Annaes da Assemblea Legislativa Provincial do Pará - 1867-1868
•/ SSEMBLÉA PRO"\'I ·c1AL G §}•. fll la•E~u e§;-Sr. presiden- te, n;io posso pre tar o meu voto ao reque– rimento, que se acha em discussão, em quan – to o nobre deputado, seu <UJtor, Q;J.e não dis– s~r o que tem em vi. ta fazer, obtendo as in– formações que pede. Como v. exc. sabe, sr. presidente, não ba nes ta cidade quem ignore quaes as medidas de que tem lançado mão o governo, para mi– norar os males, que soiTre · a população com a carestia dos generos alimenticios. Não ha tambem d'entre os srs. deputados. quem não sa i1Ja que. não está nas attribu1ções do governo da província lançar n1ão de me– , elidas mais efficazes e energicas; medidas que só podem ser promulgadas por esta · assem– biéa. . E pois, se as informações que o nobre deputado pede, tem por fim fazer uma cen– sura ao governo, e principalmente ao actnal presidente ela província, nego o meu voto ao requerimento .... .UM SR. DEPUTAoo:-E eu acompanho-o. ' O sn. RoomGuEs:-... porqne entendo · que o governo ne,sta emergencia ha toma– do as providencias que estavã.o ao seu alcan– ce, e que se estíls não tem sido taes que fa– ção desapparecer o mal, é porque est.e é tal, ciue não está, com,o já· disse, em suas attri– huições removel-o. Pócle ser, porém, que a intenção dó nobre deputado não seja fazer assim uma censura ao presidente da província; e neste caso:devo prestar o meu _v?to ao seu requ:rimeoto:.. Ve, portanto, v. exc quaes sao as razoes que tenho para não me decidir a votar nem a favor nem contra, em quanto o nobre au– tor do requerimento oão me prestar as in– formações que acabo. de pedir-lhe. O sn'. MELLO:-Sr- presidente eu quero_ saber quaes as providencias tomadas até ago. · ra pelo governo. · . s n.•. º @§~ d.o @': - Sr. presidente, nâo pretendo me oppor ao requerimento do n'obre -deputíldo, se bem que, o no~re deputado sabe que pelo goyerno, da _prov~n– cia, tem siêlô tomadas todas as providencias possiveís, que o caso urge porque mesmo lá no meu Mosqueiro ( risadas ) ellas foram li– das nos jornaes desta capita l. Sabia-se tam– be'l> que já na vice-presidencia do e~m. sr: barã de Santarem e ha, ia tomado encrgi- cas medida no sentido . . . ' - O n. LonATO dú . nm aparte. O sn. JosÉ no O':-- ... ele facilitar apopula– ção de ta capital o pr'iinciro dos clementQs, a carne verde, e não ó por esse governo, então foi tomada em con -ideração e ta ne– ce sidade publica, omo pelo actual pre iden– te cont núa o mesmo pen ainento quanto tem sido po-sivcl, dentro da orbita das suas at– tri buições, lançando mã•1 de todos os meios ao seu alcance para fazer minorar os males que soITremos, fazendo apparecer no merca- • do, uma tal QU qual abundancia de carne verde . Voto, portanto, 'pelo requerimento, sr. pre– sidente, porque quero mesmo que venhão estas informaç.ões pedidas pelo nobre de– putado afim de poçler apre_ciar as situações tah ez de dP.speito, sem fundamento; quero ver se com as in formações pretende fazer crer que desmereça o act'na l admini trador da proüncia . Creio que a pbilan tropia elo no– bre deputado tão annunciada e apregoada pe– los jornaes, , erá o que levarã em mira a s. exc para aqui fazer-se apregoar, e protes– tar ainda, empregando os seos grandes teres , e haveres em beneficio da abnndancia de carnes verdes no mercado desta capital, em seu beneficio e 9-0 pub li co . Entendo que não devemos esbarrar tão bons e philantropicos desejos do nobre deputado e por isso voto pelo reqner.imento e a casa tambem o deve fazer. Com isto que ac~bo de dizer pretendo . ainda re::.onhecer no requerimento do nobre deputado censura e qespeito para com a pre– sidencia da provincia, visto como não desco– bro motivo plausível, nem o nobre deputado explica com a fr.:mquoza e coragem que re– (Jl!er a posição que quer tomar nesta casa e é porisso que voto pelo seu requerimento para que obtenha como deseja as informações que pedio em seu requerimento; · venhão ellas, seja franco e leal e no'bre deputado. Tenho dito. , Posto avotos é approvado o ~equerimento. @ ® •. d;a•u z :-Sr. presidente, a pro– víncia que temos -a honra de representar n'es– ta casa não tom sido e não póde ser indife– rente aos negocios doEs tado, 0 1 no movimen- •
RkJQdWJsaXNoZXIy MjU4NjU0