Annaes da Assemblea Legislativa Provincial do Pará - 1867-1868

... ASSEi\IBLÉ PROVINCIAL - 17 O sn. RooRrcur.:s:-J:i Lemo uma emencla á es e respeito para mandarmos na segund~ di cus ão. ' O s11. CA.NTÃO:-Folgo muito de otnir . este aparte do nobre cl putaJo; ell e prova que não estou declamando, e que tenho razã de fílz er as coosideraçõ s que -estou fazendo sobre o projecto. E tanto mais entendo que deYo in i tir nellas, quanto e::. tou convencido, como j;'t dis e, de (]Ue a marchanteria offivial nunca ha de ter lucro , e não e , u lentará, se o the ouro provincial não cstirnr uispo to a carregar com toda a desp za . _ O s11. RooRIGUE :-Não d Yemo olhar para a despeza quando e trata de dar que comer á população. O sn. CANTAo:-Apoiado, sr. deputallo, é essa a minha opinião; e é por que a. ·im penso que estou tendo a honra de occupar-me co'm o seu projecto, o qual, ainda uma vez r epito, quero se conrnrta em uma l ei pro– ficua, e seja elaborauo de modo que a popu– lação de no~sa capital frua os beneficias que elle promette. N ;io faço questão do que deve gastar o the– sonro; ga~te o que pouder ou for preci~o para remed iar os soffrimentos de nossa po– pulação. O que eu desejo é que não nos illudamos, nem concorramos para que o pu– blico se il1uda, pron;10lgando uma lei para não ter execução por não ·se.r confeccionarla como deve de ser. D projecto suppõe haverem lucros resul- tantos da marchan tcria, e com ell es conta não só pah pagar os respectivos empregados, como para aux.ili~1 r o thesouro. E' isto .o que eu conte to, e por isso digo, que a não carregar o the ouro só por si com toda a despeza, a ma rcbanteria official senão sustentará, por que não se deve. contar ~ com lqcros, como Yon demonstrar. Qnando no mez de -junho houve grande falta de ca_rnc, a camara municipal dirigio-se ao governo da pr~vincia pedindo pro\'idencias para r mediar -e e mal. O goYerno respondeu-lbe autborisando-a a ga Lar de eu cofre a quantia de 3:000, na compr<\ d galo para er talhado e ·ven– did á pobresa n 400 réis o kilo. A camara maQdou que o admini -tradnr do curro a informa e, de qua l a rec ita, e de - pe a que haYi a a fazer .com um boi . O atl– mini trad ,; respondeu cqm a informaç~o e-· guinte, tomando 8 arrobas célmo termo me– dio da arrobação de gado ábaticlo no curro: Um boi de ·120 kilos a 400 rs. . . 48 '000 Miudo .......... ·.... . . . . 35000 Couro .•. . . . . . . . . .. ~ . ~ ..-. 4 '000 Direitos provincia es ....... . Amanho e arrobamento .... . - Carreto ............. ... . Vendagem .............. . 55 1 000 4. 000 1/j 160 !)600 2,1000 7,5760 Deduzida a quantia de 7J760 em quê im– portão ~s despezas, de 55 000 que é a 're~ ceita, teremos 47824-0 de lucro; isto é, para se poder vender a carne a 400 réis sem pre– j uizo, é preciso compra1~m boi de 8 arrobas por t., 7 " 240. Figura tlepois o administrndol' a Yenda da carne a 500 réis o kilo: e diz: Um boi de '120 kilos a 500 reis .. Miudo .... : .. . .. _ .... ... . Coµro ........ ·.......•.. 60~000 3i$000 4- ,'000 67,6000 Despcza · 7/j 760, quti de~1n i~os de 67 _, dão o liquido de 59#240; lSlO e, que para poder vender-se a carne a 500 réis g kilo sem prejuizo, é preciso comprar um boj de 8 arrobas por 59J2ft-0. ' Para que, sr. presidente, a canie possa. ser vendida á ra,zão de li-00 róis o kilo, e ba~ jão lucros líquidos; é preciso comprar-se o gado por um. preço muito infe1:ior :íqucll e porque, ha mmto tempo, se e ~a vendendo, prnço que se vae cada vez m:.us elevando . Onde ha de a marchanteria acbal-o para com– prar ~or t~I preço ? Tendo o creador quem • lhe de mais, ha ·de vender por menor ~ Ainda fi gura o administrador a bypotJrnse de ser vendida a carne -a 600 róis e di z : Um boi ele 120 kilos a üOO réis. 72~000 Mindo .... •. . . . . . . . . . . . . . '3õ000 Couro . • . . . . . . . . . . . . . . . . 45000 1 7U 000 Despeias 7{1,160 deduzidos-de 79 000 dão

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