O Liberal: jornal da amazônia. Edição n° 22.572. Terça - feira, 06 de fevereiro de 1990.
·r, ., ó O LIBERAL Jornal dos Bairros Pintura nova no Império Amazônico. Mas l) Imperio .\mnzõnico mudou de cara .-\ no,·a pintura da racha• d.1 deu ao conJunto res1d{'ncml lorahz.ado na :1\ en1da Almirante Barr ·o. bairro do ~ uza. uma no,·:i imagem \Ia. não hou\"e grandes transíormações em ler· m0:1- de saneamento. pa\'lmenta– c;Llo e sen·ic;o:; bas,cos Os ló blc> e~ - carta um com 64 aparta• menlos - continuam sendo aten– d1dCb por um precario st ·tema de esgoto. as ruas permanecem e,– buracadas e o bloco 1-1 solre com o problema de falia d'a~ua ha ma 1: de 15 dias As pequenas me– lhorias que o conJunto ,·êm rece• bendo são dendas à inic1at1\"a dos moradores. embora haJa quem reclame da falta de uni.lo entre os condômino:; ~em tudo runciona de acordo com a a piração dos moradore; :\'os ult1mos blocos, o abandono e muito grande. Apenas na parte da frente começam a aparecer algumas mudanças: hmpeza e pintura Alguns moradores - co– mo Norma Monteiro. ha quatro anos no Império Amazônico - acusam a Preíe1tura Municipal de Belém de ser a prmcrpal res– ponsável pela falta de serviços no conJunto. ··Nunca se íaz limpeza nas ruas e os esgotos ficam entu– pidos durantes muitos anos··, reclama Jm~rio abandonado Ermelina Brito. há três anos no conjunto, discorda que o aban– don< do Império Amazônico se deva unicamente à PMB. Ela sente a falta de união dos mora– doncs. "Muitas pessoas deixam de pagar as taxas de condomínio e os síndicos não sabem o que fa. zer para quitar as contas de água e luz, entre outros". Além disso. ela aponta as diferenças existen– tes nos preços de condomínio do Império Amazônico como a prin– cipal causa dos atrasos no paga– mento. "As taxas dos apartamen– tos da frente estão fixadas em NC7$ 150,00, enquanto que as re- O lixo continuo sendo depositado na ruo, ao lodo de pontos de "ando de alimentos ferentes aos de trás são da ordem de NC7$ 50,00. Mesmo assim, ain– da existem pessoas que deLxam de pagar". Outra diíiculdade existente no Império. causa de muitos pro– blemas, é a falta de uniãodos mo– radores.· Nem todos colaboram na hora de realizar um mutirão ou trabalhos comunitários com o objetivo de beneficiar o condomí– nio: "Quando convidamos as pes– soas para ajudar nos serviços de limpeza, ninguém aceita '', queixa·se Norma. Talvez, seja esse o motivo dos contrastes nos 16 blocos. Em alguns. o serviço de abastecimento de água, por exemplo, é feito por caixas d'água e bombas de pressão. Isso não ocorre dos últimos blocos, ainda servidos por poços artesia– nos. esses, a falta d'água é constante. Apenas uma pintura ºA nova pintura se deve ao condom!nio fechado do bloco 1. O que falta no Império Amazônicoé um serviço completo_de sistema de esgoto e asfaltamento", obser– va Sérgio Ronaldo, há 8 anos no conjunto. Maria Nunes, há quatro anos residindo no prédio. disse que o bloco em que mora não so– freu nenhuma alteração. "A água continua faltando e as ruas estão todas esburacadas", lamenta. O resultado de todo esse abandono pode ser visto nas late– rais das ruas principais. " O lixo doméstico e restos de constru• ções tomam o espaço destinado aos pedestres e veículos'', denun· Belém. terço-feiro. 6 de fevereiro de 1990 A velho paisagem das ruas esbura~odas sõ mudou poro pior eia a moradora lida Monteiro, há um ano no conjunto. "A coleta de lixo é precária", reclama lida. Outro fator de transtorno para os moradores refere-se à segurança pública, já que todos os lados do conjunto estão cercados por invasões. O próprio Império Amazôni– co já foi vitima de uma grande in– vasão. O rato ocorreu há mais de 20 anos, após a entrega das pri– meiras unidades, e mudou com– pletamente a história do conjun– to, havendo casos em que, até ho– je, a ocupação do apartamento é completamente irregular. En– quanto os diversos casos são re– solvidos na Justiça, oconjunto so– fre com a falta de integração dos condôminos. Nem todos podem pagar as taxas de condomínio e a vida nos apartamentos fica a ca– da dia mais difícil.
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