O Liberal: jornal da amazônia. Edição n° 22.570. Domingo, 04 de fevereiro de 1990.

Belém. domingo 4 de fevereiro de 1990 OPositivismo e a República (VI) José Carlos Ca tro co~~&.'ci~ d<;';~ ... ft:ss~:=~~~ i:~~i~~:. ~~"!~t~~~~~:~~~~~~~: ."F;:S;;~ grassar as íiJeiras do Positivismo, uma vez que de um salário mln1mo,com parte rixa a variável; seu pensamentoera ,-ollBdo para as atividades.-:- fériasanuais, duração da jornadade trabalho. es– priticas, bem dislBntes das concepções me1B_í1s1- tBbilidade. aposentadoria. etc. conquistas essas casque tanto renegava.Algunscursosque minis- que se incorporaram ã Constituiçãode 1934 (Arl. Irou sobre Astronomia 'teve a preocupação de; 120. Oprofessor João Cruz Costa admite que o ~~ra~~~=f.'~~o'/::r ~ J'~~\~~;;'o~!r;!':~ ~~1~rda~1:c~~: verdade Comte sentia oevidentecrescimentodos tiva, que mesmo não sendo aprovada. pelo movimentosoperáriosesuaorganizaçãoatravés Governo Provisóno, nos dias atuais, íar1a extre– de inúmeras associações e sindicatosdirigidos por mecer muitos empresMios,mesmo impregnados seguidores do comunismo nascente e do anarquis- do Posi~vismo, uma vez quecem anosdepois.não mo, A sua reação, era no sentido de propiciar a obstante permaneceremcom ocontroledo poder unidade operária, sem maiores agitações ou_ju• com::ervador, não caminharam o suficiente no tas de classe, acreditando na força da consc1~n- atendimento às reivindicações da classe traba- : ::'1n~dat~~:i-%=~~:. '::,~~~~ lhad;,ra_ F'1ca sumprimido oregime das emprei- própria indicação. tadas.Todosaláriocons!ari de duas partes:uma A doutrina Positivista, por não possuir uma rixa. que será propriamente oordenado,e outra teoria do Estadocompleta,não poderia enfren!ar variável, queserá agratificação pro-labore. 3' - as organizaçõessurgentes, uma vez que não pos- ~~fç~~~::1roi~ ~:"c'a~~~i:~~~~~~: :}"en"t.~~~u~~/::'o"!i~::~~~~ nhum operário seri obrigadoa trabalhar mais de ortoooxos, não dando oportunidade a perspectivas sete horas efetivas,por dia,e terá, para descan– decrescimentoede independência da classe tra- so, odomingo eosdias de resta nacional,além de baJbadora. Em '\\GuerraCivilna França -1871", 15 dias em cada ano. Esses lazeres só poderãoser ~ :=;:. :i,~u~i~~i~~º-'Ê.7.~~casó :c:~i~~':::~:::oq~~;1;rfo~:ru~~ forneceu à Internacional uma única secção, de gratificação nova receberá. <Comte recomenda– aproximadamente meia dúzia de membros, cujo va jornadade apenas 6 h~ras diá_rias de trabalho, programa roi rejeitadopeloConselho Geral Com- isto é, 36 horas semanais, pois mclu1a osábado te éconhecido dos trabalhadores parisienses co- nessa jornada Os operários urbanos á época da mo o profeta polilico do regime imperial (da proclamaçãoda República trabalhavam entre 10 di!adura pessoal), da dominação capi!alista em e 14 horas diárias. No interior do pais,alguns pa– economia politica, da hierarquia em todos os se- trões exigiam até 15 horas de trabalho dos empre– tores da atividade humana, mesmo no setor da gados). 