Annaes da Assemblea Legislativa Provincial do Pará - Sessão de 1866

.\ SSE;\JBLl~.t PROYINCIAL. 10 3 gumer.to , que como cu disse parecia irresistivel, porque urna YCZ ainda repito, sr. presidente, é uma vaida de ridicula, persuadinno-nôs de que n c'Ís estamos n'um gráo ele adiantamento intellcctual como os paizcs civilís c1 dos <la Europa. Todos nós devemos con– fessar que muito nôs esfo rçamos por ir :.H.:ompanliando esses paizcs; nós prol'cssores procuramos por me io do estudo seg ui r ai[l(h q ue de muito 1,m– gc os grand es rn c~t r cs ; mas persua– dinno-11üs que j .í !ltr s somos ig·uacs, qu a podemos- compet ir com ell cs em saLcr e illustração, é, como se di sse, uma pretPnção ou uma , ·aidade mui. to pue ril, da qual fe lizmente nào 111 c accusa a consciencia. A prorn, s1·. presid ent e , cfr <JUC en– tre nós a educa çào nào t em chegado a cslc gráo que o ill us lre depu tado quiz suppor é 'que p ela ma ior parte procuramos mandar n ossos filhos pa– ra fóra da provincia. Púdi a achar nesta casa m a is de um exemplo O s11.. JoÃo D10co:- l\leu filho mes– mo. O su. A11n:nrco:-Não me refiro ao illustre deputado; mas já se vê que apcz.ar de termos aqui não só mui– tas escólas primarias como um curso de instrucção secundar ia, o illustre deputado acha preferivel mandar seu filho estudar no l\io de Janeiro , e como agora quer o illust r e depu ta– do sustentar que não ha razão para se mandar ú Europa estudar dous professores , por isso <1ue t emos aqui um modes to ensino d<• éscóla nor- 1nal ? E' preciso di ze r com franqueza, sr. president e, o q ue se quer decorar com o titulo pomposo d e cscóla nor– mal não é m a is do q ue um ensa io, não é mais do que u ma reun ião de diver– sas cadeira s j á cx i~t entes ~10 colleg io Paraense, com a frc11 u c 11 cia das 1 1uacs os professores se t ornão mais habili– tados <lo q ue são; port>m ,~ão c hega– rao jámais ao mesmo ad1an t amcn to com'o cm q ua lquer curso de escúla no rmal da Europa . O utro argumc 11to do illust're depu• tado opposicionista a respe ito do que podi a ser feito , isto e, m andar rir da Eu rnpa um professor que a q ui se de– d icasse ao efüino <lo cu rso normr1, é um argumento na m in ha opinião mu ito fraco , não só porque nos pai– zcs mais aJ iantados na instrucçào p r imaria nã_o se falia a nossa lin~ua, como p0rque o ill ustre deputado ha de conYir que um professor h abilitado e intelligcntc não abandona a sua terra natal, senão attra hiuo por gran– des remunerações pecun ia ri as; e nt r e tanto t udo isto se pód c adquirir per– feitament e e com economia com a '"iagem dos -profes:,orcs q ue de m ais a mais terão a ya nta gcm de per cor– r er ou t ros p aizes e comparar · os di 6 Yer sos tue thodos de ensino, e na s ua volta poder ão fazer uma m elhor ap– pli cação do que t iYere rn -.•is o e ob– s cn ·ado com maior pro,·cito para a provincia. O sn . ÁBREu:-Tuto is5o em dou!t an nos P o SR . ÁlllERICO:-No projecto não se ma r ca-<lou s a nnos-<lisse pelo tem po q ue ft.>r necessario. Ainda por haver oppor t unidade, fall arci no ad verbio ,opportunamcnte. J á di o;se ao illustre deput ado que e u s uppo11l10 q ue a ma iori a n."io foz questão deste a<l , crbio; es tou con– vencido que a illustrc co 111m issão de r erl acçi'io opportwuwuntr: fará a sua eliminaç.io que cm na<la altera a idéa principal do artigo. · Encerrada a discussão sobre o a rt . l .º, é este approya<lo e bem ass im o!i arts. 2 º , 3'\ 4 ° e~ ' scmd<'ba te.

RkJQdWJsaXNoZXIy MjU4NjU0