O Liberal: jornal da amazônia. Edição n° 22.573. Quarta - feira, 07 de fevereiro de 1990.

Ó A/lTEIESPETACULOS - CADERNO DOIS "' uma na que as pessoas que fre- E qüenf:m os cinemas quase sem– pre evitem os filmes baseados em trabalhos de Shakespeare por– que um dos melhores filmes do ano é cer– tamente "Henry V" (Henrique V) dirigido rrlo brilhante jovem irlandês Kennelh ra'c;'§A·enr V" de Laurence Olivier, de 1946, foi pr::2'gamente e.logiado pela criti– ca."Hamlet" ganhou Oscar de melhor fil- ~:1~: ~'ti~. ~.~/~11~~c/1:r1Ri~adr~i~m também deu a Olivier uma indicação pa– ra melhor ator em 1956. Entretantoos cinemas ficaram vazios. Richard Burton e Elizabelh Thylor ti– veram sorte semelhante com a bilheteria ~~~i~)~~~lt ::s~~~~~~~~~.ectf. rigido e estrelado pelo genial Orson Wel– les não pôde escapar dessa sina. As versões de Olivier e de Welles para "Olhe– lo" também fracassaram financeiramente. dos :dr!i':s!i~~:~º:;:I~:SS~!~~: ~1~~~il~~es~g'~~i:;f~~~li{;'/1t~e~~ ~~~~g~~:.~~• •~ 1~1~5iia~: o~u;~o~~- Tudo isso é ainda mais lamentável quando pensamos que um dos melhores fil– mes do ano, que te.m inclusive potencial pa– ra ganhar um Oscar da Academia, é exatamente "Henry V", dirigido eestrela- do P;<l'H:,;;.tnô~hé a prova do fantástico ta– lento de Branagh que lança seu primeiro filme como diretor aos 29 anos. Orson Wel– les foi considerado um gênio quando em !:• •~c'Tt~~~~:\r/f\'i\;d1Jrt~~>-~;; Kane era um tênue disfarce de William Randolph,e não um monarca inglês.O fil– me se saiu muito bem nas bilheterias, após um lançamento cercado de controvérsias. Por uma razão qualquer, a antigüida– de de Shakespeare parece trabalhar con– tra sua obra, não importa quão brilhantes e bem produzidos sejam seus trabalhos apresentados no cine.ma.Odesinteresse do r~1~:1i;':r~~~~ª:e:::~nJ:Jii:1: queles que representam a maior concen– tração demográfica dos freqüentadores das salas, que parecem definitivamente O LIBERAL ·: :o:--- ;1:>,' .;, :·.. :f ;q .. . 21 :Q: 1 / Shakespeare no cinema preferir "Máquina Mortífera" a "Omerca– dor de Veneza". Branagh poderia passar como uma pessoa comum enquanto dirigia os ensaios de uma montagem de "King Lear" (Rei Lear), um homem de média estatura, ca– belos escuros e gestos simples. Contudo, seus olhos brilham quandose fala em Sha- • kespeare. "Shakespeare foi um homem de seu tempo e escreveu para os elizabetanos sobre Henrique V,que foi uma lenda", dis– se Branagh. "Henrique Vvivera 200 anos faz~ ~:'"!;;~~~~?, ~f/~:av:;;~ªg~!nbJ~ estrela". "Shakespeare tratou Henrique Vcom mais carinho do 9.ue aos outros reis sobre quem escreveu. Ricardo II era muito fútil. ~r~ 1 ~t\':::ii:;1u~\°J~ªr';.\~c~;i~~~~;u~~ Henrique V era um homem normal, co– mum e era jovem oque é muito importan– te", acrescentou Branagh. Odiretor disse ainda acreditar que um ator jovem interpretanto o papel de um rei jovem, pode atrair os jovens norte– americanos aos cinemas. Branagh admite que os reis e rainhas britânicos assim como outros nobres se mostraram bastante chatos, dificilmente T ocando na noite paraen– se há vários anos,Alva– ro Ribeiro é um nome respeitado no meioartístico lo- e om um repertório de MPB e música regional, a Banda Free Lancer se apresenta ho– j ,a partirdas 23h30,noChopp & Spe– tos. A banda, que iniciou no meio artísticocomo Aliança Rebelde, com um repertório voltado para orock, re– soJveu investirem outro ramo. Nocir– cuitodos bares, a Free Lancer conta M ário Mouzlnho é um músico ue vem se destacan~o na noite paraense. Integrantedo Grupo Tokaya,queano passadoapre– sentou um dos melhores shows ~ .T::!