Annaes da Assemblea Legislativa Provincial do Pará - Sessão de 1866
I j 't .\SSEMBLÉ.\. PR.O YINCJAL. ell.:' :> ~ão, porque havia de ser por todos os lados inexequível. " Estão vendo os nobres deputados, que o illuslre orador, cujas palavras a~abo de lêr, responde pcrfcitamcn le bem a proposição enunciada pelo nos– so illustrado colleg-a dr . Abreu, quan– do ac ha o fim do estabelecimento de– turpado. Continuando cm seu discurso, o nobre deputado nos mostrou as dcs– ,·antangens que resultam ele se dar á menina polirc desvalida uma educa– ção que não é conscntanea com a sua pos ição na ·sociedade, visto como a sociedade está constiluida de· tal mo– do que os gosos e os bens não são repartirlos igualmente. . Tenho ainda necessidade, sr. pre– sidente, de ler alguns trechos do dis– curso já citado, que tem toda a rela– _çi:<i com a ma teria: (lendo) " Que– re111 privar as menina., pobres d:i fa– culdade que tem de alcançar o mes– mo gráo de educação que as ricas, é querer condemnal-as implicitamenle a nunca passarem da mesquinha es– phera, em que girão. Porisso <rn nada tenho com o sr. <lr. _Brusque, nem <'orn as suas opiniões, e sim com as minhas; eu quero que se dê i,,.ual l - , I t, cc ucaçao n poo: e e ti rica . ...•... ·• O orador que assim se exprimia s ustcnlava "' o projecto , que mandava admtitir pensionistas 110 collcgio do Amparo, e creava a-. cadeiras de pia– n o e canto, e com eloc1uentes palavras mostrava a necessidade do estudo de fra11 ccz, gcographia, historia ele. Eu passo a ler o trecho relativo a c~te ponlo: (le1tdo) " O sr , Abreu" .. Que disse ! scin o querer, sr. presi– d e nte, rev<'lei o nome do orador. ( C ont inuando .ª 1/r) "Desejo que mi– nhas filhas sc~1am educadas não ó com os conhec imentos ncccssa rios a uma bóa dona de casa, como aquelles, qu_e as possam tornar mais aprecia– ,·e1s, " E' por isso que não quero ir con– dernnar estas me>ninas a vegetarem sómente na v id á do t rabalho , que quasi sempre acotll panha o indigen– te; eu que ro { fUC estas meninas po– bres, se seus ta lentos as ajudarem, sejam aprrciadas dev id amente, e que recebendo por esroso algum homem, que as aprec ie, d1rgue111 á posição, a que as ricas tawbcrn chegarão, ou pelos ta lentos ou pela posição, a que seus pa is as elevass<: m. '' E o ill us l rr or ?do r , sr. presidente, produzio rnu, 10-, ou tros argumentos Yalioscts, sem pcni;ar por certo, que elles sen-iriàn para a s ustentação de um projccto, que t inha de ser apre– sent adad,J cm 1 8GG. O orador, a q 11 e m<' tenho referi– do dcmnnsl ro11 qtu' a creação das ca– deiras de p iano ele. ião da r incremen– to ao estabetceimcnto, sem resultar augrnento de drsrrza . Eu passo a lêr : " Ora por est e la– do, ,·ê o nohrc d1' JHJl ado, que não pó– de haver rP<' io da drs peza dessas cadeiras, qua 11d,, nós t rrn oi, por 0utro lado a cC'rlcrn, que o nume ro das a – lurnnas por pcqm· no qu, c;Pj a, porque o collegio já dwgou a t er 60 alum– nas, póde dar pa r a essa despeza de cadeiras. " Enunciando se dc~sc modo, esse nobre deputado ,1ãn 111 ·l c11d ia cert a– mente csp"rular , •1., 11 1 ~J o orador que nesi;a occasião co111ha1 i,1 a ide a da - d 1 . .J,1 cle vacão Cr('a(';j() ª" (';J/ ( li l',, f IJc • do c~llegio cl ,· ~ ,., .. 1 • (' 111 ' do A~- paro a um gr.í p ,t m I nha op1- niéio dle nào d ·li r; ir. ~r. pre"-id1•11lc, u !lo liscurso, tp'J te r lw lido ;í 1 , , ..,, 1 uva m~is rolrnsl..i Je ct ue o d1guv upposicionis- • •
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