O Liberal: jornal da amazônia. Edição n° 22.570. Domingo, 04 de fevereiro de 1990.
2 8 ECONOMIA Confronto ná paralisação dos rodoviários paulistas SloPaulo (AE) -Tn!s dire<ores doSin• dica!o dos Coodu<ores edois funcionários da CMTC !oram autuados ontem em ílagrante ~~~~~f.~~~:e~= w::r: dade de trabalho, com violência e danos ao ~==~~~~~~: baiml do Pari,durantea madrugada. A tar- de os cinco !oram soltos, após os advogados do sindica!o terem pago NCz$ 3.500,00 de fiança. da 3~ i~~:. u;1i!~ª~~~ct,is ;r.t~~ quem os piqueteiros trocaram socos e pon– tapés durante o momento da prisão, e que– riam que os manifestan<es também fossem daTS:~~~~;~;i~n:::~º,;~: Irando a mão direita suja de mercúrio cromo, desabafou: "tomei uma rasteira e cal no chão, machucando a mão".Sanches, no entanto, não soube identificaroagressor. Já o fotógrafo Jesus Carlos Delucena Costa,da agência Fo!on, lamentava ter si– do vitima da violência dos policiais milita• res. "Os PMs tomaram meu filme e ~:=a?=:':,":'~::,~:,~= um dos manilestan<es", disse. Segundo Je– sus, ocobradorJosé Daniel CUpertino !oi jo– gado ao chão, enquanto os soldados chutavam seu corpo, comandados pelo te– oente Mauro. A confusão começou a t :20, quando o •motorista Amadeu dos Santos, dirigindo o 6nibus placa HX-3582, deixava a garagem Santa Rita em direçãoa cidade Tiradentes para apanhar motorista e cobradores que moram naquele bairro, escoltado por poli– ciais militares. Os piqueleiros estavam a cem metrosdo JocaJ e correram para a por• ta da garagem assim que avistaram o ôni• bus, entrando em luta com os PMs. Ourante a troca de socos e pontapés. o pára-brisa esquerdo do veiculo !oi quebra• do. Na delegacia,os soldados militares acu– savam os manifestantes, enquanto os piqueteiros diziam ter sido os PMs os auto– res da depredação do ônibus. Aduvida não foi eliminada nem pelo delegado Carrasco, pois o motorista Amadeu dos Santos decla– roo nao ter visto quem quebrou o pára-brisa. Adireção da CMTC não conseguiu cum– prira determinaçãoda prefeita Luiza Erun– dina de se colocar ontem. em circulação, o maior número de ônibus da empresa com a ajuda do policiamento ostensivo da Poli– cia MiJitar. Nenhum ônibus conseguiu dei– xaras garagens da CMTC. "De que adianta a pro<eçãoda PM se nenhum cobradore mo– torista veio lrabalhar". lamentou wn funci~ nârioda garagem Leopoldina, na zona oeste. Já as 30 empresas particulares conse– guiram colocar nas ruas da cidade apenas cem ônibus, mas muitos retornaram horas depois ils garagens em conseqüência da ação dos piquetes, a exemplo do que acon– teceu com os cinco ônibus da viação Bris– tol. Outras, como a Viação São Luís, preferiram não se arriscaremantiveram to– dos os seus velculos estacionados nos pálios. Os comboiosda Policia Militar funcionaram normalmente, mas foram insuficientes pa– ra atenderas necessidadesdos passageiros, apesardeontem ser reduzido o movimento nos pontos. Greve na Chesf pode se agravar Salvador (AE)-A diretoria doSindi· catodos Eletricitários da Bahia eocoman– do de greve que paralisa a maioria dos fuocionârios da Companhia Hidrelétrica do Slo Francisco (CbesO, decidiram ontem, em Salvador, traoslerir para a assembléia geral da categoria, convocada para ama– nhã, a decisão de parar também os setores operacionais da empresa e, conseqüente– mente, o fornecimento de energia ao Nordeste. semtl~~•-=~.~o :a~~"n,~: nião da direção de lodos os sindicatos de eletricitáriosdo Nordestecom a diretoria da Cbesfem Recife. Rivando Lima Santana,do Sindicatoda Bahia disse. ontem, que a em– presa rompeu oacordo de manter oacesso dos dirigen<es sindicais aos operadoresque ainda mantém osistema funcionando "ese essa situação continuar, vamos parar tudo". Na reunião de segunda-leira, em Rec.i- le, os eletricitários vão reafirmar a sua dis– posição de só voltarem ao trabalho depois que a empresa assumir o compromisso de pagarosalário de fevereiro no próximodia 22 ea segunda parcela de URPde fevereiro do ano passado com correção integral. A Cbesf tem hoje 12.500 funcionários quesó re– ceberem seus salários de janeiro, no inicio do mês de fevereiro, dez dias depois da da– ta habitual de pagamento, em