Annaes da Assemblea Legislativa Provincial do Pará - 1867-1868

ASSE IBLÉ . PROVINCIAL 93 • Ó Brazil fo i quasi que indifierente a este cial é mal íe ita, bas~ citar-vos dois facLos, ·ramo do progresso, até bem pouco tempo; que agora me vierão á lembrança. não acompanhou o movimento das outras O uos o collega o sr. Rod rigues foi enca r– naç,ões civilis:idas; entre tan to hav ia, como regado ul timament e de, na qualidade de col 4 ai nda ha e haverá, necessidac:}e de conheccr 4 lector das rendas pro vinciae , fa ze r a e ta– se a nossa .população, para assim ·poder-se tistica da capi tal. Elle a fez com o zelo que apreciar o progresso do paiz nesta parte. todos lhe reconhecem. E qua l o resull ado 'l Foi o anno passado que elle acordou des- dar á esta cidaue 21 mil e tan tos hab itantes 1 se profundo Jethargo e olhou para, a estatis 4 E haverá quem acredi te que -ó temu:; ·esse ti ca, como uma necessidade do progresso; fo i numero de habitantes ? O mc:-mo r. depu– nesse anno que o governo publ i~o u a lei 11. tado Rod ri gues creio que co11(c ou no eu 1829 de 9 de setembro de 18 70, mandando relatorio que tinhamos mai · popula ·ão do que se procedesse ao recenseamento geral tl o 4ue essa por ell e ill dil'ada . E asjm devra imperio. ser, _porque hoje está c.ilcul ado qne a nossa Ba mais tempo o govemo deveri:i ter to- popubç~o eleva- se a mais de 35 mil l1abi– mado tal medi da , pois é a uni ca íon le por tanteg. onde se pôde conhe<.;er os melhoramen tos de O segundo facto é ter-se recenseado offi- um pa iz . cialmente a popula~ o· do 3 º distri cto deCu- Vamos po is ter um recens.eamento; mas metá em pouco mais de 3 mil habi tant es, duvido que com os ~lementus de que dispo 4 quando é perfeit·-mente sabido-, que wntem mos, possamos ob tel-o, j á não di go cxac lo, perto de 5 mil. mas ;:i ue se approxime da exactidão. E dcmafs, poderemos ter confiança em P,assarei a_ ler os arts. 2.º, 3. º, 4.º 5.º e 6. º trabalhos dispendiosos, feitos por homens (M) . . pobres, que nada recebem do" governo, nem Vê 4 se por estes ar ti gos que o governo exige dos particulares ? muita cousa, ou por outra, tudo quanto é Penso que não. possivel exiair-se em materias desta urdem. E se persuadem os nobres deputados, que Eu não que~o tanto, - porque entendo que é são poucas as despezas que e tem de fazer , muito diffkil , btel'-se tudo cui:in to quer o com o recMseamento, querendo se, como ,e governo. Limito-me somente~ _q uerer a exe 4 qu er, que _ell e seja cxacto ? A 'Yiagen · em cução dos arts. 3. 0 e 6. 0 da lei. canôas srio muito di penrliosas porpne além Não creio que o recenseamento o_fficial do frete.•da canôa~ trm de pag~r 4 se remeirus possa ser bem fei t?, sobretudo no Para, @n- e as s11as ,re pecti ras ~omedonas. . • de a mi neira de viver de uma pa.rte _da nos 4 1 Os subCJelegados e mspectorrs de quarte1- · sa popul ação é mU1to diITer: nl_e do viver dos rão, principaes agentes otTiciaes encar regados habi tan tes das outras provmc1as; essa parte do recenseamento, são geralmeute pobres, de nossa população tem um viver todo es- porque os ricos e mesmo os abastados não se pecial, são os verdadeiros arabes do Bra il; prestam a exercer cargos, salvo quando de– são errantes; ora est&o aqui, ora ali . No tem- sejam ser inffiu entes eleitoraes; mas ainda vu do verão abandonão as suas e-asas ~ vão assim não se espere que os seus setYiços e pa ra -as ilhas e maraens dos grandes n os e esforço~ ul trapassem os estreitos hniitcs do seus afflu cntes fa zer borracha, donde só vo Jogar em que mor am. . tão quando começa o tempo invernoso. Par- E_ se prestarão t.le hoa wntade a fa zer te desta gente ambulan te mor~e des_graçada- s~rv1ços arduos, homens que por esses ser– mente, victíma das febres rnterrrutentes e v1ços não teem a menor recompen' a, que os hepa ti tes. anime e excite á bem cumprirem os e11s E' portanto diílicil imo fazer-se_ o recen- deveres ? Por certo que não. a França, n.t seamento desta população, max1me pelos Inglaterra e outros paizes, quando se qurr agentes do governo, que não tem recompen 4 um ·ervi ço bem feito e com l romp tiJão p~t– sa alguma ~o seu traba lho. , ga-se bem áquelle que o faz, pois , en riço · E para mo ·trar-vo flU C a .cs tat1stioa offi- de gra~a e com sacrifi~ius só ú Deus se presLa. •

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