O Liberal: jornal da amazônia. Edição n° 22.571. Segunda - feira, 05 de fevereiro de 1990.

Bel m. segundo-feiro. 5 de fevereiro de 1990 8 CIOADES O LIBERAL Secretário desconhece plano japonês O secretário de Indústria, Comércio e Mineração do Esta– do do Pará, Nelson de Figueire– do Ribeiro admitiu anteontem ~~ ~~1rs>ejf~i1e ~~~N~~s~~ um projeto para exploração dos rejeitos de ouro no garimpo de Serra Pelada, mas disse desco– nhecer qualquer projeto mais ampliado para a exploração de ouro em outras regiões do Pará ou da Amazônia e uma eventual troca do ouro explorado pela di– vida externa brasileira. Segundo o jornal "O Globo" de ontem, um grupo de investi– dores privados japoneses pre– tende apresentar ao presidente eleito Fernando Collor um pro– jeto que promete criar grande polêmica no Brasil e no mundo: a compra com deságio, de toda a dívida externa brasileira - cerca de US$ 115 bilhões -, em troca da exploração das jazidas de ouro existente na Amazônia, avaliadas preliminarmente em ~~!: ~~~o~oi~~r:~~ Miyake, consultor do grupo Mil– subshi para este projeto. Segundo Nelson Ribeiro, realmente o falecido secretário de Planejamento Amílcar Tu– piassu, manteve, em 1987, con– tatos com o economista Akio Miyake sobre a possibilidade de empréstimos japoneses para o governo do Estado. O próprio governador Hélio Gueiros che- Ministro nega troca Brasllia (AJB) - O ministro das Minas e Energia, Vicente Fialho, desmentiu que um grupo de investido_res japoneses te– nha apresentado uma proP?5ta ~ra_ trocar a divida externa_bra– sileira pelo ouro da Amazoma. Nao passou pelo m1msténo. E se tivesse passado, essa proposta não lena prosper~_clo, pois a soberania nacional está acima de qualquer negócio , afirmou o ministro. . Ele explicou que a Constituição Feder_al não_permite que empresas estrangeiras tenham capital maJon táno para atua~ na área da mineração.Segundo Vicente Fialho,o presidente Jose ~:~niÍ Ã~";:~ô~i~~P~\~ 9~~~~~~~fi~~%1~!/~i~~~~o~:;i~:: gociada". gou a viajar ao Japão para ne– gociar um empréstimo, com o qual pretendia construir três ro:;~;fá~?~ed~ifa~~ºcgms~s~ea;~ tal. Os japoneses, contudo invia– bilizaram as pretensões do governador, exigindo que pri– meiro o Brasil firmasse um acordo com o Fundo Monetário Internacional. Posteriormente Miyake pro– curou novamente o governo do Pará oferecendo um projeto da Mitsubishi para a exploração dos rejeitos de ouro em Serra Pelada, através do processo de cianetação. O assunto passou então a ser dirigido pela Secre– taria de Indústria, Comércio e Mineração e segundo o secretá– rio Nelson Ribeiro, foram inú– meros os contatos com os :1rSi~%~~~~%f~~~~eda a idéia de uma ampliação do projeto que é especifico para Serra Pelada. Os japoneses já estão em fa– se final nas análises que pedi– ram para fazer previamente sobre as potencialidades dos re– jeilos, e segundo Nelson Ribei– ro, até o próximo dia 20 de fevereiro deverão dar a respos– ta se participarão ou não do pro– jeto, sendo que a expectativa é de uma resposta positiva, por– que dados preliminares das análises revelaram grande po– tencialidade de ouro ainda nos rejeitos, mediante processo de cianetação, ouro esse impossí- :!~ceú~f~~cu~!J;l~fi~~c~~s~!~ peiros. A proposta japonesa, caso eles confirmem seu interesse no projeto. inclui a formação de uma "joint-venture" com a par– ticipação da Mi!-5ubishi, dos ga– rimpeiros de Serra Pelada e do governo do Pará,. através da Pará-Minérios. Esse processo, !?