Annaes da Assemblea Legislativa Provincial do Pará - Sessão de 1866

ASSE)iBLJ'.:A PH.O\T\CIAL. nas flsgal-o ou pescai-o, como faz a nossa esquadra lá nos rios do Para– guay; e por isso deixamos passar sem contesta<;:'ãO o famoso preambulo. O SR. AnRE1.;:-Confcsso, estamos concordes; não fez contestação. O sn. J-\)tcnrco:- ... mas, é preci– so que o nobre deputado saiba, que esta casa não teria rece io de se decla– rar em opposi<;:'ão ao g·overno, se en– tendesse com·enien te. ()Iu itos apoia– dos); é preciso que saiba, que esta asscmbléa t em basta nte dignidade e cada um de seus membros bem ro– busta consciencia de seus dcYeres, para não recuar diante de considera– ção alguma, quando for preciso . (Mui– tos apoiados.) O SR . MALCHER:-1luito bem, já devia conhecer-nos lia muito tempo. O SR . Anrrrn:-Não me intimidào gri~os, nem os gritos são argumentos log1cos q~e convençãri, nem fig;uras de rethor1ca que persuadão. O sr.. :'.\h1.cHER:-Ncm a voz de trovão mette medo a ninguem. O SR. A:i1Emco:- Sr. presidente, tenho ouvido foliar tantas vezes cm 1~inoria nesta casa, que já von acre– d1t;mdo na existencia della. O sn. JoÃo Dw00.-Já devia ter acreditado. O sn. ,\mn,co: -:\las antes <le tudo co_nvcm saber o que signi!ica esta m1~1oria, que i<léas exprime, que ban– deira representa, cm uome d e que princípios politicos falla ? Percorren– do com os o lhos todq o recinto desta assembléa não encontro a<lversarios; só Yejo amigos, que não julgo capa– zes de desertarem das fileiras a que sempre estiverão unidos, para se alli– arem á adversarios, que sempre corn– Latel'am. Ouanclo muito sr. presidente, pos~o cnchcrgar amig,>s obseeados pola pat• xão, que não nôs querem acompanhar por frirn los prctcx los. Sirvam estas palauas <le protesto contra a ex istcncia de uma opposiçfío que represente opinião política dis– tincta, e para que a provincia inteira sa iba que são os tJroprios am igos que estão imprudenlemcntc prorncando uma luta fratricirla, da qua1 nenhuma gloria pódc resultar, p0rque a victo– ria será sempre muito dolorosa para nós mesmos. Continuando na discussão da re- clamação do nobre deputado, sr. pre– sidente, sou obrigado ainda a fazer al– g umas rcílecçõcs a uma segunda par– te do seu disct,rso, quando disse que estaYa convencido que sua voz cla– maria no deserto. O nobre deputado não nôs pbdc fazer esta injustiça, rorquc nôs dá direito a suppor que, quando se le– vanta cm opposição ás idéas que apre– ~ntamos, é levado por despeito ou qualquer outra paixão. O sn. A1nn:u:- rào é despeito. O SR. A~1rn1co:- Sei fazer- lhe jus– tiça, es tou certo que o nobre depu– tado h a de convencer-se pelos argu– mentos , assim corno nós havemos de ceder ás razões que apresentar, todas as vezes que levem a convicção ao nosso espírito. O SI\ A11ni:.u:-Sim, negando até infor111aeões ! O sR: Am::mco: - Salrn quando ás razões pr~duzi<las forem da ordem <laqucllas que a casa ouvio, que não tem o menor peso, porque o nobre deputado além de tudo o mais vai contra os cstylosi porquanto nas actas não se costuma inserir as razões ai– legadas nem pro 11 e 111 co11tra, apenas 1 o resumo das occurrcucias e o cx– •traoto dos projcctos, paí'cccrcs e f!tc., com <pie direito, por tanto, vcni o

RkJQdWJsaXNoZXIy MjU4NjU0