~l_'.:e~~~eq~~ lheteria naquele teatro), Má– rio, com seu violão, canta velhos e novos sucessos da MPB. Hoje, às 22h30, ele se apresenta no bar Piatã,acom– panhado de sua banda. ~t~ h~~i~osut~J~~~r~~;f ~ eclético, onde predominam o l ·azze blue.As 24 horas, no Bo– ero,ele seapresenta acampa- :~~~ ~~da~ 1 ~e~!~~a~~ Levy, no sax; e Maciel, no pistom. N a noite há 10 anos, Ale– xandre Souza iniciou carreira ao lado de Pe– drinho Cavalero. Hoje, ele é considerado como um dos me- lhoresartistas da cidade. Dono ~ ?necM ~::~~°o:ris~~~•.q~: j ~;;~~°!.i'i~::!;ª';,~1!~!~ J ainda este ano, lançar um dis– co com músicas de sua autoria. Hojeele estará às 21 horas, fa. zendoshow em voze violão,no Skema I CD. Romualdo Coe– lho),e .às 23 horas, no reserva– do do Ilha's Bar (em frente a Unespa). ~f,:" ~~rtt!f!;~~!ª ;':.'i:i~:~Ji~ (China), em voz e violão. 1 i::endo ser objeto de escolha dos drama- rY!f~~~~~\!:cil!~t: m busca de mate- "Talveza vida secreta dos atuais reis ;~~~~~f :.~~~~;: i~ rJ: d~ª3~s 1 ~ guras nos impede de ronsiderá-las herói– cas", acrescentou. "Adistância fazcom queos dramatur- 5~\~~~~~-ª~::o~!~ 1 ~~1~':i'r;t~ apresentandoseus extremos, por exemplo. Opapel ofere.ceao jovem alor a mesma ri– queza e variedade encontradas em Ham– let", disse. "!!: necessário trabalhar com todos os textos de Shakespeare com grande profun– didade para conseguir reduzi-los á simpli– cidade com que nos atingem quando os lemos pela primeira vez". tito ~!c~~%«;tg;itºJ: ~~!;;~~:tae;~~r J ~ gredo é fazer das figuras históricas pessoas reais e não caricaturas ou robôs falantes. Na verdade, os grandes monar– cas da história se comunicaram bem com seus súditos ou senão teriam sido derruba– dos", acrescentou. "Nem lodos os reis eram assim lão no– bres.Eles falavam como seres humanos e senliam as mesmas emoções", afirmou Branagh. O jovem diretor admira Olivier, Peter O'Toole, Richard Burton, Albert Finney, ~~;~~T~~~~.e~~~~c~~a~~~s :sl%~~~t:; modernas requerem interpretações dife– rentes das dessas grandes estrelas. Um de seus idolos contemporâneos é Anthony Hopkins. "Quando represento Lenho uma ten– dência a liberar os 'demônios' de dentro de ~t;:"md~~s~~~~~~o~~~::~~~:~~~- v~t mente é importante se soltar para intei;~~:~a~:~!~~e~~ ~i,~~am intei- ros nos papéis. Esquecemos que estão in– terpretando.Eles conseguem isso eé muito excitante", completou. Ojovem Branagh consegue fazer exa– tamenle isso em seu "Henry V", que não vai ser visto nem por uma pequena parce– la das pessoas que assistiram "Look who's talking" (Olha quem está falando)duas ve– zes nesta temporada", concluiu. Fo,o MfraJo<ono flelém. quarta-feira. 