O Liberal: jornal da amazônia. Edição n° 22.574. Quinta - feira, 08 de fevereiro de 1990.

4 O LIBERAL Jornal dos Bairros Belém. quinto-feiro. 8 de fevereiro de 1990 Avenida Marquês de Herval sofre atos de vandalismo OsJogos da futebol noscanteirosresultam em buracos r dlffcll encontrar uma cerco da protaçõo Os 0rvores Inteiro Há menos de dois anos a ave– nida Marquês do Herval. na Pe– dreira. recebeu diversas melho– rias através do Projeto Cura !Centro Urbanos de Recuperação Aceleradal e a artéria já está precisando de reparos. Os brin– quedoo instalados nos canteiros centrais estão destruídos e em determinadas áreas. como nas pro,<imidades da travessa lloro– ró. os estragos são ainda maio– res. o local em que havia quatro bancos, hoje só existe um. Os ou– tros foram arrancados. Dos ba– lanços só restou a estrutura em madeira, as cadeiras e correntes foram levadas. Até os escorrega– dores, feitos em concreto, foram parcialmente deslruidos. Além de lodos esses proble– mas, aquela esquina tem sido uti– lizada como depósito de lixo pelos moradores das imediações. Se– gundo Almerino Gabriel dos San– tos, que reside há 20 anos naquela área, "todo mundo joga o lixo na esquina". O morador contou que "quem mora longe traz os detri– tos de carro". No monluro 1 já bem alto, pode ser detectada grande quantidade de resíduos de poda de árvores. "A cada três dias, a Prefeitura recolhe lodo li– xo que tem na esquina, mas logo depois os moradores jogam tudo de novo", destacou Santos. Ele acredita que, se não fosse a cole– ta a cada !rês dias, "a rua já esta– ria interditada". Destruição Almerino contou que muitos moradores vêm de outros bairros para utilizarem a área de lazer da Marquês, uma vez que são poucas as alternativas de diver– são existentes na Cidade. Ele concorda que lodos têm direito a utilizar o logradouro, " já que é uma área pública", mas se res• Curso de Relações Públicas bem recebido pela classe A grande concorrência ao recém-implantado curso de Rela– ções Públicas da União das Esco– las Superiores do Pará CUnespa) demonstra a carência de profissi• nais desse ramo no Estado. Até a implantação do curso, o Pará era um dos poucos Estados da região Norte que não dispunha de habili– tação em Relações Públicas. A iniciativa foi, em verdade, resul• lado de vários anos de luta de muitos profissionais de Belém, bem como da própria disponibili– dade do diretor-geral da Unespa, Edson Franco, em levar o curso para aquele estabelecimento de ensino. Maior satisfação, entre• tanto, cabe aos primeiros alunos, que provavelmente daqui a três anos receberão o diploma de ba– charéis em relações públicas, inovando o mercado de trabalho de Belém e do Pará. "Espero uma boa formação para atuar como um bom profis– sional nesle ramoº, comentou Douglas Pereira, um dos 50 can– didatos aprovados no curso. Se– gundo o diretor Edson Franco, o currículo do curso de Relações Públicas que inicia naquela insti– tuição foi escolhido entre os me- lhores existentes no Brasil. O di– retor ressaltou a real necessida– de de implantação do curso edis– se esperar que, a partir de agora, o Estado possa gerar seus pró– prios bacharéis em Relações Pú– blicas e suprir a falha existente até o momento. Edson Franco afirmou que a ihtenção de im– plantar o curso já havia sido le– vantada há cinco anos, mas so-– menle agora é que pôde ser con– cretizada. após a liberação pelo Conselho Federal de Educação. A média de candidatos para cada vaga no primeiro vestibular para Relações Públicas foi de 12,2. Ed– son Franco acredita que este nú– mero possa aumentar nos próxi– mos anos. Formação A presidente da Associação Brasileira de Relações Públicas, Seção Pará CABRP-Pa) Maria Brigido, disse que a viabilização do curso de Relações Públicas foi possível devido às várias solicita– ções feitas por diversos profissio– nais do Estado, integrados ao Co~lho Regional de Profisslo– nalS de Relações Públicas ou mesmo à ABRP-Pa, além do apoio prestado por Edson Fran– co, "que se mostrou disponível em levar o curso para a Unespa''. Maria Brigido disse que em 1988, quando foi realizado o 1• Seminá– rio Prático de Relações Públicas, o diretor da Unespa afirmou para a comissão organizadora do f~aon Franco sente da destruição do patrimô– nio: " Acabaram com ludo". Al– mcrino disse que "os vândalos vêm para brincar e destroem tu• do". Ele acredita que quem des– trói o local, "deseja que a rua vol– te a ser como no tempo em que havia só mato nos canteiros" e frisou que essa não é a aspiração dos moradores. Almerino contou, ainda, que "é dificil manter o lo– cal conservado sem fiscalização'' e pede que a Prefeitura arrume os brinquedos e mantenha al– guém vigiando, pelo menos de vez em quando. Paulo Balista Andrade, que mora há 40 anos na Marquês de Herval, disse que a solução está na instalação de um PM-Box na– quele perimelro. 'Precisamos de um PM-Box aqui porque à noite tem muita briga. Os vândalos se reúnem para íazer arruaça e também tem muita 'boca de fu– mo' nas esquinas". informou Paulo, ratificando que não são os moradores das imediações que jogam o lixo na esquina. "O pes– soal da llororó, das passagens Jzabel. Joana D'Are e oulr~s bai- xadas é quem deposita o lixo por aqui", acusou. O morador co– mentou que já foram feitas vá– rias reclamações, "mas não tem jeito". Traves Quanto aos brinquedos que– brados. Paulo Andrade disse que ..os moradores de outras ruas vêm para brincar e vão deslruin• do ludo. Já acabaram com as tá– buas para exercícios abdominais, com os escorregadores e com os balanços" . Segundo ele, "adoles– centes e adultos usam pedaços de madeira para arrancar as grades e tirar os bancos". Paulo contou que as grades são utilizadas para fazer traves nos campinhos de fu. lebol e os bancos são levados mo– biliar as casas. O morador disse que há apenas um ano e sete me– ses a rua foi arrumada : "Antes era só mato e campinho, mas não linha a molecada que há agora porque não havia nada.para eles fazerem ali''. Ele confirmou, ain• da, que ..não são os moradores da rua que estão destruindo ludo e sim os malandros que vêm de OU· tras áreas". Além dos dan·os na arborlzaçõ~ o lixo reapareceu evento a aprovação do curso para aquela instituição. Em agosto do ano passado, Edson Franco conversou com a comissão sobre os adiantamentos da instalação do cursoe informou que em 1990 já seria realizado o primeiro vestibular para Rela• ções Públicas no Pará. " É a maior satisfação, congratulo-me com o professor Edson Franco, que foi fiel à sua palavra", obser– vou a presidente. Afirma Maria Brígido que "era mais do que ne– cessária" a abertura de um curso de Relações Públicas no Estado, uma vez que "é preciso renovar e agora, com a escola, gente nova surgirá no mercado".; Ela informou que a maioria dos profissionais que ocupam funções de relações públicas no Pará não tém formação específi– ca - muitos são formados em jornalismo ou em outras habilita– ções afins e alguns alé pertencem a outras áreas - embora lodos sejam possuidores de diploma de nível superior. Maria Brígido dis– se que a partir do momento em que se formarem 1 os novos profis• sionais poderão registrar-se no conselho regional da categoria ou lorn~rem-se membros da ABRP.

RkJQdWJsaXNoZXIy MjU4NjU0