Annaes da Assemblea Legislativa Provincial do Pará - Sessão de 1866

30 ASSEJIBLJ~A PROYINCIAL. ·clamação; é por isso q ne tomo se– gunda vez o tempo á casa. Hontem comecando me u discur- ' . so, como ni ngucm deixará de lem- b rar-se, recordo -me de ter dít o que nas circumstancias diGccis cm que cs tavamos, e ciue me par ecia dcv ião cont inuar a t orna r em-se m ais diffi– ccis do que já o erão, conv inha que cercass<m10s o governo com t odas as p rorns de aclhesão as i<léas e direcção política que dava aos negoc ios do p aiz, e que não co11Yin li a de ixa rmos di s– trahir as nossas altcncõcs , os nossos esforços com luctas · in testin as de partidos, quando o inimigo batia ás portas , quando sahiamos das difGcul– dad cs porque est avão passa ndo no Sul do Impcno, e que se da,·am no– vas complica rões no nor te do mesmo imp crio como as noticias do paquet e fa ziào prcscntir. Já se vê que quan do formule i t ão cl,aramentc ,as minhas idéas , ning uem pode su ppor que quizesse occul tar um sentido cjnalquer : isto é bem claro. Qual era o meio de mos Lrarmos a . n_o~sa adhesão ao governo ? Era <lm gir-l he um Yo lo <l e ag r adec imen– ~o. pela boa adm ' nis tra ção: primeira 1dea; a segunda , íaz.cr pc'.lar no a ni • mo_dos nobres deputàdos, que tanto rn:..1 s merecido C'sle e ra quanto o sr. La, ão de Ar ry, ill<lcp1:; n<l cnte por sua posiçfo e inJ iffercnte 6s luctas dos partidos politicos da província, se sujc ita \'a a fa zer o sacri fici o de govern al- a n•aquclla cadeira, (até me r ecílrdo de minhas expressões) n'a– <JtH:I ILt <'ade il'a que oflrr,•r i 1 t anto rnú, espi nhos, quanto ma is lwnrosa ,, a. a sua m issão de aLneg·açao; e de ma is o vot o de adhcsão d irig ido ao gu eruo da provinc ia , não e ra só como ~ancc;uo <.los actos praticados pelo g oHTt1u i,cr.d, mas como sane • ção dos actos praticados, pelo sr. bar ão de Arary. Quem se expressa dcs la maneira que acabei de mostrar sem estar·preYe– nido, com a's proprias expressões que hontcm apresentei, se pódc dizer que tem idéas océultas, salro se o nobre deputado quer que lhe lavre carta de pouco entendido, qu ando eu, que sou o menos intelligentc (uii.o apoiado) comprehendo perfeitamente o sentido do r equeri mento e não o julgo assim; ou então terei d-e laual -- aarnim mes– mo, ao que não estou disposto . E' preciso notar, que não estou foliando na espera de poder con– r e ncc r os nobres deputados, estou na min oria, sou uma vo.x clrw zantis in deserto; não t enho esperança de os convence r, é comple la111ente inuli.l o que est ou dizendo; cu o sei, mas que– ro sóment e firmar, que hontcm apre– sent ei cla ramente a minha idéa, que os sr s. votarão por clla, e hoje que– rem mo strar-se conlradictorios ( 1zao ap oiar/os. ) O Sn. l\lENn:ú:- 0 requerimento tem só uma idéa . O Sn. ABnEu :- E porque não po– zeram os nobres depu tados qualquer oLjccçào á primeira parte de meu r e– quer;mento , que;franca mentc podiam le i· regeitado? Isso é sys terna j esuí– tico de rcstric<,:õcs rn cnsacs, n ão é para nós, qu e somos todos libcraes. Portanto os nobr es deput ados de– viam formar a . sua idéa para r eprova– rem o rrquerimcnto, como fir me i a mi nha apresentando-o, o que est ava nas sua" mãos fa zcl-o. Não o ílzer a11 1, hoje dizem, <JUC 11ào entend eram o r eqnr rirncnlo, ( vozes : cnt c11dcmos p crfeitnmentc ) no mrsmo sentido! Entenderam r acal>an1 do d izr r , <Jue não foi apresent ado senão como uma idéa , q11a11<lo franc~rncute expr essei •

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