O Liberal: jornal da amazônia. Edição n° 22.570. Domingo, 04 de fevereiro de 1990.

Montanhismo -e Caminhadas Tem gente que não está ligando muito para a crise do abastecimento de á}. coo! combustível, e continua e diver• tindo no finais de semana. São os praticantes do trekkinj:, uma cami· Ilhada estilizada, também conhecida como excursionismo. Apesar de não . ser novidade, a moda de andar está dando-o maior pé entre nós, por causa da necessidade de uma rápida fuga da neurose urbana, e uma limpada na ca• beça que só um maior contato com a natureza pode dar. EGlUIPAMEN10 PARA ESCALADAS ATÉ 3 .000 METROS E:Slb.10 0E PRIMEIRc:tS EVEREST (A'sla) 8°&18m ACOMCA'Gt.lA (Am<'.rica do Sul) 'f.060m M<,cK1t,/LEY ( Arnúio:i do llorm) 6 ./?Bm KIBO (ÁPr-lccl) 5.695 m MONTE BR4NCO (eurcpo) 4 .80? m PICO O,\NEBLIAA ( Brcsil) ~ol,4m CORCOVAOO (Brasil) ,o4m 1'i"o llE AOÍCAR (Brasil) 3'lom O trekking encontra muitos adeptos no Brasil por causa de nosso relevo, que não apresenta grandes altitudes, e nem montanhas de ~da muito cli· fiei!. Fora a Serra do Orgãos, em Te– resópolis, com o seu Dedo de Deus, os ~ - ALIM~ToS DeSIOR4"rADOS Uma das aventuras mais emocionan• tes, entretanto, e ao alcance de quem tem os pés no chão, é subir a Pedra da Gávea. Os mais experientes escalam objetivos do montanhistas parecem modesto . Mas nem por isso menos emocionantes. Há, por exemplo, quem não i:oste de ubir ao Corcovado de bondinho, preferindo o método mais dificil da escalada natural, que usa co– mo instrumentos nada além de pés, mãos e muita coragem. Após vencer os 450 metros de parede e acabar aos pés do Cristo, esses a\•entureiros que . sobem pela face uJ da pedra podem dizer que estiveram "mais perto do céu". · A temporada do montanhismo é aber· ta em abril no Rio de Janeiro, numa promoção do centros de excursionis– mo, para divulgar esse esporte que, antes de mais nada, luta pela defesa da natureza. E também inicia qual• quer pes oa com alguma vontade e preparo físico a vencer as alturas dos morros ~ _G~vea, Pão de Açúcar, Ur• ca e Babilorua. Com ou em equipa• mento especial de escalada. PANSLA LANTEf<>IA o tS>º o as faces nordeste e leste da pedra, mas o trek.king é o mais comum, reu i. nindo enormes grupos nos finais d o semana, que vencem os obstáculos das trilhas estreitas e das escarpas, para serem premiados com uma das mais belas vistas da cidade. Quem chega lá em cima não deixa de sentir uma sensação agradável de euforia e ,deslumbramento. Existem passeios mais leves, pela Flo– resta da Tijuca, Pico da Tijuca e Pe– dra Bonita, mas todos eles devem ser feitos em grupos e com guias expe. rientes, pois há a possibilidade de uma pessoa que desconhece o local se perder e passar por um sufoco inespe– rado, em vez de viver uma aventura. Tomadas as precauções necessárias, toda a emoção do trekking pode ser vivida por qualquer pessoa, até mes• mo por quem não tenha se arriscado além da esquina. Para isso, existem os centros de excursionismo, como o Centro Excursionista Brasileiro (tele– fone 262-6360) e o Centro Excursionis• ta Rio de Janeiro (telefone 220-3548), grupos ecológicos, como o Grupo Ar Livre (telefone 200.3029) e até mesmo agências de viagens. Todos organizam os mais diversos roteiros de final de semana para quem quer curtir a natu• reza, tomar uma banho de cachoeira ou apenas movimentar os músculos: praticando um esporte saudável, solf• dário e barato. Agora, é preparar a mochila com aJi. meatos leves corno frutas e sanduí• cbes, calçar um tênis bem resistente e botar o pé na estrada. Texlo de Domingos OtmHI A seguir: O disco de ewton

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