Annaes da Assemblea Legislativa Provincial do Pará - Sessão de 1866

,\ 'SK)WLÉA PROVJ:.\CIAL. par lido progr essista na côrtc pelos chefes proeminent es de ambos os la– dos poli t icos , echo0u com estrepito em junho d e 1863 nas provincias, e os chefes a receberam com enthusias. tno e esperança de concorrer para a formação de um partido, que fazia di– visar t~m f~turo de interesse geral para o imperio. Os chefes do partido liberal nesta província, assim que receberam esta noticia t omaram a direcção do novo partido e dirigi ram circulares para todas as loca lidades da prodnc ia, de– clarando que aceitariam toda s as in– fluencias , qualque r que fo sse a sua origem, uma Yez que quizessem adhe– rir ao norn par t ido. A este convi te houve r espos t a afflr-· mativa; e assim quer liberaes. quer conservadores moderados se uniram, j á nas localidades d a província, já n est a capital; e fo rmaram o partido pMgressista. Organisado o novo pa rtido as no– meações q uer d a policia , quer da guar– da naciona l, que r d e emprego publico, foram feitas no sen tido do mesmo partido sem se attendcr á origem pu– blica que tinha a pessoa nomeada . Não declina1·ei nomes, por que essa declaração faria que o p artido se r c– baix asse da a ltura em que está collo– cado. Sob a influencia deste part ido fo– ram eleitos os trcs representa ntes desta pro, 1 incia á assembléa geral e os membros desta assembléa, que se acha composta de cidadãos distinctos q~er de um lado, quer de outro. O part ido progressista estava com esta força, quando o sr. Conto <.ie l\Iagalhães en– trou na administração da provincia em; julho de 1864; não exerceu pres– são nem violencia por este lado da ,,ua admi11 istraçãn O sr. dr. Couto de .Magalhàc~occ-u– pava se com os melhoramentos da província, quando apparcceram oc– currencias que affectavam os interes– ses g eraes do paiz; e que tornaram a sua administração embaraçosa. Appareceram, tres mezes depois de e1üpossado na administração, as fal– Jencias ba ncarias na cô rte, onde cau – saram grande abalo, e obrigar.im o governo imperial a tomar medidas qµe obstassem a extenção do mal, e a re– percussão nas provincias. O sr. dr. Couto dé Magalhães au~ xiliou efficazmente o governo impe– rial fazendo cumprir as s uas medidas e prestand0-se a satisfazer o que delle era ex igido a bem do commercio. Sanada esta occurrencia, não se de– morou em appareeer outra mais gra– ,·e e mais trabalhosa. O sr. dr. Couto de Magalhães con– tava seis mezes de administração quando veio a communicação de que Lopez, dictador do Paraguay, tinha declarado guerra ao Brazil sem qu e ti \'esse razão para ella . O governo imperial appellava para o patriotismo dos brazilciros, cha– mando-os ás armas em defcza da pa– tri a ultrajada. Coube ao sr. dr. Couto de Mag a– lhães a ardua tarefa de convidar á~ armas os paraenses e de reunir os voluntarios em corpos com des tiuo para o exPr ci to brazileiro em opera• çõe1, ao Sul do lmperio. Neste penoso .,er viçl) conciliou ~om a prudcncia, nào , u lgar cm sua ida– de dos intcres<; es da patri I com os dos cidadàos que dccud am ao reclamo do gover1 o. Em 3 mezes orgamsou tres bata– lhões, que marcharam para o Sul com a fo~ça ~e 1,500 praças e O ba t alhão vrov1sorw com 600 praças- p.:ira ª

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