~d:~~~·~~~e te1~3~ J;;~ii~ºº e deverá demorar mais uns seis meses de negvciações. "Estive com os japoneses várias vezes e nunca falaram nada sobre troca de ouro pela dívida brasileira. Acredito até que com um inicio de atividade em Serra Pelada e sendo o pro– jeto deles bem sucedido, eles possam pensar em lavras de ou– ro l!m outras regiões do Pará ou da Amazônia. Mas esse não se– ria um projeto a curto prazo e por enquanto rião passa de espe– culação de minha parle", disse o secretário de Mineração do Estado, acrescentando que so– mente uma exigência foi feita aos japoneses quando apresen– taram o projeto sobre o aprovei– tamento do rejeito em Serra Pelada: que todo e qualquer acordo na área estritamente mi– neral deveria ser abrangente para dar uma solução também para o grave problema social existente hoje em Serra Pelada e, em um prazo mais longo, pa– ra outras regiões do país, para acabar, por exemplo, com a con– taminação dos rios por mercú– rio. Isso, porém, segundo Nelson Ribeiro, está na fase apenas da expectaliva, sem nada de con– creto ainda. Passarinho ~l~ssifica a idéia de "fantástica" Jaguaribe critica a proposta de compro Brasilia (AG) -O senador Jarbas Passarinho (PDS-PA) disse ontem que a idéia de trocar a dívida externa bra– sileira pelo ouro da Amazônia é "fan– tástica", mas ressaltou que ela precisa apenas ser analisada com cuidado. ~~~t~~';:~~~ ~iu'l:l:igg ~~s~ idéias surgidas no sentido de explorar fa~M~~~l~~~~~~-c~~s ~~~!be~: empresários japoneses e ficou de estu– dar oassunto, sem no entanto dar qual– quer resposta. O senador paraense não estranha o interesse de empresários japoneses na Amazônia, agora com uma propos– ta mais avançada e, na sua concepção, "mais interessante". Passarinho confia na tecnologia desenvolvida pelos orien– tais na exploração do ouro, evitando a destruição da natureza. Rio (AGJ - Osociólogo Hélio Jaguaribe, que partici– pou da Comissão Especial que elaborou propostas para a Constituição, criticou a proposta de um grupo de investi– dores japoneses de comprar toda a divida externa do pais em troca da exploração do ouro da Amazônia. Ele se disse contrárioao item da Constituiçãoque proibe a atuação de empresas estrangeiras no país na área de mineração, mas, ainda assim, acha que o governo deve reneg:ociar sua dívi– da pelos mecanismos convencionais, ao inves de apostar no nado, foi procurado por uma comitiva de empresários daquele pais. Eles· apresentaram uma idéia semelhante, porém bem mais modesta. Na época os japoneses se interessavam pela explo– ração do rejeito do garimpo de Serra escuro com um projeto como esse. Caso o presitlenle eleito Fernando Collor aceite a pro– posta dos japoneses, haveria necessidade de uma reforma ~~?:t~~u~~~!~a~J~~~:~~~~~~i~rr';s~~~~ d:u~~!~ª~~ dança deveria vir precedida de uma consciência da população da relevância da atuação de empresas estran– geiras no pais. Comércio intenso dentro e fora do Museu e do Bosque Vende-se de tudo um pouco dentro e fora As ~om1aas L1p1cas sao os produtos mai!-1 ~~~~~~:i:~~ed~!1~i~~C:~~~~-s~o~~~~~ d~n;~;~~ts~z~:nth~~~~~l:ftuae~ ~~~~~~n~ típicas, refrigerantes. sucos, brinquedos po- cinco anos vendendo tacacá, .vatapá, carur:u pulares e industrializados e peças de artesa- - a NCz$ 15,00 cada - e mamçoba - a NCz$ naio silo alguns dos produtos oferecidos para 30,00. "Nós vendemos. muito aqui e o qu quem vai passear nos dois locais. A disputa m~ntém o .n~o negócio é a qualidade da cb pela freguesia é grande e a diferença de pre- m1da ea h1g1ene, que eu faço CJ.Uestão de pre ços pequena entre os vendedores dentro e ío servar", afirmou. Ela disse cx1slir um proje- ra dos muros.Sônia Correa vende brinquedos to para mudar o localde sua barraca esuai.& ~&':~C:~ ~ 1 !J~.~p~'%º!u~u~;i;~~mba~~ ~:~:~ ~:;;s~l~e~~~rt~a~º;_~ 1 ~t~d~~i! ca. "as crianças sempre pedem aos pais um ba~rac~ de madeira é mais bonita e mais tlp1• brinquedinho. O lucro nem sempre é certo, ca •opmou. mas a gente vai levando". disse Sônia Ela No 'Rodrigues Alves', o tacacá, o caruru não tem licença mas disse que o "rapa'' não e o vatapá custam NCzS 20,00 e a maniçoba a perturba ' Cz$ 35,00. Oproprietário da barraca, Gilval• Raul Matos todos os domingos oferece do Oliveira, disse ter um contrato de exclus1- ~~a· Í~~i:~:"!