai-o convenientemente; para dar sahi<la vantajosa ao producto dá ma– cl1in..t --1uê foi o primeiro a intr:>duzir; Por meio do gêlo podia conservar o pescado, e trazel-o ao mercado da capital, eis como appareceu mais este melhoramento. P0r tanto voto pelo projecto, mas voto com a pequena modificação que apresentei, . Encerrada a discussão, é approvado o arligo com a ~menda; e Lem assim os artigos 2.º; 3.º, e 4.º sem debate. E' tamhem approvado em 2. 1 dis– cussão o projecto n, 7~ ·1, aposentan · do o offiicial maior da secretar:a desta asscmbléa, João Baptista Pereira da Serra. E; approvaclo em 3. ª discussão. sem debate O projecto n. i~~•- autor1san-– do o presidente <la proHncia a conce•– der licença com vencimentos a diver– sos ernpregados provinciacs. Finda a ordem do dia o sr. presi– dente marca a seguinte : Prirn~ira parle.-Requcr imcnt os, íml i– caçõei;, projccl o5 e parC' ccr <'s das com – m issôcs.

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