razão da gra– ve crise que a empresa enfrenta com o débito de NCz$ 3,5 bilhões das Companhias de Energia dos Governos Estaduais. Na Ba– hia, 4.500 dos 6 mil funcionários estão em greve e os 1.500 restantes, da parte opera– cional, ainda não entraram em greve .. pa– ra não prejudicarainda maisoserviçoque prestam ã comunidade" que, segundooSin– dicato da Bahia, "poderá ficar sem luz a qualquer momento porque o sistema está sem qualquer manutençãodesde o inicio da greve". Retorno ao trabalho na Corsan Porto Alegre <AE>- Com o temor da posslvel declaração de ilegalidade da gre– ve por par(e do Tribunal Regional do Tra– balbo (TRl'Jos funcionários da Companhia Rio-Grandense de Saneamento (CorsanJ r.. ~~~~~•=¾~ ~rtf: da zero hora de ontem. Os cerca de mil tra– balhadores da Corsan · empresa do gover– no gaúcho responsável pelo abastecimento ~::,,m!º:!J):~~~'t!}:Ci~~ sobreo IPC,paraatingir as t2396 desejados. No entanto, devido a decisão do TRT, que determinou, oa quinta-feira,a volta ao trabalbo a partir de sábado, sob pena de jul- gar ilegala greve, os funcionários •para evi– tar o risco de punições • suspenderam o movimen~ ficaram, portanto, com o au– mentoconcedido pelogovernode 101,7296 e, como cumpriram a determinação do TRT, não sofrerão represálias da Corsan e nem terão descontados dos seussalários os dias paralisados. OpresidentedoSindicatodos Trabalha– dores do órgão, Sindiágua, Celso Alberici, admitiucomo uma "derrota parcial", o lim da greve, numa estratégia que visa uma "grande vitória" no futuro. Garantiu que a categoria continuará mobilizada em busca dos 21,2896 e para isso fará uma operação tartaruga. Disputa política por trás do choque entre garimpeiros Boa Vista (AEJ - A disputa en– tre brancos e índios em Roraima não eslá restrito apenas a posse da terra ou a briga para expulsar garimpeiros das áreas yanomamis. Ela envolve também muitos interesses politicos, pois defender milhares de garimpei– ros, que votam, contra os dos índios, comunidade onde há pouquissimos eleitores, é hoje um grande negócio pa– ra quem deseja disputar cargos eleti– vos nas eleições gerais deste ano, em Roraima. Dessa forma, não foi surpre– sa quando a policia descobriu que a maioria dos tumultos provocados es– ta semana na Praça do CentroCívico, em frente a sede do governo, em Boa Vista foi incentivada por alguém que. desejava,em primeiro lugar,atingira situação no caso o governo, e, em se– gundo busca infütração entre os ga– rimpeiros, atualmente carecendo de uma liderança mais atuante. · A trama Ioda foi descoberta quan– do o radialista Antônio Luiz Ferreira Alv~ en_trou em_choque com alguns ganmpe,ros mais ponderados, duas vezes a sede da diocese esteve a pon– to de ser depredada mesmo defendi– da, por vários soldados da Policia ~ili!at; esses cuidados no entanto, não· unpedrram que fossem atingidos e quebrados os-vidros da porta frontal do palácio31 de março, onde fica a se– de do governo, e o própriogovernador • Romero Juca Filho, além de outras pessoas que ficaram com as sobras dos excessos Iodas elas traduzidas em pedras e objetos atirados pelos mani– festantes. Com medo de apanhar, Alves ten– tou refugiar-se a catedral sendo então conduzido pelos policiais ao plantãoda delegacia central para explicar por– que alugara um carro de som e esta– va no meio dos garimpeiros, gritando palavras de ordem. Depois de ser ou- vido pelo próprio secretário de Segu– rança Pública, Douglas Rego, num depoimento que acabou só na madru– gada tlesexta-feira, Alves revelou que está em Boa Vista desde setembro do ano passado e que veio de Rondônia ajudado peloex-vice prefeitode Parin– tins, Amazonas, Edu Costa, que co– manda a implantação, em Roraima da Frente Municipalista criada pelo go– vernador de São Paulo, Orestes Quércia. Alves disse que tentou arranjar emprego nos orgãos de comunicação da cidade mas não conseguiu. Como estava precisando trabalhar para se sustentar, aceitou o convite do deputa– do Ottomar de Souza Pinto (PMDB) e do vereador Gilberto Inácio de Araú– jo (Pl'B) para integrar a equipe de ambos nas eleições deste ano. Na terça-feira foi contatado por um asses– sor de Ottomar mandandoque