Annaes da Assemblea Legislativa Provincial do Pará - Sessão de 1866

i\ o ASSK\lBLll. \ PR.OVJNClAL, · 97 do elogio o.os doi s professores que se 1 propõe a frequentar na Europa o cur- \ so normal, declarou que um delles era um jovcn que a pouco tempo l deixara as aulas do collegio Paraense sempre cercado de muita estima de 1 seus mestres, sempre laureado em seus exames: e que o outro era um 1 profe~sor habil que tem bastante pra- 1 tica do ensino; mas depois de ter di- to tudo isto, o illustrc deputado lan– gou como que uma suspeita Jo apro– veitam_ento dos dois peticionarios; porque recordando serviços que esta assembléa tem prestado cm bem da instrucção de outros, que tem sido manda tios para a Europa, o nobre deputado exclamou: -1\Ias onde es– tão esses jovens, que proveito temos tirado destes estudos feitos á custa dos cofres da província em paizcs estran– geiros ?-e com quanto não tivesse dado resposta a sua pergunta, o il– luslrc depul:::do com o seu silencio parece que quiz significar á casa, que estes jovens nada aproveitarão: ou que pelo menos o seu apro"citamen– to não tinha redundado cm proveito da pro-..·incia; e nesta occasi.1o citan– do o nome de dois paraenses que se achão na corlc do icriperio honrados de considera~ão, o illustre ·deputado lamentou que cllcs não estivesc;cm entre nós, esquecendo-se que na côr– te estilo prestando grandes seniços ao pa1z, est:io conquistando glorias pàra a provincia. O s1t. .JoÃo Dwco:- Todavia o fim da lei não foi esse, nrnndou o sr. Gar– cia estudar vetcrin :1 ria, para ir estu– da r o quebra-bunda cm \farajó, não foi para scnir a casa imperial. O SI\. A~rnIUco:-Sc cu csti w sse hc111 ao facto das C'ireumstancias, que tenho ouvido dizer te .Jcrão coro o r,r. Garcia, responderia cahalmentc ao · nobre deputado, dizendo que este veterinario não devia ficar aqui mor– rendo de fome (apoiados .) ConL inuand0 sr. presidente, no que ia dizendo, penso que não são proce– dentes as razões apresentadas pelo illustre <lepu::ado, quando desconfiou que estes •dois distinctos professores nào podesscm obter na Europa o ap– proYeitamcnto necessario para ,•irem depois nesta provincia prestar os ser– viços a que se obrigão. Foi este o primeiro argumento do illustre de– putado; e proseguindo parece que sustentou que, se o espirita da lei or– ganica da instrucção primaria e o pensamen to do digno director da instruéção publica é crea r desde já uma escMa normal, onde os professo– res possam adquirir os conhec1men..: tos necessarios para o magisterio po– der ser elevado á altura reclamada pela civi\isação da pro,,incia, e que seria demorar muito este desidera– tum, mandar professores estudarcrn para d'aqui a 2 ou 3 annos ou mais temp o :\'irem então prestar este ser– vi~·o; mas o illustre deputado não lem– bro11-sc q11e esta lei não altera a iJcia aJoptada pelo governo da pro– víncia no regulamento da instrucção primaria, porque o i\lustre deputado sabe pcrfoitamente que a escó\a nor– mal, ou antes o ensino de escóla nor– mal já c>sUí funccionando e os profes– sores primarias da capital já este anno frPquentarão um curso de pe– dagogia leccionado pelo reitor do col– leg·io Parac.nse. O roLl'c drputa<lo deve compreliendcr que lia muita dis– tancia e 1tre este ensaio modesto de cscóla normal que se pretende insti– tuir e um curso normal feito na Eu– ropa, onde os conhecimentos estão tnnito u1ais adiantados. onde a ins– lrncrão primaria é olhada com toda • ..>,,

RkJQdWJsaXNoZXIy MjU4NjU0