O Liberal: jornal da amazônia. Edição n° 22.572. Terça - feira, 06 de fevereiro de 1990.
Belém. terço-feiro. 6 de fevereiro de 1990 O mais esperado dos convidados: o ''tio Fofão'' Hoje em ~L■DE- N cm O LIBERAL 7 . FAVOR NJ ESTACIONJ "Quando meu pai me viu vesti do de palhaço pela primeira vez, não gostou. Agora, dá a maior força, indica para os amigos. A família toda ajuda" N um dezembro, há seis anos, Idnal– do Rodrigues da Silva recebeu o convite de um amigo, Paulo Sérgio - mais conhecido como "tio Bo– lão" - para fazer apresentações como Pa– pai Noel em festas de fim de ano. Desde então, Idnaldo não parou mais de fazer animações, vestido do palhaço "tio Fo– fão". "O Paulo Sérgio, PaúJão, precisava de mais um Papai Noel e me convidou pa– ra fazer porque acbou que eu tinha jeito. Em março do ano seguinte comecei a fazer animações em aniversários, já sozinho", contou Idnatdo. O estilo dos dois animado– res é o mesmo. "Fazemos um trabalho pa– recido, o mesmo tipo de animação e usa– mos brincadeiras parecidas'', informou "tio Fofão". Fazer animações é um trabalho que Idnaldo gosta muito. " Fico duas horas nos aniversários e às vezes até mais porque as crianças ficam pedindo", disse ele. As brincadeiras precisam animar não só as crianças mas também os adultos. "Nos aniversários é preciso concentrar num só local as crianças e os pais. Faço muitas brincadeiras para mexer com os adultos também", destacou. ldnaldo reclama "das mães que pensam que o palhaço é ba– bá das crianças e querem que ele fique to– mando conta delas enquanto vão conver– sar com as amigas e das crianças que acham que a gente é garçom". Gordura A animação nos aniversários começa assim que ldnaldo chega. "Muitas vezes a porta é pequena e as crianças vão lá fora dizer que eu não passo. AJ peço que elas ajudem, empurrando", contou o "tio Fo– fão". A roupa tem enchimentos especiais, feitos com espuma, mas "muitos motoris– tas de táxi já não quiseram me levar achando que era gordura de verdade e eu iria desmontar o carro deles", destacou Idnaldo, rindo muito. São poucas as crianças que choram, com medo do "tio Fofão" . "Elas ficam com medo mas aos poucos vão se descon– traindo, fazem mil perguntas, querem sa– ber se a barriga é de verdade, se fico com essa roupa para dormir e chegam até a su– gerir e ensinar brincadeiras'', lembrou Id– naldo. Para animar as festas, ele chega a fazer dois trajes de palhaço por mês. "A roupa fica conhecida, desgasta a imagem, então estou sempre mudando", ressaltou o palhaço. Ele faz ainda animações espe– ciais, como coelho da páscoa e outros. " Dependendo do que os pais querem, pos– so ir com um mágico, a Xuxa, os conjuntos Fórmula Um e Bom-bom. Se quiserem, or– ganizo a festa inteira, da decoração até o buffet. destacou. Preferência Oanimador não esconde a preferência em fazer "o bom velhinho": " Papai Noel não anima a festa, mas é esperado com emoção". No ano passado, ele chegou de ultraleve, de barco, de carro e até de trenó nas festas e confraternizações. "As crian– ças cobram a presença do Papai Noel nas festas e até o adulto se emociona, é super– legal" comentou. ldnaldo faz animação em escolas, inaugurações, confraternizações e onde mais for chamado. "Só não faço em porta de loja", frisou. Morando há 15 anos na rua Barão do Igarapé-Miri, no Guamá, ele con– ta que a idéia cfe animar festas "surgiu de repente". " Nos tempos de estudante já or– ganizava festas de São João, era presiden– te de Centro Cívico e cbeguei a organu::ir quadrilhas e outras restas no bairro", lem– brou. ldnaldo diz que seu pai, quando o viu fantasiado pela primeira vez "não gostou, achou ruim, mas agora dá a maior força, indica para os amigos, faz muita propa– ganda. A familia toda ajuda". Os interes– sados em contactar com ldnaldo podem li– gar para 229-<>098.
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