alugas– se um carro de som e penetrasse no meio dos grupos de garimpeiros que fariam concentraçãona praça do Cen– tro Cívico durante a visita de Saulo Ra~os à cidade. Alves admitiu que in– centivou os garimpeiros a invadirem a diocesse e a atacar os prédios públi– cos, mas não esperava que isso fosse complicara vida dos dois poli ticos que o contrataram. Agora, ele deverá ser indiciado em inquérito por promover desordens, incentivar à violência e atacar o patrimônio público. Em Boa.Vista, tão logosouberam das revelações feitas por Alves, o de– putado Ottomar Pinto e o vereador Gilberto Araújo se apressaram em protestarcontra oque chamam de ten– tativa dos seus inimigos de envolvê-loo numa trama para jogá-los contra os garimpeiros, e negaram que tenham contratado Alves para o tal serviço, :!a~~!o~uesequer o conhecem pes- O LIBERAL Belém. domingo, 4 de fevereiro de 1990 -:'. Navio com 38 milhões de litros de álcool pode reduzir a crise gamcnto, Junl;Jmentc com o estoque• das distribuidoras, poderá atender a demanda ., das duas próximas semanas. O governador ,. Max Mauro leve encontro na l;Jrdc de on- " tem, no palácio Anchieta, com os usineiros para avaliar o resultado inicial do esque- ;: ma de emergência montado pela Pe– trobrás.· Rio de J aneiro (AEJ -A crise de abas– tecimento de álcool que atinge as regiões sul e sudeste do pais poderá ser minorada com o desembarque, ontem à tarde no Rio, de 38 milhões de litros de álcool anidro tra– zidos dos Estados Unidos pelo navio Mean– dres. O combustível foi armazenado nos tanques da Petrobrás no terminal da Ilha do Governador (zona norte) e já na segunda-feira deverá ser entregue às dis– tribuidoras. A situação é mais grave em Vitória (ES) onde os proprietários usaram a ima· ginação para encher o tanque, comprando álcool hidratado em supermercados e far– mácias ou adicionando querosene ao resto de álcool do tanque para rodar o final de semana. Do total desembarcado ontem, 13 mi– lhões de litros ficarão nos postos do Rio e outros 25 milhões serão destinados a São Paulo, regiões onde o nivel de poluição é elevado e por isto não será possível utili– zar a gasolina do tipo 'B" (também conhe– cida como premium) que será usada pela Petrobrás, em caráter emergencial, no abastecimento de outros Estados onde a si– tuaçãoé crítica, como Santa Catarina e Mi– nas Gerais. No porto do Rio continua atracado o navio Maisa com 17,6 milhões de litros de álcool hidrawdo importados pela Copersu– car - que dificilmente serão liberados pa– ra consumo, já que o produto não atende às especificações do Conselho Nacional do Petróleo CCNPJ e sua utilização pode da– nificar os motores dos carros. Outra solução queserá tentada pelogo– verno é a transformação do álcool anidro em hiclra!ado o que, segundo estimativa do Ministério de Desenvolvimento da Indús– tria e do Comércio poderá representar re– forço adicional de 300 milhões de litros. Técnicos do Instituto de Açúcar e do Álcool (IAAJ estão realizando estudos para saber da viabilidade da idéia. Esplrito Santo Vitória CAE>- O abastecimento de ál– cool hidratado no Espírito Santo começou a ser normalizado ontem. A Petrobrás de– cidiu retirar das destilarias a produção es– tocada e distribuir aos postos de revenda. Segundo informação transmitida pelo su– perintendente do Departamenle de Distri– buição da empresa, Plínio Botelho Junqueira, ao governador Max Mauro, os usineiros informaram que existem ainda nas destilarias t,8 milhão de litros da La– sa, cerca de 6 milhões da Paineiras e 1 mi– lhão da Cridasa, totalizando 8,8 milhões de litros de álcool. Com o esquema de emergência, a Pe– trobrás e o Conselho Nacional de Petróleo esperam normalizar o abastecimento de combustível alé a segunda-feira, quando deverá chegar a Vitória mais um navio com 6 milhões de lilros. Este novo carre- Preocupação Florianópolis, (AG >- O presidente do sindicato de combustíveis da capital cata· ~ rinense, Alexandre Carione, prevê que alé fi~;:~~~1:t:;,r::~ ~I~: ~~~~:~f1r:: ~. todo o Estado. Seu prognóstico tem como : base a dificuldade que os postos de com- ~ ~~:~~vee; 1ºd;~~~~av~; á~~~f~~~~fv~~~! ~ · de petróleo. A crise maior, segundo Cario– ne, esl.