Annaes da Assemblea Legislativa Provincial do Pará - 1867-1868

31.0 ASSE~IBLÉA P,RO\ l ·cIAL indemnisado pelo produeto da venda que se Creio, sr. presidente, ter demonstrado, ha de effecluar do terrreno á que me tenho que em relação .,ao caes ele marinha, não cabe referido. ao sr. conselheiro José Bento o epi1 heto de E por isso longe de mereeer censuras, esbanjador. Vejamos, agora, em relação ao deve ter Jouvore:; o sr. conselheiro José - tbeatro e ao palacete. Bento, por isso que satisfez uma palpitante ·o theatro é hoje wnsiderado uma neces– necessi<lade do nosso florescente commercio, sidade, da quàl não pod,e. prescindir, para e embellezou a frente de nossa capital, sem assim dizer, uma cidade civilisada; é até um outro sacrificio para o thesouro provincial. dos meios porque se pode aquilatar a civili– alem do adiantamento, por pouco tempo, do sação de qualquer cidade, tanto é hoje reco- eapital para aquella obra. nbecida a sua utilidade e influencia social. O s11. P AES:-0 thesouro ha de haver até E de facto, tem um fim civilisador, éuma os Juros. escola de moral, onde se aprende a venerar, a O su. CANTÃ0:-O tbesouro não ba de virtude, e a odiar o·vicio e o crima. haYer Jirectame,ote os juros, porque não é. E' sob este ponto de vista que hoje se dá agiota para com esse fim adiantar o se<;> di- toda a importancia ao theatro, e p9r isso é nheiro, mormente quando fór ama obra de .considerado como ~e utilidade e mesmo de utilidade pnbli~a, como a de que se trata. . . necessidade, e por toda a parte está admittido. O sn. PAF.S:-Mas paga-os. Já não era compatível com o proaresso e O sr1. CANTÃO;- ... porem ha de havei- ci vilisação de nossa capital, o não ter ~m bom os iodJreçtarnente, porque os_ predios que ali tl1eatro ..• forem edificados pagar-ão dec1mas, novos es- O SR. GAl\f~ E SILVA:-Não ter um thea- tabelecimentos .commerciaes se erearáõ, os tro como a cidaãe de Paris. · quaes augmentaráõ a renda da província (Trocam-se apartes.) com os direitos que hão de pagar, e assim O sn. CANTÃO;- ... isto ha muito estava será o thesouro indemnisaqo dos juros da na consciencia de todos., era ama necessidade quantia que adiantou. por todos sentida, e á prova é qu~ na collec• · O sn. Jo 'É no O';-Apoiadis:;imo. ção de nossas leis ·ha uma promulgada, ha O SR. CANTÃo:-Por tanto ainda por este já oito ou dez annos, determinando a cons– •ljido não mereçe censura o sr. conselheiro trucção de um theatro. José)Jento, e em meu pensar fez muito bem... o facto, pois, do sr. conselheiro José Bento UM stt. DEPUTAoo:-fez muito mal. contratar a· obra do füeatro, não foi mais- do O SB. CANTÃO~- . . • . e obrou .de confor- qoe a exe-euç-ão dessa lei, b,\sti~do na a~tor~– midade com a autorisação que tiuha a presi- saç.ão q~e lhe dava a do orçamento _entao v1- dencia. ge nte, e a satisíaçãt, d;e ul?a necessidade ha . O sR.' PAEs:-Ahi é que ·está o ~ng.a~o, muito geralmente recoI_!lmc1da. _ O su. GAMA E S1LvA: - Não podia gastar Portantor ainda p-or este lado na-o JI}ereçe mais de 430 contos que era o saldo existente. elle o epitheto de esbanjador. O .SR. CANTÃo:-O engano esta~~ suppor- Quanto ao palacete tambem não ~~ pode se ~ fazcr-$e crér, que toda a importancia contestar que-sej,a uma obra _de Qtfltdad·e e - d~ tres obras de que $e t.rata, tinha de ser mesmo -nece~sçiria,--pois é destmado p_ara paço pflga de ~ofr'e e em. um só a~no,. quando a da assembJéa p,rovin_cial, paço da camara mtr verdade e que, o pagamento tmha de ser fei- nicipal, casa para o JUry ~ para outras repar.. to gradualmente e en;l._ tres OQ. quatro a n9os, tições publicas. e desse lijOdo a ~roy1ncia o satisfaria s.en, . u sn. G.AAI.A E SiLV..\. dá um ap-arte. · g.ravam.e nem sac~1fic10, porqQe podia compor-- o. SR. CANTÃO~--Todos nós s~bemo_s q11e a tar a despeza que tinha de fazer eip cada camara municipal funceiona em.:.uma casa par– armo~ e porlan!Q, o sr. con~elheiro não gas- ticular aluo-ada que O j.ury n~o tem loga, to11 maj~ <).e 4.30 contos de réi;; no anno ém cer-to par./fun~cipnar, e-anda seIJ)pre ~e fa. q~e vi~rou o orçamento que o _autor.isou a vor, ora trabalhando na s.ala das sessoe$ da, empregai-os em obras de 1.1tilidade publica. assembléa, ora ~a varan(la da casa Cllli q~1e

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