Annaes da Assemblea Legislativa Provincial do Pará - Sessão de 1866
1GS ASSEl\IBLÉA PROYINCIAL. não termos fun<l os para isso, nós os . temo,;; rn a,; resta saber se não have– r :'io cousas mais utci s e de interesse mais immcdiato a que sejão applica– dos. Pór tentura não temos tantas obras começadas, e, segundo o nosso m alfatlad'o costume, que nunca che– gão ao fim ? A igrej a de Nazaretli , não es tá cm dois ter<;os da sua eonstruccão ? E fi– ca rá para as caleudas grega~ ; porque não rcm ninguem á p rovincia, que não diga que era Lom acabar-se, mas nunca · cabão ! l\' ão t emos o paço provincial , que fi cou em principio ? Não temos o cal çamento das nossas r uas, onde deve ser ensaiado outro processo melhor, o que não é com me ia duzi a de pa tacas que poderá en– s.i iar-sc, hade cus tar-nos caro ! Não ternos a irr iga<;ão <las ruas, que vai dir igir-se directament c á salubridade p ub lica; e (' Uja nrcessida<le o nosso coll ega o 5r. dr. l\Ialcher reconhece. Não t emos a canalisac_:ào das aguas a fazer, que é um LeneGcio r eal para a população, porque vai tocar imme– diatamente a salubr idade publica ? A primeira cousa a gue devemos attcnder, é a salubridade publica, por que não póde até cer to pont o deixar clla de ser atacada pela impureza das aguas que Lcbc. Como sabemos e sa- 1,e tambem o nobre au lor do p roj ec to, o terreno vai reccLe11do as impure~ zas, que existem ,í supcrfice da t erra, cnYolvidas nas ag·uas que o inültrão porque não temos ainda uma canali– sação subterranea para as aguas, ao passo que ,•indo a agua de fóra será rnais pura. Não temos ainda outra co_usa, que ináuc na salubridade pu– h~ica, ª má carne que comemos. Quem 11 ~ 0 sabe que nada temos providen~ ciado para : regular vinda de gado cm proporçao com o consumo e que estamos comendo pessima carne ? Ainda não houve meios de fazer com que o gado partisse de l\Iarajó cm successivas remessas, que estivessem em relação com o consumo que na ca– pital se dá. Não vemos que no inte– rior da provincia a maior parte das villas não tem casas de camara nem cadeias ? Qúe a maior p arte dellas não tem igrejas ? A de Yilla Franca, por exemplo, que está fci1 a até ao meio á custa dos habitantes e á espc– ríl: que o g°'·erno faça o res to . {) sn. GENnL:-A de Alemquer tambem . o SR. MrnA~DA:- A de Juruty ! ... O SI\. FEux:- A de )fonte-Ale– gre ! O SR. A1mEU: -Sim, senhor ; a de Monte-Alegre, que é uma das melho– res que tem a provincia, que é mo- numental. . . . . VozEs:- A da Trindade na capi– tal! . . .. O SR . ABREU :-E' exa clo , a da Trindade que est á a desabar; mas p assemos adiante. Temos differentes leis, que quer em boas casas para as escólas , e entre– t an to não as t ernos construidas; as que existem não offerccem nenhuma das circumstancias necessarias para esse fim , como muito hem disse ha poucos dias o nosso illustrado collega o sr . dr. Malcher. Não vemos que ainda uma parte da capital est á pri – vada da illuminação ? Todos os Lair– ros desde a travessa de Santo Anto– nio não t em illuminacãa e de,·em tcl-a porque t em igual di~·cito aos ~utros cidadãos do r esto da capital. Nao v~– mos que as d esapropriações success1- vamentc vão sendo mais car as ? Entretanto não se aproveitão as circumstancias fel izes em que est~ ª provincia parc.1 fazer as desapropri a-
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