Annaes da Assemblea Legislativa Provincial do Pará - Sessão de 1866

de dous cidadãos que me merecem mu ita consideração: um ainda jovcn que ha pouco acabou de ser meu <lis • cipulo , e que sempre me mereceu m uita sympathia, não só pelo seu compor tamento corno mesmo por sua capacida tle e applicação aos estudos; ou t ro, j á homem feito e mesmo um pouco maduro ( hilaridade ) com quem h a mais de l 6 :11111os entretenho re– lações de sincera amisade ; por iss0 senhor presiden-te, me n'jo bastante embar açado, tendo<le me pronunciar, não contra a idéa contida úeste arti– gv do projecto, mas contra a manei– ra porque se quer levar a effeito es– sa idéa . Creio, senhores, que a ·casa não desconhece que esta assembléa quer composta cm sua maioria pelos con– servadores, quer pelos libcraes, tem sempre sido muito solicita em cuidar do melhoramento da i11strucção pu– blica na província. Par~ se vêr isto basta compulsar a c,ollccção das nos– sas leis provinciaes; ahi se encontra– rão as <liYersas mcdillas qnc sempre se tem tomarfo para oLtcr esse fim; mas se esta as,;crnbléa tem sido sem- pre solicita cm cuidar da instrucção, se ella tem decretado os meios para este fim, não tem sido bem succedi– dos os esforç1s que tem rmpregado, porque pouco ou nenhum aproveita– mento se tem t i1·ado. I-la 2G annos, desde 184 O que es• ta asscmbléa começou a clccrclar fun– dos para <1ue :í Cll'ila da provincia, fossem alguns jovens estudantes filhos desta proviucia estudar cm paizes es– trangeiros sciencias e artes que nós ainda não tínhamos, mas pergunto: onde estão esses jovens <jllC foram estudar? O sn. GumARÃEs:-lTrn está morto. O SI\., Jo.lo D101.o:-Si111, ruas dous estf10 no l\io (le Janeiro, tiuanJo de– viam estar aqui, prestando scniços á província que con1 sacrificio, os mandou estudar á custa <los seus co– fres O sR. A~1Emco:-Eslão pre~tando scni<:o~ ao paiz com g-rande gloria para o Pará. O sn . .Ann1rn: - Gloria sem proH'i– to. (Cruzam .se diversos apartes.) O' SR. Joio Dwco :-Se j,1 acaba– ram, cu continuarei ? O SR. FEL1x:- Os apartes mcom– modam a v. ex.e.. : O sn. JoÃo Droco:-Não, senhor. O SR. l\IAI\Tl;\HO GuntAnÃr.s:-Os apartes animão ao orador. O sn.' Jolo Drnco:-Corno ia di– ze r. do, não se tem tirado resultado destes sacrificios que a provincia tem feito. Concordo todavia com a idéa do projecto porque é conveniente do– tar a província com urna escóla nor– mal;. mas tambem entendo que o meio que se quer adoptar não é ade– quado, não é proprio, paro se obeter já o fim quc se pretende, porque se a necessidade dc-;ta cscóla já se sen– .t<', sC" wís prccisnmos dclla desde j:í, como é crue vamos mandar ,estes jo– Yens estudar ainda para virem de– pois satisfazer uma necessidade que desde iá deve ser satisfeita ? Não se– ria melhor neste caso autorisar o go– , ,erno a mandar contratar na Prussia, França ou Allemanha, um professor habilitado que \'Íessc já cnsi,nar aqui essa materia ? Não seria isto mais ecouomico o mesmo mais apro\'ei– tavel ? O ~R, Gn-'un:i.i;s:-Olhe o passa. do! O sn. Jo7\o D1oco: - Senhores, adopto a idéa \nas não me posso con– formar eorn o modo porque S<' prc– tc11dc rcalisal a ; por isso acho maii;

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