7 de fevereiro de 1990 V ai até o dia 2.1 deste mês a exposi– ção " Desenhos' IJO", na Escolinha de Arte Oficina, como parle da pro– gramação mensalde exposições que oes– paço promove. Desta vez, 20 artistas plásticos de desenho e pintura - alunos e ex-alunos da Escolinha - mostram pe• lo terceiro ano consecutivo, suas produ– ções em grafite, paslel seco, nanquim e mista, num total de 38 trabalhos. Esta exposição integra também a ' própria filosofia de trabalho da Escolinha em " manter sempre contato com os que já passaram por aqui e prosseguem nas artes plásticas, oferecendo, desta forma, mais um espaço para os artistas inician– tes", como explica a professora Terezi– nha Monteiro. Aos que permanecem, a oportunidade de travarem primeiros con– tatos com o público. A prova do talento destes artistas es– tá nas paisagens em pastel, grafite, nas charges, nos abstratos em nanquim, co– res e formas. Há também uma pequena mostra dos trabalhos feitos no curso de Desenho publicitário. A mostra poderá ser visitada no horário de 8 às 12 e de 14 às 20 horas. "uma noite na esquina" é a promo– ção festiva que o Centro de Va– lorização da Vida CCVV) estará realizando hoje, a partir de 21 horas, o · Clube da Esquina, com a participação de vários artistas que fazem a noite em Be– lém, como Nego Nelson, Pedrinho Cava– lero, Mauro Eluan e Alexandre Sousa. Este show faz parte da luta do CVV em continuar seu trabalho de apoio psicoló- F~~~oªâ~ d~: f~~~u~~ ~~r~~rJ!çii1uªn~ tários encontra uma séride dificuldades para manter a entidade que se estrutura â~~or:~;::i~r:\~~ós:~: ~~~~~~~~~~ bólicas para a entidade. As promoções de desenvolvidas pelo CVV se dão, então, no sentido de pagar as taxas de aluguel,de telefone,o instrumen– to básico de atendimento, entre outras coisas. . ' \ e onsiderado como um dos melhores composi– tores da terra, o canlor Nilson Chaves apresenta-se ho– je ãs 23 horas, na "Quarlas– Especias" do Lapinha. No re– pertório do show composições de Nllson como "Flor do Des– tino" - dele e de Vital Lima, que foi gravada no disco da du– pla "Interior"-, novos suces– sos, que estão em seu último LP "Sabor",além de músicas de consagrados compositores brasileiros. O cantor T.ito iniciou sua carreira em 1978, tocando e cantando em bares, como a Lanchonete 1, ao ladode Zé Arcãngeto.Par– ticipou de vários festivais de música, classificando-se no realizado no Colégio Paes de Carvalho, em 4~ lugar, com a música "Rio Mar'\ feita em parceria com Gilberto lchiha– ra.Seuúltimo trabalho foi com Alexandre Souza, no show "Ho– menagen a Chico". Tito se apresenta hoje, em voz e vio– lão, às 20h30, no Bar e Mesa <Travessa 14 de Março, 1571). Depois tem Delcley. E leny é uma mineira que chegou em Belém, to– mou açal e ficou (para sorte nossa). Nome conhecido e respeitado na noite paraense co~ disco gravado e shows po; vários Estados brasileiros, Eteny quando sobe no palco e começa a cantar, transforma– se e envolve a todos com sua bela voz. Hoje ela faz show no Olê,Olá,às 22h30,acompanha– da de sua banda. Antes tem show de Toninho, em voz e violão. HE-MAN DICK TRACY Dick Locher & Max C · s CHICO BENTO CONTINUE PR0CLJ Solução do l>~·oblPma anterior tn~-&.!17:0 : HOR.. angina · ~áata · mes · tasa · lá - EAT - colar - Rai . duo . sal · Cid · rol · Aaz · algoz - ema - lo - anel . ala . Nat . rã · roleta. VER. · antes - gastralgia - ita . na . mé . ásaro ;~_•/~lr:r:tg~ ~~~ 1:-<>.~P! il.u~ 0 : a1 - soi . cá . rasar .

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