O Liberal: jornal da amazônia. Edição n° 22.572. Terça - feira, 06 de fevereiro de 1990.

'. Belém. terço-feiro. 6 de fevereiro de 1990 Secou orienta comércio em feiras livres e mercados A Secretaria Muni– cipal de Econom_ia ~ai padronizar no primeiro semestre deste ano as • feiras e mercados dos bairros do Jurunas. !'n– troncamento, Barreiro, ' Cremação e Estrada _Nova. A padroniza~ão isso a Secon já remane– jou ~s mais de 50 feiran– tes do calçadão do Ver– o-Peso, que vendiam,os produtos sem as mini– mas condições de higie– ne e impediam o fluxo de pedestres. Segundo o titular da ~ faz parte do pro;eto -e "Calç_ada para Pedf!;'- 1 tres"' criado em maio ,. do ano passado, que ob– _.,. jetiva disciplinar as ali– ., vidades comerc1a1s nas -• vias públicas de Belém 0 e proporcionar '!'e}ho- 091~: ~~~~=ir~.'~:~: Secon, José do Egypto Soares, os feirantes.fo – ram transferidos para o mercado de peixe ou carne e também para a própria feira do Ver-o– Peso. Grande parte tra– balha também no Mer– cado de Peixe. Não hou– ve problemas com a O)I ·'; o que é preciso saber o o "Balcão do Povo" da Secon estil dando as se- . , guintes orientações: • 1 9li do~ pesCf;"::SC::,:~::;!~t;:n~~;~~~;~ f: U.aº !:te: -li rfvel e sempre concedida a titulo precáno. . m • Considera-se comércio eventual o que é exerci- doem determinadasépacasdoano. Exemplo: carna- val, ,eo:~J:i~!· ~~b~~l=~bulante a atividade comercial ou prestaç.llo de serviços em logradouro 3~' ;J~ffilf 1;Êf iY.~4~~!if ~~u!/:O~~~ 9 t) • Os que exercem o comércio eventual ou ambu– .,,.. Jante devem apresentar-se tra_jados,_ em perfeitas condições de higiene,sendo obrigatório aos_vendedo– res de gêneros alimentícios o uso de umforme ou ~';:::.s as atividades só podem ser exercidas com .tJw.J:n13:;~':a1::~:/i:d:Ue exercer irregular- mente sua atividade será orientado, notificado, e c_a– so nAocumpra a rec01p.endaçãoserá mu.Jtado e tera a mercadoria e/ou eqwpamento apreendidos. • As m~rcadorias apreendjdas serã!' removidas ~ªO:::!:!:.~;.=~~ 'i,~~fi°s~:%os~1:.':Ja~~";~ti: dades filantrópicas. 1 • Cachorro quente:sópode ser comercializadono boráriodas 18 ãs 6 horas do dia seguinte. Deve ser lo- ; calizado em transversais, obedecendo critério da Se- ~~t~ :;lw:g::;.:':-f! ;;::!;t~ 0 ~tirado obrrgatorra- • Comidas üpicas: comerc.ializadas das 8 às 19 1 horas devendo ser localizada em transversais. O " equipamento deverá ser retirado após o horário per".!i~~~bons: das 8 ãs 18 horas em equipamento padronizadoe locais permitidos. , • Bancas de revistas : horário indeterminado, po– dendo ainda funcionar em horário especial. Não po– dem ocupar mais de U3 da calçada. -e • Frutas e hortigranjeiros: só podem ser comer- o, cializados em.mercados e feiras livres. É proibida a r,; venda em logradouro público. • Terraces de bar: regulamentação de horários, locais e dias da semana pela Prefeitµra Munici~ de Belém. Em geral, funcionarãf! de 2• a ~• feira dàs ~7 ãs 5 horas; aos sábados, domingo e feriados, horárw ,, opcional no intervalo das 8 ãs 5 horas do dia seguinte. - Podem ocupar 2/3 da calçada, dependendo do caso, ;:, = ::: ~uma faixa obrigatória para a passagem de ~ transferência, segundo José do Egypto. apesar de alguns feirantes in– sistirem em per!nane– cerno local. "Por isso. a fiscalização da secreta– ria é permanente", afir– mou.Os fiscais da Secon orientam os comercian– tes sobre os produtos a serem vendidos. Caso a pessoa permaneça no l<>; cal irregularmente, e notificada. Após a notifi- cação, as mercadorias • são apreendidas. " Isso só em último caso". garantiu. O "Calçada para Pedestres" tem a finali– dade de informar o ven– dedor para os procedi– mentos que devem ado– tar antes de se instala– rem em via pública. A alividade não licenciada é considerada ilegal. O ~~es!~~?