Annaes da Assemblea Legislativa Provincial do Pará - Sessão de 1866

ASSEi\IBLÉA PROVINCIAL. assembléa para assistir ao Te-Deum, que se manda celebrar na cathedral no dia 2 de dezembro ás 1O horas da manhã, em acção de graça pelo anni– ,·ersario natalicio de S. l\l. o Impera– dor; vou, pois, nomear a deputação que deve representar a asscmbléa nes• se acto: são os srs. coronel R.olla, dr. Cordeiro de Castro . dr. Moraes Ju– nior, dr. Accacio, dr. Capper e dr. Abreu. Segunda parle da ordrm <lo dia.-Entra em 1." discussão e é approvado sem de bate, o pr~jecto n. 7 GS, elevando o termo de Obidos á cathegoria de co– marca . Entra cm discussão o projecto n. 7 75, autorisando a dcspeza de um conto de réis com os reparos da igre– ja matriz do l\1acapá. 0 1!!11'. Guima1•ãe1!!1:_sr. presiden– te, consulto a v. cxc. se versando a primeira discussão de qualquer pro– jccto sobre a conveniencia, e utilida– de publica <le sua materia é permitti– do a qualquer deputado divagar e tratar soLre outra materia que tenha relação com a utilidade e convcnien– cia publica cm geral. O SR. PRESIDENTE:-Uma vez que tenha relação com a materia, pode; mas em relação á igreja matriz de Macapá. O sn. GumARÃEs:-Não é possivel cingir-me ao sentido, que v. exc. mar– ca; consulto a v. exc. se posso fallar sobre outra materia, que tenha rela– ção· com a base da primeira discussão <leste projecto; o que pretendo dizer não tem rela cão nenhuma com o con– certo <la igreJa matriz ele Macapá. O sn. PRESIDENTE: - Nào sei então o que o sr~; deputado quer ! O. sn. Gu11'1An- . S . . AEs.- e v. exc. per- m1ttc que cu falte, o forei,. cliaman- do-me à ordem no caso que me afas– te della. Sr. presideute, quando se discutia' na sessão de hontem o parecer da commissão especial, que refutava as razões allegadas por s. cxc. para ne– gar a sancção ao projecto de lei, que augmentava os "encímentos dos pro– fessores do P.nsino primarío da pro– ,,inçia, de alguns empregados do col– legío Paraense, e dos de N. S. do Am– paro, t! que creava as cJdeiras de pi– ano, francez e inglez no mesmo col– legio, tratou-se da administração <là provincia cm relação ,í. sua política. O nobre deputado sr. dr. :.\Ialcher sustentou brilhantemente a doutrinà. do projecto, e tratou de differentes pontos da política, que tinham rela– ção com o estado actual da proYincia . Os nobres deputados, srs. dr. G:i– ma e Abreu e João Diogo, como op– posicionistas, e obrigados a sustentai< a administração actual da proYincia avançaram algumas proposiçõc~ sobre a política, que não podem passar sem refutação. Um de,tes nob1·cs deputados disse que « a adminis traçiio do sr. Couto de Magatluiis foi exercida com pru– são, violencia e despotismo; e que a actual é feita c:om liberdade e consti– tucionalmente. " O sn. ÁnREu:-Qua] foi o deputado que disse isso ? O sn. Gu1MAREs:- Sr. presidente; quando o sr. Couto de :Magalhães chegou a esta província e tomou con– ta da administração, encontrou o par~ tido progressista montado: partido que se formou naturalmente em 1863 pelas adhesões sinceras dos grupos li– beral e conservador moderados; e que so creou com força e aspecto de du– ração. A noticia de estar organisaóo t1 fj ~

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