Annaes da Assemblea Legislativa Provincial do Pará - Sessão de 1866
acha cm cer ta classe <la sociedade, e es.,es sent iment os são .os de vaidade e orgulho. Todo homem, <:m "qll:llq11cr condi- ção que esteja , póde asp irar ao goso da fcl 1cidadc, que só se r ncontra na mul hc1~. Pergunto cu: urna menina q_uc a- < s dnycr "i <flJ P r rs ulla m do cstado so– c}JI ; é a i;1struci;úo p ril) 1..1ria ,q11 c con– siste 11.i 1,·i l nr a, es<'rip lur n, ari t lnnc- 1 1 ica , pod ,,o<lo- st :ij untar a is•.o o en– sino da gcog l'ap !:ia. Port a11 to, só se dcYe dar, no cullcg io do Am pa ro, ;í · cns t a dos c·o fr cs da 1ro\·i 11 cia, uma Lua r d11 ca~ào , e a ins lr11cç;10 pr i111a 1·ia; n_i as a c;iridadc publi ,·a e pri\'ada mio clwga ao ponto de sustcrr ta r <l ua.;; ca– deiras de pfrmo, e as de fr a11"ez e in– glcz ! i\' J, 1 encontro cm economista pre nde r o piano, o fra ncez , o 1_nglez, etc.; uma menina educnda para as ga– las dos sa lões, na p hrasc <lo meu il– lmt rado coll ega o sr. dr . A~reu, ~1ue- l rr rá li ga i· o se u dest ino ao do artista, 1 p obre dPssas galas . mas ri co de amor ;_i l o-1 0 im , um con~cllw n'cs tc sc 11 t ido. Que _1iro, t.; ilo result a cl'aq uillo , eco1 nom '. carncn tc foliando? i.\",:nhum. I !15,c cn q1c essas dispo.:; icõcs do proj"ct~, t cncl.-ntes ú nc1çfod 'ac111el- as c- ad,· ,ras . . . r r;1m co11tranas aos i11tr- cs,es do {1'1 0 . 1 S ' ' P •ViSO a e emonstral lo. endo c.., tas d' · · ~ . , . . · ispos,çoes contral'1as <1 0s pr111 c1 p'o 1 • • J s oc cconorn1:-1 , segue- se co1110 c11rollal·· - . . 10 , que sao co11lrar1-,s aos mt_eresscs do i'º"ºi ilcma is estas ca– deiras de que se trat a, y;}o ser sus– l~nt adas pelos c-ofrcs pro , inciaes, e cs dmh eiroS , que nclles se ach am, não suo .outra cousa ma is do que o res ult ado dos imposto<; qn r JH''i:l lll , sobre o 'porn, ~ CSl r augmen to de despczas, que cl- ª" tra2.1•1n ,.,l · d . , < 1 e encont ro aos rntc- 1'(\Ssrs d -· c1 o po,o, <pw tem outras n rcc~- s1 u<les , . 1 · 111a1s urgcnti;s a satisfazer e ncu lum . . . 1 ,- pro\'c1to 1 Il'a <l aqucll as cadei- "" · y Üll ª[II ,5n l , 'd - d ca::.·i ' n ar a cons1 crarao a , COn 1 fr"\ ., - forneci·•· ·, 11 <_p:eza, outra~ r a1.ocs • U,IS (li' 'I . d . J cicd· 1. 1 • pratica a v1t a na so- • il(C,C(lll<..!' • • to . ªC' lvam cm me u csp1ri- e u11, faw . t·ssa., cr'- . m ai nd a mais pensar qu e l1·ari-/~P 0s1 <.:<,es do proj ecto si1o co11- , ~ ,\!JS i l l la <l c11 . i_i Cl'_rsses do po, o. l IS S( 'lll . 11 1am '"<·•··,\ · 111 H' ll los <1ue se ani 0 ' 1 n1>ntf' e apparoc.:0 11 · 110 coraeào hu rn:i no ( (J11111 · . (' .. ll1cr, JH'ineip· l 1 • 11 s ª< ild a<l c na mu- ,1 llH•nt' sua fortuna 011 1 . quan<lo el la por e e,a,t·,. - • • 1 11<,\ r11<'~ao se 1 ao tr::iua lho p Pr r.fcrirá ella á casaca . ? Q , 1 dos sa lões J b lusa <l o a rti sta . ucrera 1 ella que, nos -seus arreba tamentos de ! c ntlws iasmo inspi r ados por uma des- sas suLiirn cs co ,nposiç 0 cs de Bellini, lhe vá fe rir os ou\'idos o r uido da enxó 1 ou do ma rtc llo com que o artista ap- 1 plica na made ira o cllnha da sua pcr- 1- 0 !-ona lidac.lc :> Tah cz que não, infoliz- rncntc , meus senhor es. E. ainda qu e assim aconteça pode– r :í o al' tista compra r um piano para a • • , !) sua mu lh er ? E e ll a não o cx 1g1ra : Nó-; temos, e mesmo cm r el.:1 ção ao coll ,•gio do Ampa ro, segundo me cons– ta, exemplos bem t ri st es <lesta des– harmonia ent r e as exigcnci as da mu– lher e a impossi bilidade do homem cm sati sfazc l-as ! Fallou o cxm. sr, dr. l\fa) chcr nas filhas do povo e nas filh as dos empre · craclos pu Llicos 1,oh r l's, para as quaes b d . . ha no call cg·io o logar e porcwrnstas medi ante a modica q11a 11tia ele 20 O$ r éis , e p" rg-tmtou se essas (ilhas do pobre ni1orsta\':-tJTI 110 m eSlllO ~aso de rccrb l r uma i·ducac_:ão t ào brslhan~e como as lllhas do •rico? N 111gucm 111 a1s do que cu, qu e r t oda a fd ic idade pos– si \( l para o pob1 e; uingucm ma is do q ue cu deseja a maior somma de in!t· 1r11cç:10 para os filh os do povo; mas • •
RkJQdWJsaXNoZXIy MjU4NjU0