~u~i:r~·~~~u;; ruas nao sejam ocupa– das desordenadamente. A falta de trabalho e a necessidade de sobrevi– vência são os fatores que levam as pessoas a ir para a rua instalar al– gum tipo de venda, disse José Egypto. Segundo ele, o projeto já teve um saldo positivo: as ban– cas de revista, barracas de bombons e cachorro– quente e terraces foram legalizados e padroniza– dos. Os pequenos esta– belecimentos são identi– ficados pelo selo da Se– co n , c r iado recentemente. Para a orientação da populaçã9, a Secon criou o "Balcão do Po– vo", que funciona na própcia secretaria, loca– lizada à travessa 28 de Setembro, onde são in– formados os procedi– mentos de legalização das atividades comer– ciais em vias públicas. "Não queremos retirar ninguém das ruas, ape– nas disciplinar", disse o secretário, ressaltando que algumas vezes nem sempre é possível, como ' é o caso dos ambulantes , queinsistem em perma– necer na avenida Presi– dente Vargas. Nos pla– nos da Secon também está a modernização do calçadão do Ver-o-Peso. ob · 2? BIS recebe jovens que iniciam serviço militar º'" O general Wladimir Azevedo, co- ;b, :n:n::t'!~ ~1= ~::~~~~~à~~~~ "'', Pedro Teixeira,a solenidade de incor– -on poração de 356 conscritos - jovens -1<i que estão iniciando o serviço militar - ao 2°13atalhãode Infantaria da Sel- va. Na ocasião, o comandante afir- :~:i°~it~~v~:,1\ -:i~PJe ~::;: ~~ diante farão parte do Exército brasileiro". O2° BISestá instalado em Belém há mais de 140 anos, sendoa única tro– pa operacional de Infantaria no Esta– do. "i:; peça de manobra para defen– der a região em qualquer eventuali- "b dade. €, também, a mais aguerrida" -u afymou o general. No início, os cons'. ·º· cntos receberão a instrução básica .; 1 (aprender a marchar e a atirar por :,, ' ~~~~~ã!,mo~d~u~~a s~ !e~iz 1:. caminhado para urna determinada IO atividade. A últi!11a etapa, segundo o rn, general, é a aplicação - na qual os m conhecimentos adquiridos serão pos- tos em prática. :~,' O comandante falou ainda do po- sicionamento dos militares em rela– ção ao novo governo: "Será o mais fa– vorável posslvel". Ele afirmou que os militares têm "expectativas e espe– ranças, como qualquer brasileiro, e contribuiremos no que for necessário, priorizando a segurança e o desenvol– vimento". A extinção do Serviço Na– cional de Informações, segundo ele, é ~~i~~:~~e1~ •~~o~i/~~:~~~ ~~:a~ nismo não tem utilidade e deve ser ex– tintó, sua decisão será acatada". Em sua opinião, entretanto, "o ideal seria adequá-lo a outros objetivos, colocando-o na busca de informações, sobretudo de áreas externas". Asolicitaçãodo Instituto Brasilei– ro de Meio Ambiente e Recursos Na– turais Renováveis para que o Exérci– toatue no combate ao comércio ilegal de animais silvestres é vista "com bons olhos" pelo comandante. "Esta– mos aparelhados para defender a pá- ~/;à~ sª~;se ~i~~~1:S~~"d~n~i~~1e~ mos nosso auxílio", disse. Para essa operação, segundo ele, seria necessá– rio atualizar os equipamentos de que o Exército dispõe. "Na Amazônia, por exemplo, teríamos que ter disponíveis diversas embarcações para atingir os locais de difícil acesso". O general Wladimir Azevedo fez ainda questão de ressaltar o trabalho do Sistema Rf>– mulo Maiorana de Comunicação - "informando com patriotismo o povo paraense" - e, em especial, do jornal O LIBERAL, do qual se disse " fã incondicional". Manhã de tumulto e queixas em posto de atendime~to do INPS Em busca de melhores condições de lmbalho, os serviclores pam rn 111 as aliviclacles e reuniram para clisc,llir a questcio. Foi ai que os problemas começamm H ouve muito tumulto ontem no posto de atendimento de aposentados e pensio– nistas do Instituto Nacional de Previdência Social (INPS> na avenida Senador Lemos, no Telé– grafo. Segundo declarações de pessoas que estiveram no local, os funcionários do posto de aten– dimento se recusaram a atender os que esperavam receber suas pensões e benefícios. Roberto Borges Moreira, por exemplo, disse ter chegado ao local às 7 ho– ras e ouvido de uma funcionária que não poderia atendê-lo porque os servidores haviam paralisado suas atividades, "reivindicando melhores condições de traba– lho''. Roberto recl'amou por estar sem receber há três meses. Além disso, ele afirmou que "os funcio– nários não têm consideração pe– los segurados; sempre mandam a gente voltar outro dia". • No interior do posto. mesas amontoadas e falta de refrigeração com atraso porque "a Previdên– cia aplica os vencimentos no over". As funcionárias que estavam no posto de atendimento não qui– seram se identificar, mas afir– maram que a paralisação foi de– finida em assembléia reahzada pelo sindicato. Elas ressaltaram ainda que as poucas pessoas que se encontravam no local esta– vam•realizando "um serviço es– sencial" !