Annaes da Assemblea Legislativa Provincial do Pará - Sessão de 1866

.\SSE.\tnLf:A PH.0\T\ClAL. orgulhar de possuir uma ,·ast1ss1ma casa com todas as acc•Jmmodações para um b~m collcgio. Matcrialmc11te temos tudo quanto é ncccs:\ario ; e convido aos senhores deputados, para que Yisitem es~e fu– turo collegio do Amparo ; hão de re– conhecer, que cst:í bem mont:ido ; está illuminado a gaz, e que tem to·– das as accommodaçõcs para um bom collegio. Com as mesmas vistas gran– diosas o mesmo senhor presidente dr. Couto de Magalhães creou as duas cadeiras de francez, e de inglez, e mais uma cadeira de piano. A pri– meira cadeira já existe a bastante tempo, o seu professor tem o ordena– do de 800 ,,S . ,•l(wa-se agora apen:ls a um conto de r Jis, a scguml I cadeira creada pelo s ,·. dr. Couto de Maga– lhães, como já disse, tem j.i professor nomeado, e ;1e rcebc o ordenado <le 600$ , que t J nbem se ele"a a um couto. O sR. Anni:u:-~ão n1anifestou ide! alguma a este respeito . O sa. 1\1.ucnrn:-Entào o sc>nhoí• deputado não leu o seu rc\atorio, que já está publicado? o sr. vice-presiden– te concordou na creação das duas ca– deiras, disse que o acto foi do senhor presidente tran ,acto, mas que con– corda rn com ellc e esperava que a a asseml>l éa o approvasse. Logo , o senhor deputado contrariando esta id Ja , que é ~unhem <lo senhor pre– sidente. é opposicionista do senhot vice-presidente actual ! Não digo 4ue faça mal nisso, o que digo é que umas vezes o senhor deputado vota contra o governo e out ras ,· ez .es apoia l) go– \·errio. O governo quer que hajào no collegio do Amparo <luas cadeiras de piano, o senhor deputado n;'io con– corda nisto, log 1 o senhor d (•pu t ado é rontra o governo, e cu, que fu i con– siderado contra o governo, f!OU a4ui o sus tentador de suas idéas ! ( /iilari- Estas duns ca deiras por tanto, es– tão funcc io ndo regular ,ente, e 1 cincoenta 111 nas estão a , o\·eitan– do as vantag t us cJo ensino, que se lhes dá. rlarle.) •\gora a pa rt r cm que o senhor de• r tado pareceu querer sust eut ar o C,h1trario do qm já tem dito nesta 1 casa . Lembro ai , ela ao senhor ôeputado, que contra 1, lo esta segm ,ela cadei- ra de piano, erte o seu pel, tor– na-se sr.m I q• ·cr opposi c1 nista do senhor presi di · lC actual ! fa · n inver- 1 su, d • q ue t ,•, 1 aqui sustent ,lllo ! Dis- se o senhor d ,,putado que o motivo da sua separação foi o parti ·lo se ter dividid :> cm partido progres~ista op– posicionista ao governo, e partido progressista, que apoia o governo ; 1,ortanto o sr nhor deputado agora é opposicioni<,ta do governo. O S n. A11REu :-De qual gover no ? O SR. 1\IALcn1:n:- Oo ac tualsr. prc• :-,i1lentr da provi nc ia. O senhor deput ado, di sse qt1c cn– t ,,11<lia que se <l evia dar uma 1·cl11ca– c çãoa filha do pobre,d iversa d du– c. çào da filha do ri co, e disse crn ou- t 1 , occasião :-l\ós precisamos pou - 1. ar os dinheiros publi cas para l'lhacar a!'. fi lhas do povo ! O SR. J oÃo D10Go: - Justomcnte. O sn. l\IALC.111 n:- Pcrgunto ao se– n)wr deputa d o : <1'1 cm e• a11ui o povo; qual a signiflcn (·,io que dá á pal avra porn ; qual a classe que o senhor de– putado consider a- povo ? O sR. Jolo D10Go:- As desYalidas; par a essas é que cham<?- filhas do povo. Q sn. ~f 11 Clllrn:- T\cm 1 m:1-. o !';C• :! H

RkJQdWJsaXNoZXIy MjU4NjU0