Annaes da Assemblea Legislativa Provincial do Pará - Sessão de 1866
A~SE.\ll3U::A PliOYlNCIAL. l O!) Por tanto julgo que tah·ez fosse a– gora occasiào de autorisar o gonrno a fazer construir essas casas, liabilitan– <lo-o com os meios precisos. Encerrada a discussão, é approv2. do o art. 3.", e Lem assim o 4 .,) sem dehatc, rntrandn cm discussão o art. 5." o 1-n·. João Dioi=-o•-Sr. presiden- te, quando nesta casa se discutiu o pa– recer da respecliva com111issào soLre o requerimento de duas <lcsYallidas que vicrào pedir a esta assemuléa que ~e mandasse aJrnittir no collegio de N. S. <lo Amparo suas f lhas, eu com– bati esse parecer, por i-,so que nada deferia sobre o que ellas prdião; cli.,sr que era melhor, que r1 :\ mais conve– niente augmentar-sc de ,Jc jâ o nu – mero para poderem tcl' educação es– sas e outras dcsva\lidas do que gas– tar-se u dinheiro com ugme11to de cadefra (}UC classifiquei •nstrucçào de luxo, improprio desse .n abclecimcn– to; onde só se <lerem edw ar as meni – nas pobr cs. O sn. i'1Ar.c11i:11: -- Par·., ~s filhas do . povo. O sn.. Jolo 01oco:-.\' cssa uecasi,10 0 meu illustra<lo parente e particular amigo, que actualmente é o adminis– trador desse estabelecimento, o sr. deputado <lr. l\Ialchcr, dru-me um a– parte co11, idando-me para esta dis– cussão.... O sn. l\Lucm:n: -" L:'í no'i encon– traremos", foi apena-. o que~disse. O sn. JoÃo D10co:- .... por isso quando mesmo não t! 1 esse i n tenç~o nem desejo de tomar parte ne~t~ dis– cussão cmprazado por tão d1stmcto cavalheiro .... O sn. :\IALc11Ln:-Não o emprazei. O sn . .Joio D1oco:- .... não podia deixar ele comparec<'r á arena. O SR, Guuunüs:-Accitou a luva. O sn. Jo:io D1oco:-Com muito prazer, mesmo porque desrjn explicar o meu pensamento; mas antes <lc ne– trar na discussão <lus <liffercntcs § § destf! artig-o, vonvem precisar os pon– tos, que devem s':)nir de Lase para esta discussão: se convcm plantar nrs– sc estabelecimento a instrucçào pri– morosa que S:! pretende com este ar– tigo <lo projcclo: se plant.ida ahi essa inslrucçJo, como sr. pretende, clla <le– ve .c:er da ,l a a todas quer pobres, quer. porciouislas. ou se deve dar a aquel– las sómente a ·que for conforme ao seu estado e condição. Senhores, entendo que não <levemos crear nest e cstabclecin1ento uma ins– trucçJo primorosa, para elle é impro– pria e de a lg uma maneira se afasta elo fim desta instituição, <J ,e nem é outro senão dar educação á meninas pobres. Este fo1 o fim que teve rm vista seu fun<la<l , r o Lispo D. )bnocl de saudosa memoria. Quando fund ou cs– ' te cstabcle>c.:i mcnlo cm 1801, quiz lc– ,·ado p<'la e 1ridadc amparar as meni– nas de.s\'alL '. ,s e dar-lhe.-, uma cd11- ca~·úo co11n:11 c11Lc e aprop1·i,,Ja ao es– tado, e condição <.lcl las. O sn.. AccAc10:-Apoiaclo. O sn. Jolo D1oc o:•-nisloriemos a vida deste cstaLclecimsnto para assim conhecermos 1111\lho1· as diffcrcntcs phazcs e vicissitudes porque tem pas– s1do. Desde a época da sua fundn~'i'io até 2838 marchou sempre de harmonia com o fim de sua i11sti111irüo, 11,iu se admittinclo nellc scrnio lllt'llinas des– vallidas e pobres, e era enlfio mantido á custa da mitra e caridade dos fieis, e creio que por uma modica quantia <los cofrespuulicos. Em 1838 quando pela primeira VCL funccionun esta as– scmbléa <leu para aquclle e>stalwl<.'<'i- _l K
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