-(a distribuição de car– nes·pa:ra 'OS bl}ncos. As servido- " ras mostraram as instalações do posto - um antigo galpão de uma empresa transportadora -. afirmando não haver "condições de trabalho nem de atendimento adequado ao público" .; ~;~gi ~~~~~J:r1~:e~!~~~~ªn~fi:. melhores condições de atendi– mento ao público e "um espaço decente" para realizar todos os pagamentos efetuados no posto. Uma servidora disse que a média de atendimento é de-cem pessoas por dia. Má administração Geraldo Soares, outro pen– sionista, disse receber seu paga– mento hã sete anos e deu razâo às fuhcíonárias. Em su.1 opiniãe1, a culpa do que vem acontecendo é da "má administração da Pre– vidência, que atrasa os paga– mentos e não leva o prédio para um outro local. Isso realmente seria muito melhor para nós também". CIDADl 7 Calendário da Seduc em 1990 O ano letivo nas c.,c.:olw, de 1~e2" graus da rcd · C!-– tadual de ensino dcvcrú c.:•t– mcçar no dia HI ~e murc.;o. A Secretaria de .,.;!--Lado dt· Educação já possui uplano do calendário cscolur para l!;MJ, que prcvé lttfl d1~s de aulas e dcvcrã ser definido no inicio de março pela d1 retora do Departamento de 1~Grau, H.ita Ncry, e pelos diretores das escolas. A.o.; au– lasdeverão terminar nodia 17 de janeiro de 19Yt. O ini– cio do período letivo de l!l!JI já está previsto para 21 de fevereiro,quandoocalcndá_– rio escolar da Seducdevera se normalizar. De acordo com ocalen– dário, o primeiro semestre englobará os meses de mar• ço,abril, maio e junho, com 71 dias úteis de aula, e o se– gundo, de agosto a janeiro de 1991, terá 109 dias úteos. Com o términodas aulas se– rão realizados os trabalhos complementares, recupera– ção e o recesso dos pro– fessores. Além da definição do calendário escolar, outras propostas de avaliação do rendimentoescolar serão le– vadas em consideração, co– mo o aproveitamento, através de nolas de O a 10,e assiduidade; realização de quatro avaliações bimes– traisduranteoano letivo,às quais serão atribuídos pe· sos, sendo 2 para a 1 ~ e 2~, e3para a3~ e 4~avalíações: só será aprovado o aluno que alcançar média final igual ou superior a5,segun– do o novo modelo da Seduc: o aluno que não alcançar a média de aprovação fará re– cuperação e será aprovado se obtiver média igual ousu– perior a 5. CEB' Começouonteme deve– rá se estender até odia 16. nos seis pólos de treinamen– to implantados nos municí– pios de Castanhal, Abaetetuba, Conceição do Araguaia, Bragança, Mara– bá eAllamira, a preparação dos professores da rede de 1~grau que participarão do projetodos Centros de Ensi– no Básico <CEB's), que vi– sa transformar as 1 ~ e 2~ séries do 1~ grau em ciclo básico de ensino. Esse ciclo terá a duração de dois anos e já está sendo adotado pe– laSeduc nas escolas de 1 ~ e 2~ graus.desdeoano passa– do. como uma alternativa para solucionar os proble– mas do ensino regular. Prioridade para educação é fundamental "Eles não têm uma posição de quando a gente vai receber", comentou um pensionista, que preferiu não se identificar. Uma aposentada, Maria das Graças Miranda, disse que a chefe do posto declarou que os servidores não estavam atendendo porque "havia apenas quatro f11ncioná– rias para atender todo mundo" e que "o resto do pessoal estava negqciando suas reivindica– ções". Maria reclamou também que quando as pensões são pagas com atraso não há reajuste: "Recebemos o mesmo valor de dois ou três meses atrás". Ela afirmou