Annaes da Assemblea Legislativa Provincial do Pará 1881
t tinuar o orad-0r a di"scussão ,·esolce pela ne- t~ve a 100,vavel intenção de assir_n conco!• gativa.) . . 1 rer _para o rpel~orawento d~ ahmentaçao o sr. J. Bricm (com força):-Estou ar- publica, e na_ mel~or boa fe creou essas rolhado I não posso provar que est_e nego- duas subvençoe~. . cio é uma patóta escandalosa l Isto é uma O sr. Demetr10:=Apo1ado; todos fazem vergonha I E' um1 patota, mãe do altar justiça ã commissão. · de marmore I O sr. Raiol:-Que a alimentação publica Osr. presidente:-Chamo-o a ordem, desta capital é cara e ruim, ninguem po- sr. deputado. de contestar. . _ . _ . O sr. Danin:=Sem duvida, é preciso q' O sr. pemetrio:-Nao e tao cara como as decisões desta casa sejam respeitadas. v. exe. diz. O sr. J. Bricio:-Não admilto observa- O sr. Raiol:-Todos sabem que a nos- ções feitas por v. exc. 1 sa população em crescido extraor~inaria- 0 sr. Danin:-Estou no meu direito,. mente; e não estando o gado da ilha· de r lembrando-lhe que é preciso respeitar oi Marajó e do Amazonas em _proporção com regimento e as ~e.cisões desta casa 1 1 o consumo, é natural a subida no preço i,.,;_J O sr• J • Bric10:=Mas eu é que não I da carne verde, como em geral se nota: ba admitto l nepito é uma patota, e por causa j completo desequilibrio entre as necessida– della veio altar de marmore ! ides do consumo e a producção do gado. O sr. presidente (tangendo a campai- E' lei economica; desde que qualquer ge– nha):=Eu o chamo a ordem, sr_ depu- nero falta no mercado, onde é necessario lado. e ,rocurado, o preço do mesmo se eleva O sr. J, Bricio:-Pode até suspender a e sóbe tanto mais quando a procura aug• sessão, mas uão hei de deixar de dízer que menta, conforme as necessidades do con- isto é uma vergonha J summo. · O sr. présidente:-Já disse a v. exc. .Osr.Demetrio:-Já provei que não falta. que o chamo a ordem. O sr. Raiol:-Ora, a carne verde de ~00 O sr• J • Bricio:=lsto não é de liberal: rs. que cµstava o kilo, elevou-se á 500 á y. exc. não era capaz de dar o seu voto a ~00 e por fim á 700 rs. D'onde provem isto I Appello para _a sua probidade. E' este augmento de preço? uma v~rgonha, repito uma assembléa Ji. O sr. Demetrio:-Todos os generos en- beral tolher a palavra a um deputado para careceram. consummar ella uma patota escandalosa J O sr. Raiol:-1\Ias porque encarece- (Sussur~o prolongado nas galerias. O ram? . orador retira-se d~ recinto.) O, sr. Demetrio:-rorque incontestavel- Fazem em segm~a considerações sobre mente o consummo se tornun mawr que a o § os srs · Demetrio Bezerra e Condurú. producção; porqne a producção não está O s~ · Ralol:-Sr. presidente, na em equilibrio com o consummo. h~ra adiant~da em que nos achamos, li• O sr. Cundurú:-E' lei natural. m1tar-me-he1 como relator da commissão O sr. Raiol:-E' uma lei natural e eco- de fazenda a dar simples explicações aos nomica. Portanto, se o gado entre nós es– nobres dep~tados_ que acabam de fallar. tá por um preço tão elevado; se em todos Toda a discussao tem versado sobre os os annos a carne verde tem encarecido ... ~00 contos que estão consignados no pro- O sr. Demetrio:-Tem augmentado o Jecto P'.Ua pa~amento das acções da em- consumo. preza assucare1ra_. . . o sr. Raio!:- ... é porque o consum– . O sr· De~etrio:-Não houve discussão mo tem augmentado: é porque a produc– a asse resp_e1to. ção não está em porporção com o consum- o sr. Raiol:-:- · • • e lambem sobre os mo. Isto é intontestavel, e basea-se n'um 60 c~nt~s consignados para a empreza principio da scie_ncia econ~mica. q_ue .~e m~uml)a de trazer de fóra da pro- O sr. Demetno:-Perdao, s porporção vrncia 6 mi_l rezes annu~lmente para o coo- é a mesma: em _1822 mataram-se 8 mil re– su_mC: publico desla capital. Quando a com- ze~ e a populaçao era de t6 mil almas; missao d~ fazenda,. I?~ra attender a justa boJe matam-se 25 mil e a população é de reclama~ao da opm1ao publica e da im- · 50 mil almas; se fosse verdadeira a pren~a Julgou de seu dever nem só sub- asserção de v. exc., o preço da carne hoje venciooar uma companhia que trouxesse devia ser igual ao de 1822. ao mercado pescado fresco, como outra - O sr. Raiol:-A minha asserção não pó– que ~rouxesse gado de fóra da provjncia, 1 de deixar de ser verdadeira, porque 6 / --------- -
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