~~r~~a~~ª~fis~~ 3 E~~e~be:~ ~~~a:~.:::u~~i1:~:~e~o~ 1 :~~=~~:~::~ NCz$ 10,00 por um copo de água mineral, fator do lucro q_ue já tem, trabalhando no lo- NCz$ 6 00 por um refrigerantee NCz$ 5,00 por cal há apenas cmco meses. Duas vendedol'as um salgado.Os preços cobrados nas barracas do lado exlemodo 'Rodrigues Alves',que pre- padronizadas do 'Emílio Goeldi ', es<ão um feriram nãoser 1dent1f1cadas,afirmaramq~e pouco acima dos cobrados por Raul. O refri- são licenciadas pela Prefeitura Municipal e ~~~n:~~~s~arsc~ ?R!d:ig~!!\~v~~~~g;!~ ~~~ .. n~~ ~r~;;:!"n~:;,e~~~a~a\~md~ f\';,';.,~ ço do refrigerante é omesmo, tanto na barra- pedrestres na calçada: "Quem atrapalha s)o ca do Bosque quanto nos ambulantes: NCz$ os donos dos carros que estacionam no p;ls· 7,00. Os salgados custam mais - NCz$ 10,00 seio". Elas disseram ainda pagar Cz$150,00 - dentro do que fora - NCz$ 7,00. mensais para a Prefeitura pelo ponlo. MEDIDI EOONôMDS. Tinia Coralar (galão) Telha Brasilil (2,44x50) 196,00 145.00 Piso Inca Comercial a partir de Azulejo Cecrisa nLIU'Dc, MATERIAIS DE CONSTRUCÃO 99,00 115,00 rr , Pelada, acreditando ser uma boa fon- •,n,W de riqueza mineral. e ,., 1 Não sendo a pessoa mais indicada Par~ Passarinho, se ll§. Jí1119neses conseg41~eJ11ex_p\9,1;a o oigq ~ilei– ro sem destruir a floresta e ainda ga– rantir o pagamento da divida externa a nação só tem a ganhar. Agora, na sua opinião, resta fazer uma análise deta– lhada do plano japones. ,de.o;~r;,~~p:~~l~~ rn~~~~~~::,r"ªª~~;:J~:lt~:i~~: o·•-•..,"'•"·•º1!!11,,-1111!.,■,;-º•'•1 •!,•é•~,•, •"n•,~•. •,,•,•,,•( •,.•11•, •. ------• vemo,do quea permanência de garimpeiros felv,agep~,.qu11 11, a negociar com a comitiva de japone– ses, Jarbas Passarinho encaminhou-a ao então ministro das Minas e Energia César Cais. Mas, como tantas outras depredamomeioambiente - disse HélioJaguaribe, pros- v - 1 riTE[' EFONES' R~RA seguindo: "Essa proibição da Constituição foi fruto de um ~~~~o:~~~':;'l:ld~~nlil, só admitido em paises extrempmente Para Campos, proJeto é inviável Rio (AGJ -Osenador Roberto Campos (PDS-MT) duvidou da viabilidade da pro– posta de investidores japoneses em trocar a dívida externa brasileira pela extração das jazidas de ouro da Amazônia. Ele acha que para o Brasil trocar a divida em bloco nãoseria tão bom negócio, poisoabatimento que conseguisse por conta do pagamento a vista provavelmente não seria mais desvan– tajoso que odeságio que pudesse obter nas negociações em separado. A seu ver, e mais provável a negociação da dívida externa brasileira atravésde ope– rações de troca dos débitos por preservação ambiental. F,Jeobserva que essasoperações, entretanto, só seriam viáveis pai-a os débi• los junto a governos - que detém pouco maisde 15% do total da divida brasileira - e não com com bancos particulares - de: tentores de 85% da divida total - que não tem interesse por esse tipo de proposta. O senádor ironizou o projeto, dizendo ~uctf!hfªa b~~J!i~!~ s3~~~~~f~~ ~~i~~~~ mercado internacional. Aseu ver, existiriam muitas dificuldades.técnicas para a adoção de um projetodesses, a começar pela valo– rização do ouro, cujo preço é altamente instavel. Mesquita .diz que o que há é contrabando Brasília (AGJ - O presidente do lbama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente), Fernando César Mesqui– ta, disse ontem que nunca ouviu nenhuma autoridade do governo Sarney falando sobre qualquer roposta de ~~ur~l:~~e:~ fr~~! ~~g~t~J!º~(e!~~i as de ouro Apesar àe defender uma racionalidade na explora- g~::,~~t.";'i.~~;!