Annaes da Assemblea Legislativa Provincial do Pará - 1867-1868
• 270 ASSEMBLE. PRO I!.\"CIAL comm,s ao de fazenda sobre uma reQresen– tação da praca do commercio, e conclae que _ apezar de erem procedentes ns razões apre– sentada , não pode ser attendida. }) §r.. ~ãBdeha-aau!~• apresenta um parecer da commi ão de agricultura, com– rnercio e artes, sobre a representação da ca– mara municipal de Ourem. SF.GL1 1 iDA PAílTE DA OflDE~I DO DIA. 2. ~ lcilllra do rrojccto n. 1034. Entra em r]i sc.ussão o parecer de commi ·– são de fazenda sob re nma r•cpresentacão da camara municipal de l\Ionte-Al egre em que pc,le urna quantia nccessaria para a construc– ção de uma ponte no rio Paytuna .. <f P iH•. r ~-uu•.aS:-Sr. presidente, ve– jo de momento o parecer que acaba de ser posto em discussão, e por i:;so não estou pre– parado para discutir a materia do mesmo, com tud entendo que cumpro um grato de– ver não .o deixando passar sem lavrar um protesto solemne contra a sua coftclusão; op– ponho-me portanto ü semelhante parecer. Sr. presidente, este parecer é mai uma proYa que vem corroborar a opinião que hontem enunciei nesta casa, isto é, que todas as vezes que se apresenta aq11i um ped ido qualquer, que tenha por fim sa tisfazer as ne– ce sidades do interior, é sernpre recebido de uma maneira pouco agradavel. (Apoiados e nãn apoiados.) Esta é a verdade . A obra que a camara de .Mon te-Al egre pede que se faça é tão importante e neces– sa ria para beneficio ê commodidade; traz tão grandes vantag ens ao s hab itantes de todo o mun~cipio de i\ lon.te Al egre, que estou con– vencido se todos. os membros desta casa co– nhecessem a necessidade que ha déssa poht.e e as vantagens que trará a sua edificação, certamen te Iião votarião de m?neira alguma em favor do parecer. Eu _faço mesmo justi ça aos membros da comm1ssão de faz enda qne não conhecendo a necessidade da óbra, opinão para que não se faça . O meu desejo não é ir de encont_ro ao parecer em sua totalidade porqu_o : espe-tto a opinião dos mémbros da comm~ssao, e se faço al 0 omas considerações a respeito, é para justific:r um requerimento que vou apresen– tar em relaç1ío ao .parecer·. Exis~e na villa de fonlc -.\! cgrc um rio que separa por assim dizer o mnni cipio em duas partes iguaes: uma que fi ca para o Mai'– curú e outra que fi ca propriamente para o lado da Yilla de l\Ionte- legr . o tempo da vazante e ·te rio sobre o qual r.amara peJe a tan to tempo que e for.a uma pont:>, fica Lastante baixo , u seco e dá pas– sagem com facilidade, ta11Lo a" im que se poLle atravessar mesmo cm animaes em cer– to pontos. Quando porém ó rio comera a receber maior quantidade de arr ua, i to é, no ioYer- . n no, o no fi ca Lastante elerado, toroondo im- P?Ssirnl a pa sagem, de maneira que os ha– bitantes de l\laicurú e Ereré .ficão impossi– bilitados de passar para a Yill:.l de ,\lonte– Alcgre, e os da villa para 1\Iaicurú e Ereré, em consequencia do granue , olume d'agua que toma o rio. . E~tre ~stes _haL_ilantes, sr. presidente, as 1 elaçoes sa_o tao 1mmediatas que ell es não P?de1_:1 dCJxar de estar sempre em commu– rncacao e fazem para isto, um rodeio de tres leguas quando fica ·mui10 perto, defronte, por assim dizer, um ponto do outro. Accresce ainda, sr. pres idente, que no , erão os ,fazend eiros tem necessidade de con– servarem o gado nos pastos chamados de var– zea e assim o fazem atravessar sob re o rio durante à secca, sendo obrigados a retirai-o desses pastos, logo que ell es não sejão innun– dados, isto é, no tempo do · inYerno. O que r esulta disto é o seguinte; Mnitas vezes grandes· manadas de gado são desimadéls na sua maior parte, na passa– rrem do mesmo rio. 0 A' vi sta destas duas considerações, sr. pre.. siclente, que ·julgo muito importantes, eu clicidi-me a propor a c1sa o requerimento que passo a ler. . . Antes porém de apresental-o, Julguei con– veniente e necessario justificai-o, apresentan– do á éasa as considerações que já fiz e ainda mais as que passo agora a fazer. _ A razão de que os cofr es puLlicos 1·1 ao per– mittem fazer-se t1ma 0 bra com. que tal vez a commissão julgue que se despen_derá grandes qnantias, llão é muito "aliosa, visto corno eu estoct autorisado a :;ifiançar á casa, q~e esta obra. ~ião cxcedei·á nunca de -1 O ou 12 con tos de reis, <Iüautia esta que foi orcada por um
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