Annaes da Assemblea Legislativa Provincial do Pará - 1867-1868

292 ASSEMBLEÁ PROVU CIAL offerecido pelo seu autol', mandam que os profcs ores frequentem naquelle dia a escola normal, com o fim de conferenciarem sobre a materi a do ensino, o mcthodo que mais convirá adoptar- e, as difficuldades que elles teem encontrado na pratica do magisterio, etc. Em primeiro lugar ponderarei, que nas quintas-feira não f uncciona a e cola normal, e então não sei como a frequentar~o ne se dia os profes ores. . . Depois, não sei como se possa ~onc1har a freq uencia ·dessa escola com a conferencia do professores entre si, sobre os pontos de que tra tam o projecto e tambern o substitutivo. Frequentar uma esola é ouvir as li ções do respectivo mestre ; pelo menos é nesta ac– cepção que sempre tenho t0mado, e tenho ouvido tomar aque\les termos. Entretanto onobre autor do proj ecto manda, que os professores frequentem a escola normal, não para ouvirem as li çqes dos seu~ mes tres, mas para conferenciarem entre s1. E n~m ao menos determia que essas conferencias sejam presididas por qualquér dos professores da<]uelle e cola. . Se assim fosse, ainda se poderia com- prehender a maneira porque e~tão ~edigid_os o projecto e o substitutivo,_ pms . dir-_su-h.~, que os professores do eT)smo primano 1ao ser esclarecidos pelos da escola normal. Esperando que o nobre dep~tado se di~ne dar- nos algum esclarecimento ~ este respeito, v. exc. me permittirá sr. presidente, que eu por minha parte o dê sobre um ponto do discurso do nobre deputado. · Dlsse s. ex.e. que deixou de estabelecer-se o ensino do cathecismo na igreja de Santo Alexandre, por se ter dado um_ inci~ente ou um cooílicto .entre o exm. sr. bispo dwcesano e a Santa Casa. Referirei o que se passou, para qne a as– sembléa aprecie o procedimento da adminis– tração da Santa Casa, e veja se houve con– flicto, e se tem ella a culpa de se não haver instituído o ensino do cathecismo na igreja de Santo Alexandre, como desejavas. exc. rvdma. Ha mezes, procurou-me o sr. conego Pinto Marques, reitor do pequeno scminario, e inanifestou-me que s. exc. rvdma. tinha re– solvido estabelecer uma aula de cathecismo naquella igreja, por isso deseja que a Santa Ca a lhe permiUisse ser aberta, na sar.bri Ua da mesma _igreja, uma porla que a commu– nicasse com o pequeno semioario, por que a,sim se tornaria mais facil n'io ó aos pro– fe ore , que seriam os lentP,s de e seminario, como aos seminaristasa pa ,1gem para a igreja. Ao me mo tempo deu-me um officio do . ex prõvedor, o fin ado João ugu to Corrêa, dirigido á s. exc . rvdma . em 1 67, em res– po.:ta á uma propo ta que s. exc. rvdma. fizera então aSanta Ca a: ou de entregar lhe i"n perpetum a igreja de Santo Alexandre com o eu patrimoniu, para ser annexado ao semimrio •fi cando este obri gado a frzer lhe tod ,s os concertos e rei arus de ' que carecer, e a Santa Casa sómente com o direito de nella celebrar as fe tas do eu compromi so; ou então continuar a Santa Ca a ~om a ad– ministração do patrimonio, e obrrgada aos reparos e concertos da igreja, e o seminario com o direito aos paramentos e alfa ia· que para ella adquirisse emquanto clella estivesse de posse. e officio do ex provedor era acceitando a segunda hypothese da proposta , com a con– di ção de se.r approvada e sa deli beração da administração pelo presiden te da província. Fiz vêr ao sr. conego Pinto ;\! arques, que eu nada p~dia resolver por mim só, e que tudo levaria ao conhecimento da mesa admi- nistrativa. ' De feito assim fiz, e a meza resolveu nrio poder _annuir aos desejos de s. exc. rvdma. de abrir- se uma porta·na sachristia do templo de Santo Al e;xandre, nem tambem concordar com_ a r esolução da administração de 1867, acceitando a segunda hypothese de sua pro– posta . .~s raz_ões pe~as quacs julgou a mesa ad– mm1 strat1va não poder annuir a abertura da porta na sachristia, foram as seguintes : Primeira, não sér isso necess~rio para o que s. ex.e. rvdma. tinha em vista, de ins– ~itui~ o ensino do cathecismo, por que a igr~Ja de Santo Alexandre já tem communi– c~cao com o paço episcopal, aberta ~or pe– dido de s. exc. rvdma., e por ella _facilmente . se vae ~o semina-rio á igre a. por_ isso que o paço ep1copa! -tambem commumca com o seminario. Mas '}Uando não houvesse essa co.mmuni-

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