8' - Em casode moléstia ooperirioserá ciência,e também como autor de um novo cale- licenciadoe receberá. pelo menos, a parte lixa do cismo com um novo papa e novos santos em lu- salário, enquantodurar aenfermidade. IO' - Se– gardos aotigos. Se seus seguidores ingleseseram rão faltas justificadas as que foremjulgadas tais mais populares do que os franceses, isso nãoera pelosdiretores dos es<abelecimentosaque perten- pela predicação de sua doutrina desei!a, mas por ::~ai~~1~:~ 1 :1:~:~~:~ !~ a~e= :Ju~~~=\:r:~Ih!~~c::~~~~e,,:oJ!J': nh 'd . como por exemplo, os sindicatos eas gm--es, da :t~~ª1~:~~ :!~:;~~i/i:a~o.°s~'::cfu !':,~: ~=~i:~~ª.!::S~~W:O~l~~un~~: ~~~j~~~~~~ :~~~rári~p,J.Jª:rd~ slens:~~~~~ =~ no Bra• :iti~~~e";/~~~::~:"fot::;roiç~::~it~~~ ~bali:.,~~~~ ~~Ji~fã!u~d~iJ!f ;: ~:,~:~~r!i~~lu~i~;,~~ =~ 1 J: ram acolhidos com simpatia pelogoverno Provi· número de operirios, serlo conservados, os o~ t~to~~~.,P~\WJ.~~~un~e~~•e~~u~ ririos maisaollgos nas oficinas;e,quantoaos · · doutrina, manllestou•se contra essa medida go- =~=:-.:~~ ::~~~;;; vernameotal Bque os imigrantes provindos da oonlenado, isto é, a parle lixa do salário, por to– Austrla, Pol6ola, Alemanha, Portugal (oolada· da a vida, podendo o Estado utilizar-se de seus ~=en~~~'ru~':>:o~~u= ~":;~ ~ºa~=~e~t:~ifc/i·o 1 ~e::O6~e~!~ das ideolgias comunista eanarquista. As Idéias do durante seteanos, enquanto buscarem nova co- =~:;=.u=.;~~4-~~~~: loca~~~1~:r:~;:r~~~diqi~;~ar Inválido por no Brasileconvivercoma classe assalariada nas- qualquer motivo, será aposentado, pelo menos, : 0 ~t~Tª:ra~~1: 1 l~~~!i~~~~a°iís~~: ~~º~ tr~ f:.:~: 1 ~~: 1l~~-1:i.: ~r~!~ Teixeira Mendeschegoua trocar algumas corres· maioresou, que, tendo-os, não forem eles empre– pondências com Kropolkin acerca da propagan- gados nas oficinas públicas,seri aposentadocom da anarquista no Brasil. uma pensão, pelo menos igual à parte lixa dosa- Coolieceodo a presença dessas "ideologias es- lãrio. 17' - Por morte do operário, a sua mulher tranbas", oApostolado, atrawsdeseusdirigentes enquaoto conservar-se viúva e na falta desta,os ::~:'~~de~i;;!: =.i"r:ileas21s~~=:ir~=:~:,~ la escravalura secular, responsabilizando a bur- pensão igual a dois terçosda parle fixa do salá– guesia por esseestado de coisas. Talvez tenham rio. Esta pensão cessari desde que algum dos fi. sidoos trabalhos mais corajosos a olvel da criti- lhos for maior e tiver um salário igual, pelo ' casocialproduzidos porMiguel LemoseTeixeira menos, à parte fixa do saláriodo Es<ado,ou des– . Mendes. Eis como se manifestam: "Para desva• de que alguma das filhas se casar com operirio : neceresle lecidodesofismas imporlB reconhecer, nas mesmas condições. 18' - Desdeque a recei· em primeiro lugar,que a vagabundagem,a recu- <a do Estado, ocomportar,oGovernoassegurari ; sa ao trabalho, nãoéum vicio peculiar ãs classes aosanciãos,às viúvaseaos órfãos,quaisquer,que ' :::-~e~ 0 ::t~t!:~~:~~: 0 r1~ m~~~j3:~&:::~~r~~~~ci:i~~ :c~t~oo:;;;;tc!~.