Annaes da Assemblea Legislativa Provincial do Pará - Sessão de 1866

ASSEMBLÉA PROVINCIAL. 21 3 para se queixarem J.a maioria; sempre os temos tratado com muita conside– ração. Estamos promplos para discutir, e para lhes dar quaes4uer explicações de que precisarem, porém na occasiào que julgarmos apropriada. o s r. Ahrcu=- Nào me occuparia nest1 discussão porque como a casa tem visLo, tenho-me abstido de tomar parte na di scussão do projecto do or• çamento murncipal ; mas tendo sido chamado a discussão o meuunico colle– ga da minoria e não estando elle pre– sente, parece qu~ de alguma fórma me cabia a obrigação de tomar a pa– lavra, desde que se disse que a mino– ria só tinha por fim protellar a dis– cussão, quando o nobre deputado se estendia sobre a analyse da lei de ca– mara s. Ern primeiro lugar era natural que ell e, tendo sempre feito parte da com– missão de camaras, pelo menos todas as vezes que eu tenho tomado assento na casa, tives9e a sua attenção appli– cada mai s especialmeritc para esse ramo de sr.r,·iço cm. que funcciona a longo tempo; por isso não admira que fosse aquelle cm que mais extenso se tomasse, e que tal vez se tornasse fas– tidioso para a ca sa; mas não admira que ella pela sua parte , quando ainda hoje pertence a uma corporação mu– nicipal, quizesse prescrutar as dispo– sição que vem na lei, tanto mais que os nobres deputados sabem que nós temos ido nesta sessão de carreira por cima <le muitas c?usas (niio apoia– dos)· por consequencia estava procu– rando obter dos membros da commis– sào as explicações que podessem com– pletar para elle um estudo q~e não lhe tinha sido possí vel fazer , uao sen– do membro <l a commissão; porque os nobres deputados sabem muito bem, que aquelles que trabalham nas com– missões apreciam todos os papeis, lêem os documentos, compulsão os balanços e orçamentos e mais facilmente fazem um juizo seguro; mas quem nã.o est á nesse caso, cu por exemplo, o que po– deria di1.er sem ter estudado os ba– lanços e orçamentos. Podia mandar ,·ir aquelle enorme infolio que ali está, para junto dé mim , mas só a vista delle me aterra , por isso o meio que tinha o meu no– bre collega de apreciar a lei, era pe– dindo explicações; porque se quizess<: consultar aquclle enorme infolio e abusar da paciencia da camara iria atormentar o nobre deputado, o sr_. conego Pimentel, porque estava sof– frendo bastante pelo sacrificio que se tinha. imposltJ para com os membros ela maioria para Yir para a casa cm grave incommado de saude. Portanto , repito, o meio que tinha o meu nobre collega ausente, era pe"' dir explicações á commissão, qu~ in– t endeu não dever-lha dar logo, para não demorar mais tempo a di scussão. Eu não intendo assim; intendo que o meio de abrevi al-a era dar resposta immediatamcnte, porque íkaria sa– t isfeito e segueria para diante. Quanto a outra observação que fez o nobre deput ado, de que a minor ia era culpada de termos perdido o tem– po, eu me recordo das li ções que o nobre deput ado sr. dr. Malcher me deu n'outro tempo; e repito as boas lições que nos discipulos que se prcsão de estudar, aproveitão, e eu aproveitei e a prova estou dando ao meu mes tre antigo. J á vê portanto o nobr e depu tado que não é má vontade, é })Urament e t atica . Q uanto a apreciação que fe:t O no– bre deputado, das rasões apresentada., [d

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