Annaes da Assemblea Legislativa Provincial do Pará - 1867-1868
82 ASSE IDLEA PRO\lNetAL agoura; ainda reconhecendo que o tbesouro terá de ser prejudicado em grandes . om– mas, hei de sustentar o projecto; (apoiados) hei de queimar o ultimo cartucllo para que seja el\e convertido em lei, porque, quando se gastam sommas avultadas em cousa inu– teis, porque não são de proveito geral, não se deve ter em attenção prejuízos que re ui– tem de uma metlida desta ordem, ( Apoiados.) eia organi ar, e tab lec r um prer,o uni co, certamente que erá in11 il , ma ni ngu n acreditará que e deix !:} d tabr le r c1 ifT - rentes preç,, , tendo- e de att 'nuer ao arro– bamento das reze . O sn. CAtYrÃo:-Mas quero que _o _the– souro fique habilitado a ter e e~ pre1 u1zos. O sR. l\onmcuEs:--Já mostrei que o ca– pital consignado no projecto é su~i_ci~nte para o fim que temos em vista, e continuo a pen– sar assim, porque me persuado que· o calcu– lo apresentado pelo nobre deputado não pri- ma pela exatidão. ... . . Se é cerl<f, sr. presidente, que os bo1s,bo1~ tem sido ,·endidos por elcvaclos preços, se e verdade que tem-se vendido bois a 9oaooo, é tambcm inconte§.tavel que isto tem aconte– cido porque os marchantes, elevando sempre o preço da carne dão lo·gar a que os creado– res elevem o preço do gado. Desde porém, que este pro1ecto for lei, e que se lhe dér execu~ão. o pre,ço da c~rne, , se não desde logo, mais tarde se tornara re– gular, e os fazendeiros terão de vender o ~ado de conformidade com esse preço. O SR. CANTÃo :-Mas como, se a marchan– teria não ha de ter gado para vender ? O sn. RonnIGuEs :-Ha de ter, porque o marchante official dará pelos bois tanto quan– to derem os outros, para vender a carne mais barata: O SR. CA 'TÃO dá um aparte. O sn. Roon1GuEs:-Eu o ouvi com tanta attenção .que mereço que não me atraQJalhe com os seus apartes. A. respeito do '5.º art. o nobre deputado re-z. considerações que se referirão ao 3.º, com o fim de mostrar que, havendo preJui– zo, os empregados da marchanteria não terão nada a receber. Já disse a este respeito o que pretendem fazer os autores do projecto. Fanarei agora do art. 9. 0 Este artigo é o que manda regular a com– pra do gado por uma tabella, organisada pelo · Vê portanto, o nobre r1 putad que de de que se e·tabeleção dilTercnL · l· · de pre– ço para a compra do gado, conf rme o pc. o delle, ainda que o fim do artig eia e \"itar o aba ·o, não é inu til, vi to e mo não e po– derá dizer que e- comprou p io maior pre– ço, quando e tenha comprad pelo menor. porque devendo e.·tar o preço de acconlo • com o peso que a rezes pr uuzirem, a frau– de será immed iatameote conhecida, e punid0 aquelle que a ti ves e commettido. O SR. CA~TÃO dá um aparte. . -. O s'cL RoomGu r-: :~O arrobamento do bo 1 é 1ue iollue n preço, e á vista da tabella e do preço porque se eITectuar a compra pode-se recbnl,ecer a fraud e e evitar o abuso, O nobre deputado fallou ainda sobre 0 art, 12 e di s e que achava inutil a puulica– ção pelos joroae;; do preço porque se tiver de vender a carne. , O sn. CA TÃO:-Disse que bastava ser de- clarado na vespera. , O sn . Rooi\lGUEs:-As declarações feitas ao administrador do curro, e ao marchante n~o podem servir para o fim quo se tem ern vista; que é faz~r conhecido dos. consumido· res o preço porque tem de com1irar a carne, afim de que não , sejão illudidos, ·o que fa- cilmente acontecerá, se cl eix.ar- se de fazer ,a publicação, visto que, nã o passa ndo ao dorxw nio do pulilico as declarações féitas no curro, as taboletas que tem de ser affixadas nos ui· llios não oITere~em garantia alguma, desde que podem ser facilmente substituidas pelos talhador es. · O sri. CANTÃO:-fato compete à policia da camara. O SR. RoomouEs:-Não obstante isso, não devemos deixar de t~mar· medidas qne po– ohão o publico á cobertÇ> de ~ovas fraudes. O SR. CANTÃO:-A pubhcação não priva. O SR. RooRIGUES! -Creio que privará, e por isso quero gue o publico saiba todos os .dias o preço porque tem de comprar a car- presidente da província. Se a tabella que o presidente da provin- ne.Me persuado, sr. presidente, que o nobre
RkJQdWJsaXNoZXIy MjU4NjU0