Annaes da Assemblea Legislativa Provincial do Pará - 1867-1868
178 AS.::K\1BLE \ PROVfüCIAL rém, até agora nada YCj que os desabone. Ell es ·ão humilde , cheios de bondade, cari – do os e deuicacl o até o sacriücio. O ann pa~– saJo no Xingú , um deli e acabou traspa ·sa- 00 pela fl echa J e um selvagem ! ão in pi– r am a menor desconfi iça, o que não acon– tece com os frades de outra ordem e espe– cialmente jesaitas . O sn. G AMA E St1vA:-O que é preci o é eqsinar- lhes primei ro a liogua que fa ll amo . V n. V AL~. 'TE: - E~~a de- confiança pro– vém, como já tive occasião de di zer, da am– bi ção de que em todos os tempos se mos tra– ram possuídos. Mas, sr. pre idente, disse ainda o r. obre deputado, qae o.s rr.gatões eram os verdadei– ros missionarias. A' respeito de ta ela se de mer adores, ha duas opiniões. O ex- presi– dente Brusque, por exemplo, em seu relato– r io apresentado á assembléa proYincial em 1862, os trata de um modo pouco digno . Diz eile, que os regatões são os verdageiros desmora lisadores dos índios. Uma vez esta– belecida a relação entre o regatão e o selva– gem, e te torna- se um ins trumenlo malcavel na mão da'}uell . _ A troco de insigniffo:rntes artigos de com~ mercio, como de facas de' pouco va lol', o re– gatão conYerte o. índio em machioa de _traLa– lhp , por mais que faça, nunca chega á pagar o que lhe deve I Não é ~ó isso. O rega tão'abusa da ignorancia, da confiança do in fe liz índio. Quando não consegue .seduzir-lhe a mulh er, ou de:;honrar- Jh e a filh a; roúÓa-lhe os filhi– nhos que vem depois repartir nos poYoados entre seus amigos. • A ser isto verdade, é certo que é bem e,– tranha uma tal manr.ira de civilisa r gentios . Antes de conhecer as vantagens da sociedade civilisada, o índio conhece os seus Yicios 1 Sem aclmittir in teiramente esta op inião, creio, comtudo que ella não é inteiramente falsa . , Para mim, o regalão é um excell entc explo- rador. Movido pelo interesse, tem abe rto · communicacão com muitas t ribus de que não tinhamas noticia. .Mas isso não basta. . Parece-me que ao lado do regatão devê apparecer o padre, ou talvez melhor, o padre deve ser o intermed iaria entre o iml io e o regatão. Estabelecido o aldeamento. o padre deve ser o ~e,1 admini~tr:1dor, o seu p rfa gn– go e o : cu director e::.pi ri lnal. O r ga lão 11ão fi ca iIJhibido de commcr~i::i r om o índ io, ma e t fi ca i ento da fraudo e violencia de que é Yi½tima sem e ::.e intermed iari a Le– nefi co. Po, to a rntos é apprnvacl com o artigo ulJ tituLÍ\'O e regeitada a emenda cio r. José do O' . T rceira discus ão do projecto n. 997. Vai á mesa, é lid e approYado o eguin– te reque rimrnlo : v. H.equeiro por ':::. -1· hora, o ad iamento do pro~ecto. - O deputadô, Magalhães . » A pprovado. Terceira cli cuss:\o do projecto ,n. 1,004-. Approva cl o . E nada ma is havendo a tr:i tar, o r. pre– sidente designa a .ordem do· dia e lcvan t:1 a sessão. SESSÃOOflDBARIAEll i J UE-SETEJIDfiO DB 187f PESID ENCIA DO sn. nE EDICTO. Ao meio-dia fe ita a chamada , acham-se presentes os srs. BenediGto, Crui, Aragão , Freitas, Cantão, Lobato Mar ianno, }'ereira, Magall1ães, Lima, José do O', Genti l, Gama e Sil va, i)le llo, Bara ta, Rodr igues, Roque e Simpli vio, Abre- se a sessão . Entra depois o sr. Pin to . Faltam com ·causa os srs. Nunes, Chaves, Pinheiro e Mi randa · e sem ell a os srs. Paes, Valente, Alme ida, 'focantins, 1\1ent..4!S, Hilcle- bran clo e Amaral. · E' lida e approvada a ac ta -da scssã_o ante- cedente. _ O sr. primeiro secretario dá conta do se- guinte · EXPEDIRNTE. Um officio do secretario do governo, en– viando as info rmações sobre os rtrncl iment~s da mesa de rendas de Camctá e co ll er 1 tona de Baião, . requesita_das pelos srs. Paes e Lobato.-A' quem a.8 rx igiit. . . Um dito do presid ente e secreta ri o da ca– ·ma ra mn~icipa1 de ,M.onte- Alr.g re enviando o requen mente em que a mesma pede a quantia necessaria para a consttuc,ção de uma o
RkJQdWJsaXNoZXIy MjU4NjU0