Annaes da Assemblea Legislativa Provincial do Pará 1881

/ quer que seja. Mas agora não se trata j quando ·o 11edido é para uma obra qu_e disso: trata-se, sim, de · um auxilio que o tem de fioà1t na provincia, quer elle que1- prelado pede. . . ra, quer não? . O sr. J .Bricio:-E' melhor dizer: au1i- O sr. C. Lisboa:=Mas como explica v. tio que o sr. Manoel Dantas deseja... ex.e. o.act0;d0,. sr . Josê Coelho, negando O sr. Raiol:-Pois, seja; isso não altera sancção a isto ? E como approv~u esse a questão. Temos muitas verbas 'no orça- acto '!. . . . mento destinada& á igrejas e á sustentação O sr. J. Bricio:-E não ouviu tambem do culto, e seqipre os coosjderaoms como v. exc. um dos membros da commissão de. eonvenientes. Qt1e muito é, pois, que de- fazenda declarar que devia-se resi~tir á mos um auxilio para um~ obra d'acte que ·este pedido? · . vae embellezar a nossa calbedral?.. . O sr. Raiol:-Quem foi que disse isso . O sr. J. Bricio:-E' uma obra d'arte O sr. J. Bricio (indicando a mesa da que vae destruir a arcbite.ctqra do templo. presidencia)---Si aquella me~a_POdesse fal– o sr. C. de Aodriade:- E que ninguem lar ... •lhe ei1commendou. . O sr. Raiol:---Aquella mesa 1•.. Foi {) O sr. Raiol:-Nessa questão· de arcbi- nosso amigo llr. Malcber? Elle apoia o tectura e que e1:1 não entro, nem quero auxilio pedi1o ..• entrar, porque julgo-me incapaz; nada djs- O sr. J. Bricio.--Não foi o dr. l\Ialcber-..• so sei, nem quero saber . : . eu me refiro á mesa ao páo ... O sr. J. Bricio:-Mas é preciso saber; O sr. BaioJ:·•••Não perc~bo ao nobre ne- ,. quem tem de dar dinheiro, tem obrigação pulado ... N~o sei si _pau póde fali ar, por de indagar tudo. isso ... deixo de !alio este incidente. O sr. Raiol.-E' um altar digno da O nobre deputado invocou até o acto de nossa cathedral, é um melhoramento para um amigo, nfüso que, na presidencia, o primeiro templo nosso; é quanto me deixou de sanccionar uma lei em que ba– hasta: portanto, declaro que voto a fav.:ir via um auxilio identico '{1 este ... do auxilio pidido. O sr. Danio:---A questão agora não é a O sr . Hygino:-E dous. mesma. O sr .. Raiol:-O nobre deputado censo- O sr . Raio!:·•· . .. mas convém notar q' _ r ou até o modo por que o sr. bispo pedio o altar nesse tempo não estava como es- o auxilio; em vez de requerimento, estra- lã boje. . . • nba que tivesse s. exc. revdm. dirigido . O sr. C. Lisboa:---Na :idrninistração do ucn offic10 ao _presid~nte da província. sr. Pedro Vicente já andava a questão do Tambem nao quero saber disto, que em altar. nada altera.ª.questão. . O sr. Raiol:---O auxili_o que s. exc. bo- O sr. Br~cio:-~h 1 1 bem t. . . je pede é lambem para mandar comprar - 0 sr. 1taiol;-S1_ha falta do estylo, de ou_tras ~~usas, para melhorar a capella delicadeza, o presidente · gae se avenha mor e por o templo em harmonia com o com o bispo e o bispo com o presidente. altar, com as peças d'arte que lá existem, Quem nos fez o pedido foi o presidente da segundo estou informado. ·provincia, dirigindo-nos o officio do dioce- Limito-me a estas considerações; não sano, como é costume fazer-se. quero entrar na questão ela luta frenetica O sr. J. Bricio:-Quem nos fez o pedi- que já tivemos e podemos ainda ter de do foi o sr. Manuel Dantas, e esta ver- um momente para outro. . . · gonba é po~ causa delle. . O sr _Jaime_Brici?::.. Coando houver nova O sr. Ra1ol:-Vergonha de que? PoB, luta be1 de dizer ao bispo que dê-lbe, que auxiliar um altar será um acto de ver- ainda -é pouco. (Risadas . ) · go:iha ? . . _ O sr . Raio! (Uindo-se)-Creio que s . O sr. J. Bric10:---Eu assim o consitlero . eíc . não satisfarã o seu desejo. . . Trato O sr . Raiol:---Pois, eu considero o coo- nesta occasião apenas de indagar si devo trario . votar, ~?mo fi~l, como catbolico, em favor Não vejo vergonha em tal procedimento, do au x1ho pedido . . . ' ao contrario nos é m•Jilo honroso . Se ha O sr• Condurú:-Não deve, não se- ve raonba em dar, ha taml.lem vergonha nbor . ' ' empedir. E antes de nós darmos, já o dio- O sr • ~aiol:- .. . e consultando a mi~ cesano pediu . E que motivo póde haver oba conscienc1~ ella me diz que devo vo– ne vergonba, quando o pedido não é pa- tar, por_qu~ assim concorro para uma obr r;i elle, nem para nenhum dos seus?• • • da provinc1a. Neste momento suffoco os , . '

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