Annaes da Assemblea Legislativa Provincial do Pará - 1867-1868

ASSEMBLEA Pil0\7111CIAL l óv occasião que a pobresa e a classe menos dignos assign:itarios acceitarrio as obsen ações aba:,tacla, mai s soITre . . feitas ao projecto que se di cute, e que man- o pirarucú, a carne secca, o bacalháo e dçlrão, em tempo, ao me mo, um artigo ad– as mais comidas sal gadas de que se servem ditivo autorisando a compra dos comestiveis as classes de que tratei, augmentam de pre- salgados, na forma que·acabo de indi ca r, para ço immecliatamente . · , serem ,•endidos á ela menos abastada, ha- Não , ejo, repito, conseguintemente no pro- bitantes destà cidade. j ecto medidas que venham remedi ar cm to- Tenho concluido. . das a~ occa iões a pobreza, e pro, ar o pen- O s1·. J,;sê do O':-Sr. presidente, sarnento philantropi co que ti ve ram os nobres o-nobre deputado não tem razão de inqu ie- " deputado assignatari os do projecto. tar-se, porque este artigo não ataca direitos O sn. GA111A E S1LvA:-Não podia ser com de quem quer que seja. pl eto. O artigo, sr presidente, deve passar, como O sn. BAnATA:-Podia, sr. deputado, quan- en~endo, tal como se acha no projecto, por– do v. cxc. e os mai. assignat::: ri os do proj e- que a marchanteria deve entrar em. compe– cto tivessem cm vi sta um arti go autorL ando tencia com os marchantes particulares, fi cando a marchariteria official a compra d-e comesti- reservado áquelle que vender por·menos ma– veis salgados, aqu ell es de que foli ei, para s tar mais gado; o que pode acontecer é que exporá venta por menos preço do que aquel marchanteria mata mais"do que os particu-· le por que se Yendcm nas tabernas em occa- lares, visto como é um e t.abelecimento mais siões ta es, e. assim se conseguiria favorecer para proteger ao publico desta capitel do que a pob-resa. para negociai· com o povo. E' sabido, repito, sr. presidente, que quan O nobre Jeputado o sr. Roque, autor do do nos falta a carne, é então qne a pobresa projecto já i~to demon trou muito bem e co– mai s solTre pela alta de prec,o nas comidas sal- mo elle pensa, que é preciso uma preferen– gadas, de que esta classe de cidadãos mais eia tal como quer 6 proj ecto, em beneficio se alimenta; e no entanto as di sposições do do publico, e por tanto não ha tal inconsti– projecto não obstam este mal, e deixam a tucionaliàade, pois julgo, sr. presidente, mui– classe memÓs favorecida da fortuna á mercê to constitucional no caso de que se trata at– dà halança do taberneiro, e se diz que,o pro- tender as necesidades publicas; e por isso jecto tem por fim favorecer a classe pobre. mesmo é que deve ser attendida ella de pre- UM sn . DEPUTAno:-E' com a camara. ferenc.ia a todo e qualquer interesse deste ou o sn. Jost no O' dá um ª!?arte. da quelle marchante, em prejuizo da popula- - o si,. BARATA : - -Tratarei de um facto : , ção desta capital, sobre tudo da pobreza ; vo to Acha\' a-me, a dias, el!l casa de um abastado pois, pelo . artigo, tal como está redi gido no neo-ociante e ahi presenciei um talhador de proj ecto. ca,~ne- fresca rece_b er uma s?ffrivel gr~tificá- O sr. {;r11z:- Sr. presidente, eu voto ção que lhe ~cu esse negociante em paga de pelo artigo que se acha em discussão,_ e me sér o seu cr:iado, sempre, bem e prompta. parece que elle não vem trazer uma mova– mente servido. Ora, senhores, áhi .está um ção e que é disposição já estabelecida no ma:: fácto que prova como teem de ser favoreci- tadouro em virtude de regul atnento, confor– dos os pobres : quero dize~, qne am quan:o m~ j! declarou o illustre deputado o sr. dr. houver um rico á ser servido, o pobre_nao Cantao.. Quando porém ainda nada houvesse obterá um ki_lo d~ carne. . . a r_espeito, eu votaria pela disposição de st e Eu folgarei muito q~e o proJ ecto pa~se , artigo, porque della depende as va~ta~ens porém. não co_m um art1g? des tes ~ue vai .of- que espera~os do projecto que ora se d_1scu– fender O direito de terceiro, e po, que o JUl- te, mas cr~10 que jã se dã a preferencia ~e go inconstitucional, como bem~ demonstrou I matar o ma10r numero a quem declarar a m– ~ t'.obre _deputi do e meu amigo o sr. dr. tenção-de vender a carne por menos . - l◄ re1tas. O sn. JosÉ no O':-Muito bem. Ultimo, sr. presidente, esperando que os O sn. CRUZ i_-Fallou-sc em liberdade des-

RkJQdWJsaXNoZXIy MjU4NjU0