ainda ter ouvido "da bo– ca de uma funcionária" que os salários dos servidores são pagos "As mesas se amontoam e não há sistema de refrigeração" , 1·e– clamaram, lembrando ainda que oespaço para atendimento do pú– blico "é mínimo e mal aproveita– do". Uma das funcionárias disse que as reivindicações são apenas quanto à melhoria das condições de trabalho e que não havia "ne– nhuma acerca da questão sala– rial". Os funcionários do posto do Telégrafo reivindicam a instala– ção de aparelhos de ar condicio- A Policia Militar foi aciona– da e esteve no local uma guarni– ção da Patam. Segundo o sargen– to Amarildo, "não foi preciso usar de violência para conter o pequeno tumulto" e que sua mis– são "era manter a ordem e evi– tar a agitação". O sargento res– saltou que o eq4ipamento usado pelo policiais - metralhadora e revólveres - era de uso "normal". Integrar o 1° e o 2° graus ao nível superior e incentivar a leitura desde a pré-escola. Na opinião do professor Meirevaldo Pai– va, da Universidade Fede– ral do Pará. essa é a solu– ção para a questão doensi– no no Brasil. além de ser necessário ··um maior in– centivo do governo ao se~ tor". Ele sugeriu. ainda. que as universidades fa– çam avaliações para anali– sar os problemas refletidos na redação. "Isso poderia ser feito através de cursos para os professores. com seminários, bibliografias e tudo o que sen 1 ir de refe~ rencial para as avalia– ções", afirmou. Do e1querdo poro o direito, 1entodo11 M6rlo Petrelll, pre1ldente do Seguradora Roma; Horácio freyre, coordenador geral do Grupo l unge lorn do lro1II (Moinho Sontl1ta)i lornall1ta Roberto Marinho, pre1lden'te do1 Orgonlr.oçôe1 Globo e MIiton Afonia, pre1ldente do Golden Crau. Em pé: Paulo Afonia, diretor financeiro do Golden Crou ; Paulo Brito, vlce-pre1ldente do Seguradora Roma; lnnocenclo de Paulo Pereira, pre1ldente da Vera Crur. e Roberto lrlneu Marinho, vlce-pre1ldente do1 Orgonlr.oçôe1 Globo. UNIÃO DA GOLDEN CRÔSS COM ROMA SEGURADORA R euniram-se na sede da Rede Globo de Televisão, o jornalista Ro– berto Marinho, presidente das Organizações Globo; Horácio.Freyre, coordenador geral do grupo Bunge Born do Brasil (Moinho Se n- tista); 0ilton Afonso, fundador_ e ~residente da Golden Cross, para o a to de assinatura do acordo de acionistas q ue estabelece a fundacão da Se- gu radora Roma . · A nova seguradora operará em todos os ramos de seguro em todo o território nacional. BIBLIO , A P A DO PARÁ Secçeo de Obres do Pllrá O problema da reda– ção, segundo Meirevaldo. começa na pré-escola e se agrava no decorrerdoensi– no fundamental,ondeoalu– no nãoéestimulado à leitu– ra. "Sem ela não existe a reílexão, o pensamento. A escola. de modo geral. não prepara o aluno para a cri• tica e o questionamento. dai a sua dificuldade na ho– ra de fazer a redação". fri– sou. Em sua opinião. os cursinhos tentam - sem sucesso - compensar essa deficiência, mas acabam fazendo apenas um treina– mento râpido. "pois ensi– namem um anooque deve– ria ser ensinado durante o 1° e o 2º graus". Arespeito da novidade adotada pela UFPa este ano, oferecendo três temas para a redação. oprofessor comentou que não houve uma melhora substancial. "O que aconteceu. na ver• dade. é que o candidalo es– colheu um tema e o desen– volveu de acordo com aquele modelo-padr.lo aprendido nos cursinhos". Ele salientou ainda que. em relaçãoao anopassndo. houve um pequeno avanço na forma \ortografia e con– cordância l, "mas a grande dificuldade conl inua sendo quanlo ao conteúdo. justa– m ente pela fa li a de leitura". Para Meire,•aldo Pai– va. o objetivo da redação no vestibular não é revC'lar artistas "e sim verificar SC' o estudanle sabe expres– sar. de forma ordenada. seu pensamento". Ele afir– mou que a questão mio po– deser dissociada da educa– çãocomo um lodo. "€ pre– ciso investir na nlfabetiu,– c;ào e no cn ·ino fundame-n– tal, mas pura isso /! nl'ccs– sário priorizar o sNor edu– cacional", finalizou.

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