Annaes da Assemblea Legislativa Provincial do Pará - Sessão de 1866

.ASSK\JBLJlA PROVINCIAL. 167 co; dc!>cjo o seu prog1~esso, mas de certa forma, isto é, desejo qualquer instituição c1ue se apresente tendente a esse fim; mas não estimo que se apresente quando cu, segundo o meu modo de pensar, a julgo ex.tempo– ranea. O projecto em. si tem muita utili– dade e proveito; mas, quanto -a mim, a occasião talvez não seja a mais aza- , da para elle ser levado a e!Tei to. O projecto tende, como acabamos de vêr pela leitura a que se procedeu, não só a promover e facilitar os me1os de aperfeiçoar a industria e a layou– ra1 como mesmo a creação de cer– tas instituições que tem por fim os conhecimentos theoricos, fazendo aju– dar a pratica com esses conhecimen– tos; e fazer chegar a industria a um alto gráo de adiantamento. Já se vê, que o projecto é ulil; mas vejamos o que exige um tal fim para ser alcançado : isso que elle exige po– deremos dal-o, poderemos alcançal-o? Creio que não. Pela_ leitur~ do pr_ojecto se vê que elle exige muito, pnmeiro que tudo: (lê) a A associa<:;ão estabelecerá cur– sos theoricos cm que se demonstrem as doutrinas, e se expliquem os prin– cipias em que se bascam as diyersas industrias. 1 > Todos nós sabemos, que, para ob– ter este fim, será pl'eciso ter um cor– po dece?te, um corpo d e professores que e~1sme estas theoria s de qu e f:1lla o proJecto. logo precisamos um cor- po de professores. . Precisamos mais um gabinete in– dustrial, onde sejaõ recolhidos todos os objectos da industria da provincia, isto é, um muzcu industrial. E' tahez a cousa mais facil, se at~ tendenuos_ sómente a que nellc figu– ren1 os obJCClos da induslria mas se quizermos um mm.cu, como vejo pelo que logo abaixo se diz nest~ artigo, será extremamente diffi cil, porque consta não só das materias primas proprias á industria, como das machinas e modelos; e teremos, cm de um gabinete indu~trial , um mm.cu industrial, que constará de rnachi nas. apparelhos, modelos, e tudo quanto fôr applicado ao engrandecimento àa industria, por exemplo. o algodaõ; precisamos ter modelos de tudo quan– to fôr applicado ao preparo do algodaõ, desde a paina até ao ponto ro, is ele– vado de seu fabrico o fio e tecidos. De sorte que já temos um corpo de professores, um n1m.en industrial e um muzeu de m2.cl1inas. Mais abaixo diz o artigo qne terá uma bibliotheca industrial. Todos nós sabemos, que uma bi– bliotheca industrial custa caro, tudo quanto são obras de technologia são carissimas, porque não ha nenhuma que não tenha necessidade de .estam– pas . a Uma cxposi(t0 an11ual. » l\laior <lespeza ainda ! ... O ffR. Gu131AnÀEs:-Annual : 1 ! On– de é que es tá. O sr.. ABnEu:-Ouannual, ouquin– quennal ; a exposição hauc ser rm. al– guma época, d'aqlll a dois, cinco ou dez annos havemos de tcl-a. « Um periodico. 1> Todos nós sabemos mais ou menos quanto custa um Jornal; por con,;e– qucncia já vemos. que sP vão :H'Ctt~iu– lar uma somma de dcsp,•1.;i, crescidas para obler eslc fim. al,:111 dt' um ga– binete de playsica e chimica, mas o que não se po<lcrào animar os vri1 ci– pios mais gt'raes das sciencias agri– colas e industriacs. Não quno dizer que seja ex.tempo• , ranc ·1 a nr;·1t;:;'io desta institui<;ào, por

RkJQdWJsaXNoZXIy MjU4NjU0