Annaes da Assemblea Legislativa Provincial do Pará - 1867-1868
A SEMBLEA PilOVJ CIAL trio notado pelo nobre deputado, porque em verdade os contfatos de locoção de serviço, não isentão aos cidadões do rccrulamento. Passado algum tempo, diz o mesmo nobre deputado, foi posto em liberdade esse indivi– duo, mas que elle não foi mais para a com– panhia·da pe·ssoa com quem se tinha contra– tado. O sn. PAES dá um aparte. O sn . HiLDEBnANDO:-Diz o nobre deputa– do que elle está hoJe na fa:i:enda ·do tenente– coronel Seixas, que é cunhado do subdelegado. E que tem ahi de crimfoa)idade ou digno de censura? O sn. PAEs:-Falle na certidão. O sn. HiLDEBHANoo:-Niío estava o subde– legado no direito de soltar o recruta~ desde que provasse ter isenções seguindGelle para onde bém lhe parecesse ? O sn. PAES:-Não podia, porque estava -preso a ordem do chefe de policia O sn. HtLnEnRANDO:-E' isto cousa muito natural e que tem sido sempre praticada não só pelos subdelegados conservadores, como por liberaes. (Apoiados.) O sn. PAES:-Tem razão o sr. deputado. (Trocam-se muitos apartes. ) O sn. HILnEnnANno:-Sabe v. exc., que muitas vezes se tornam necessarias certas medidas, para remornr embaraços postos á autoridade no cumprimento de seus deveres. O sn. PAEs:-A autoridade é que creava estes embaraços. _ ( Trocám-se apartes .) O sn. H1LDERl\ANno:-Como vimos, houve quem pretêndessei despresligiar a autoridade, frustrando o dever que lb e assiste de cum– prir co_m o que lhe permitte a lei. E porque ella soube port<!r-~e com dig11jdade, é accusa– da não só por ter prendido, como p'Or haver soltado I E- accrescenta-se que em Baião não se pode lutar contra a influencia dos Corrêas 1 O sn. PAES:-Quer como liberal, quer co– mo con$ervador, o que quero é ser homem de b~m. ,, u SR. liILDEDRANDO:-Não preciso, !If. presiuonte, ana lysar os outros actos pratica– dos não só pelo subdelegado, como pelas- pri– meiras pessoas de ijaião que foram a(]ui ac– cusadas, porque não tenho conhecimento del- 1:ts, mas é de esperar que não seja tanto como disse o nobre deputado, que naturalmente carregou na tinta para fazer sobresahir o qua– dro que nos pintou, visto que os membros da familía Corrêa me merecem muito conceito e... O sn . PAE -:--Para o noLre deputado; não para mim. o sn. HIJ,DEBílANDO:-V. exc. nao pode dizer isto. Eu não direi outro tanto á v. exc. , em relação aos seus poucos amigos de Baião e principalmente do ex-collector ... O sn. P .AES:-Não encontra razão, senão dizi a . . . _ O sn. HILDEDnMroo:- .•. quo é meu par– ti cular amigo. · O sn. PAEs:-Está enganado, não pode ser seu amigo O sn. HtLDEBRANoo:-Não tem razão para fallar assim,- só por ter o seu afilhado perdido o emprego. · O SR. PAES:-Da minha familia, flinda n]ío hou ve um só que precisasse dos cofres pro– vinciaes; e aqueIIe principiou cavando a terra para ganhar a vjda. ·· O sn. H1LDEBRAN00:-0 nobre deputado deve lembrar-se que eu só tenho recebido dos cofres da provincia o subsidio de deputado. como o nobre deputado. aotando-se que s. exc. tem recebido mais .1por ter siclo eleito 11:ais v~ze? ~o que eu. Vieram para a di :3cus– sao os ·md1VIdnos de Baião, que em sua maior parte pertencem á familia Seixas, unica fami– lia dominante e de prestigio naquella locali- - dade. O SR. P AES dá um aparte. <? su. r<:uEins:-0 nobre deputado não salllo do ·c1rco do Antonio Dias. O, sn. PAES:-.E' verdade. Hei de ~espon– der ao nobre _deputado; afianço-lhe que _ não me cança (sussi~rro), ó um homem de côr mas não deixa de ser homem de bem. O sn. HiLDEBRANnoi-Eu vou relatar á ca– sa os factos que deram origem ás aecusações feita ã familia Seixas e o q0e se tem p~ssado até o ponto elI\ qoe se acha a questão. - O ·sn. P~Es :-Relate, vamos; se for ver- dade, eu o.irei que sim. • O sn. HiLDEDfü\Nno:-Vagaodo o Jogar de colleclor d~ _Ba iãoT sr. presidente> um roem... bro çl~ fam11Ja Seix,as pretondeu, esse Jogar para s1, e s. 0M. por sua parte queria que fosso nomeado um seu afilhí,\do.
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