\~r~:~il~~~~i~l.;'1:~u~~i~io ~/~ Miyake. ''A informação que lenho é de que existe muito contrabandode ouro na Amazônia - , foi tudo oque disse o presidente do lbama, acrescentando que não tem in– gerência sobre esse assunto. Vereadora de Ananindeua faz denúncia A vereadora LÚiza Te– les (PFL), de Ananindeua, esteve ontem à tarde na re- Você já parou para pensar sobre o que seus filhos acham da escola onde estudam? :~~j:~f~{:!,~fo"~ semana passada naquele município. Segundo ela, na última quinta-feira preci– sou de uma das três ambu– làncias da Prefeitura Mu- :~i{:lqu~eum~~~d.:'s~v! Quem acredila que criança não tem opinião e vontade própria est§ cometendo um grave erro. A relação deles com a escola deve lhes permitir desenvolver seus potenci~is e não apenas impor conceitos pré-estabelecidos. Este é um sério problema _de alguns métodos de ensino. Veja só o exemplo: todo mundo sabe que criança não gosta de ficar parada no mesmo lugar por multo lempo. Por que então, deixá-la sentada em uma cadeira por duas horas seguidas, até mais? No Anchletlnha isso não acontece. As turmas estão em constante movimento, usando todos os espaços, cada qual devidamente , preparado para as etapas de formação. O ATALAIA. Faça o melhor investimento do momento. Adquira o seu terminal telefônico para a Praia do Atalaia em SalinÓpolis, e desfrute desta comodidade já nas próximas férias de julho. VENDAS EXCLUSIVAS: Nos fins de semana, plantão de vendas na Prefeitura de SalinÓpolis. PROMOÇÃO: A~ista no Rio de Janeiro com tudo pago, o novo show de LULU SAN10S no Canecio: • Passagem aérea para o Rio ida e volta • l;lospedagem em hotel de l ~ categoria, incluindo alimentação funcionando, a outra esla– va no conserto e a última na casa do prefeito, Fer– nando Correa, localizada e111 Marituba. Luiza Teles disse então ler mandado Pedro Anastácio Pinheiro, marido de Maria da Con– ceição Mota Pinheiro, in– ternada na Santa Casa de Misericórdia em Belém, fa– lar com o motorista da am– bulância,em Marituba. "O :;:~to~i~ dt~~~~~ ~.a Pré-esc?la tem sala de artes pl§slicas, linguagem, recreação, valores e h§b,tos e desenvolvimento Intelectual. No 1 ° Grau, sala de português, ciências, matemática e integração, cada uma com profissionais preparados para estimular a criança a aprender com suas próprias experiências, desenvolvendo a curiosidade e a criatividade. Para concorrer a toda esta mordomia, escreva no cupom abaixo o nome do último lançamento do roqueiro Lulu Santos e remeta-o para Av. Nazaré, 350. acrescen~ou que viu uma moça no mlenor da ambu– lância dando voltas com o motorista", afirmou a vereadora. As 18h30 do dia seguin– te, acrescentou a vereado– ra, a mesma ambulância foi vista no bairro da Pe– dreirinha,próximoao Lago Azul, com ofiJho mais novo do prefeito, vestindo short· vermelhoe camisa branca. ''Segundo informações, nesse local mora a namora– da do rapaz, que deve ter cerca de 17anos.Aosairda casa da namorada, houve um acidente com um táxi o que deixou a ambulância totalmente danificada'' disse Ltúza. A vereadorà ~~v:ie~n~~~c~a .,{o~fJ!I depois, segundo ela, foi fei'. ta pericia e o resultado de– ve sair na próxima quarta– feira. "Segundo os peritos ~~~~~o ;i~iC:cili~~t~ ~nclui~'.ho do prefeito", Assim é o A.'.'chietlnha. Uma educação diferente, ousada, que eleva a formaçao da criança para o plano global e não apenas para o ato de aprender a ler e escrever Se o seu filho já estuda no Anchietlnha, pergunte·à ele o que acha da escola. Se ainda não, que tal dar a ele a oporlunidade de construir com a gente a sua própria opinião?. Trav. do Chaco, 1909 - Fone: 226-1479 (Marco) Belém-Pará ---·- -- -- -- -- - -- - - -- ---- --- -- --- - - ------------ , ! NOME DO DISCO:_____________________ ' 1 1 NOME:______________________ _ ENDEREÇO_· _____________________ ! IDADE:__________TELEFONE:__________ \._ ------ ---- ~~i~ ~~-~ ~ TELEX:21J9ll16KLAP.DL

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