á na revenda do álcool, na capital, , onde 10 postos não tinham, anteontem, se· , quer uma gota deste combustível. Nos demais postos, o álcool estava sen– do vendido racionado,com apenas 20 litros por consumidor. O vice-presidente do sin– dicato dos revendedores de combustível de Santa Catarina, Paulo Grunewald, infor– mou que a comercialização da gasolina também está precária no Estado. Cinco por cento dos postos já estão sem o produto. Pa– ra ele, a situação não é pior em razão das chuvas que cairam em janeiro, o que não favoreceu a vinda de turistas para Santa Catarina. Fleury vai colocar policiais nos ônibus São Paulo <AG) - A Policia Militar paulis– (a colocará tO mil soldados, segunda-reira, nas Empresário acusado de ter participado de outros golpes ~i~~i~~•e~~~r':iJ'."r: 5:~ª,:;~:;.•q~:~~l~~~~ interromper a greve da categoria que mantém a capital paulista paralisada há três dias. Ame– dida foi anunciada ontem a tarde pelo secretá· rio de Segurança Pública, Luiz Antonio Fleury Filho, em entrevista coletiva no hangar dos he– licopteros da PM, no campo de Marte, região central paulistana. Osecretário não quis comentar a denúncia da Prefeitura Municipal deSão Pauloe de alguns sindicalistas de que as 36empresas particulares de ônibus estariam facilitando a greve, através do locaule. Fleury Filhodisse, porém,estranhar que, dilerenlemenle do que ocorreu noutras gre– ves, desta vez os empresários não tenham recor– rido as autoridades para pedirem proteção policial. Ainda ontem, no final da tarde, o secretário iria procurar os empresários em busca de urna fórmula para colocar pelo menos alguns ônibus nas ruas paulistanas, neste domingo. Porto Alegre <AG> - Um dos 23 indiciados pela Policia Federal no "escândalo Centralsul'; oempresário Jacques Cohen, na época Ide 1979 a t982J representante no Brasil da empresa suí– ça Noga, esta sendo acusado de participação em outro golpe. O diretor-presidente da Enge– tel Construtora de Obras Limitada, de Curiti– ba, Henrique Francisco da Silva Gossling, acusa Cohen de ter desviado cerca de US$ 1 mi– lhão de um financiamento do Banco do Brasil, destinado a conslrução de dois armazéns gra– neleiros nos municípios de Cerese Cristalina, em Góias. No inquérito da Cenlralsul, Cohen foi indi– ciado por infringir a lei de economia popular e prática de estelionato. Conforme Gossling, o desvio do dinheiro não permitiua conclusãodas obras dos armazéns no prazo estipulado - se– tembro de 1989. Apartir de janeirodaquele ano, Cohen - através da empresa J. Cohen Em– preendimentos Comércioe Representações Li– mitada, com sede em São Paulo, deixou de pag°É~a1i~~eJ:'i~i~~~s;J:}aft1t! ~~~~-pa- ra a conclusão dos armazéns, as obras foram suspensas. Gossling diz que Cohen não pagou a prefeitura de Cristalina o valor corresponden- ~!n~~~(r~:h°a 1 ;~~eC~h~n ~:nraes;,i:eruid~ obter empréstimos do Bancodo Brasil, apesar de seu envolvimento em fraudes como a da Centralsul, onde ocorreu uma evasão de divi– sas no total de US$ 68 milhões. Além do desvio da verba para a constru– ção dos armazéns, Gossling acusa Cohen de ler obtido um adiantamentode câmbio no total de US$ 955 mil da agência sele de abril do Banco do Brasil, em São Paulo,apesarde suas demin• cias a instituição dos antecedentes negativos. - ANOSSA PREOCUPACÃO COMASAúDE DO MÉDICO E TRANSPARENTE. Agora os médicos de todo opaís têm direito adescontos de 30 a50 por cento no plano de Assistência Integral Hospitalar ou no plano VIP de Assistência Médica. . Averdade transparece: aGoldenCross sempre colocouasaúde de seus associados emprimeiro lugar. Criou oportunidade para milhões de pessoas utilraarem uma medicina de qualidade acustos mais acessíveis. Nesta democrafuação da saúde, éclara aimportância da classe médica, que nos permitiu prestar mais de 1.381.000 consultas equase 35.000 internações só no último trimestre. Por tudo isso, sabemos que asua saúde tambémmereceomelhor tratamento. Merece aatenção especial do maior grupo de assistência àsaúde da América do Sul. Maiores informações ligue para otelefone: 224-3035 -Belém. ~ Goklen Cross
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