Annaes da Assemblea Legislativa Provincial do Pará - Sessão de 1866

58 ASSE)IBLf:APROVINCIAL. Será este o unico meio a empregar, srs. opposicionistas, para terdes ma is fa cil,nente direito aos favôres e á ami– sade dos Yossos no\ 1 os correligiona– r ios ? ! Embora no campo da opposi– çào, sr. deputado; ainda que fazendo parte dessa phalange inimiga, em cu– jo poder cahistes como prisioneiro ou Yolunta r io, com tudo não deveis nun– ca procurar a occasião de ser o pri – me iro a enga tilhar a arma sobre o peito dos vossos irmãos e amigos dos ou tr os t empos; j ámais deveis desejar a gloria ingloria de se r o primeiro a ras-gar e calcar aos pés a bandeira, sobre a qual já prestastes um jur a– mento solemne .. O SR. JoÃo D1oco:-Est á engana– do, não fiz juramento algum. O SR. CoRoEmo DE CAsrno:-Vá que seja, mas ioda, assim não deveis pro– ceder em contrario na presença dos vossos allia<los , porque esse procedi– mento, com franqueza o digo, somen– te póde dar-vos direito a esperar d 'elles, hoje a desconfi ança, e amanhã, logo ma is, o sco dcspreso ! O sR. JoAõ D10co:- Obrigado, não me incommoda isso ! Ant es que me fação, hei de fa zclo. O sn . ConDEmo DE CAsrno:-Cor– re-mc o dever, sr. president e, de de– clarar desde já ao nob re opp')sicio– nista, que quando no terreno em que me acho collocado vier a sua luva me cair aos pés , serei bastante cavalhei– ro para currar-me e apanhai-a, mas quando fôr ella cair no t erreno para onde se digll(JU s. exc. provocar-me, com o delicado titulo de esbanjador <lo_s ~inheiros publicos, então me per – nu ll1ra dizer-lhe: não desro. E não des~crei_, sr. deputado, porque sou mm to JOven ~ara desejar tao cedo emporcalhar nunhas Ycstcs e inutilisar rniuhas armas. Agora duas palanas sobre · o pro– jecto. Que o projecto de lci,~em que se concede a"quantia: de 2,400~000 ao sr. dr. Bruno ... O sr. JoÃo D,oco:-0 que está cm d iscuf\Sjº é o artigo primeiro. o SR. CORDEIRO DE C .\STRO;- •••• bem, de 2,4 00$000, é de conveni– encia, vantagem e utilidade publica, nenhuma duvida soffre; é o que foi tam bem demonstrado, e tam bella– mcnte provado pelo relator da com– missão a que pertenço, que nada fi– cou a dizer, nem tão pouco a dese– jar. Os argumentos, se de argumentos merecem o nome, aprcseatados em contrario pelo nobre cabo da minoria, forão tão cheios de lacunas e fraque– zas, que, a fali ar-vos sinceramente, não merecem as honras da contestação. O sr. deputado limitou-se a dizer e não provar; e desta maneira, com pe– zar o digo, s. exc. vai pouco a pouco adquerindo entre nós, em vez do titu– lo de opposicionista, com que tanto se vangloria, o nome de impertinente ralhador. . . ( risadas ) O SR. Jofo D10co:-:Muito obri– gado! O SR. CoRDEmo DE GAsnno:-0 sr. deputado dando-nos esses heneficos conselhos, de que tanto dispõe e nós não precisamos ... O SR. JoÃo D10co:-Nem eu lh'os dou . o SR. CORDEIRO DE CASTRO: • • •• - disse , mas já com aquella inflexão de voz d'um velho missionario:- Mcus srs., é preciso fazerdes boa applicação dos 300 contos de r eis, que se achão nos cofres do thesouro; temos 3 00 contos ! Em vez pois de applical-os no faz i?1cn to e ~repar a,çfio dessas gros– sas fatias de pao de lo, com que tal· ,·cz s. cxc. foi criado, ..

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