~~~;'! ~'lX~ ~~i~ri~~~::i~~f ~;~.~\::'na], , dios que ela fornece dispõem de um capital que pg. 379/380 - S.P. 1967). ' falta aos outros, eesses recursos os colocam em OApostolado Positivis!a manifestou-se <am- . es!ado de lazer a sociedade por modos inacessl- bém sobrealgumas greves nasvias férreas enu- ' veis aos proletários. Sãoesses vadios (referindo- viais, na Companhia das Docas de Santos, : ~=~~=~~~~~:: ~:~~~:=::i:r~~t~~:~ que fazem medrara lepra dos diplomas.Sãoeles empregadoreempregado. Por vezes, porém,mes– ' que tomam oecessãrios os grandes ordenados dis- mocoosiderandoagrevecomoum mal,verbera· i lribuidos pelos ftlhotes dos maiorais.Sãoeles9Ue va opatrãoeogoverno por sua desidia. '\\ greve ! desenvolvem aalimentam a prostituição pública representa um recurso extremo, um verdadeiro eclandestina,com todo oseucortejo de miséria. mal, aquesóélícito recorrer para evi!ardesgra– Sãoessesvagabundos,esses refratáriosa todo tra- ça a(nda_mai~res. Eos responsáveis por uma gre-– balho útil, que fazem transbordar as nossas aca- venaosaoumcamenteosseuspromotoresdiretos. demias, que enchem os lugares mais lreqiienlBdos São !ambém todososque anãoprevinem oua en– denossas cidades, que se transformam em jorna- treteem. Bassim que se reconhece quan!a culpa listas, poe!as, em tribunos, fornecendo assim os lem nas grevesos patrões,não atendendoãs soli- =~:=~~~ea~~t~!~::::t:~~"! cilBções proletárias no que encerram de justo, 0 cujossal · dei 1éri só ·to topode fuseed~;':ne:c:~~~~~!',.t~:.1º! evitar" ~~nJ!de ~piri~,:leo:nizaçã~: sim que se percebe a culpa dos governos, '!Ta=;;,,do ~ '=!~~:· ~~/!~% mtervindo para pres!araos patrões um apoioque b~ileiro,oApostolado produziu um documento, r.'J'r~•~:fra~~t.l5.;'5_ '7t~!\~':s ~=~ ~~~.::i::~ivig:~~~:; ~, :.º~~~i::~:,a:_e4ª ~rr~:t ~~':~t i:-:i:.~ ~~~tag Agreveentendida como um malou uma des· p1tal do pais eque deveria serextensivo ãs ofici- f."ç~Ó º~i~:rs~ ':~v=~v~~,:~~1:" W:S nas particulares. Esse aoteprojeto foi realizado democracias modernas as grevessão reveladoras após aaudiência de 400 trabalhadores que resol· d! forte crise nas_relações de trabalho, cujocon– veramsu~revê-lo. Bbem verdadeque o referi- ílltocabeseradministradoenão reprimido.Auti- :S"'/:r~:~: =.i:' p:'/o~':.~~~!'. ~=: ~~ ~~l~nc'f.r; :=~•. só tem MEDI A Tinta Coralar (galão) 196,00 Piso Inca Comercial a partir de 99,00 Telha Brasilit (2,44xSO) 145.00 AzulcJo Cccrisa 115,00 ttLIU'óo MATERIAIS DE CONSTRUCAO Senador Umos. 836. Pról. Praça Bruil. Tel.: 223·7027. ElVIPB.EGOS? Você encontra as melhores ofertas nos classificados de C> L •BER.AL FC>N-E: 222-0-.33 O LIBERAL A estrada de São Braz Clóvis Meira . O meu amigo Alvaro Coelho de Sousa cobrou de mim uma crônica sobre a Eslra– da deSão Braz, a que conhecemos qu~nd? crianças. As lembranças são bem mais vi– vas docanto com a Benjamim Constant, as quatro esquinas: uma ocupada pela mansão do "velho" Melra, antigo chalé, que linha ~~~ª~i ;xt~7ei;~i!~=~~ª~::;udedfa~:."~ que sesupunha ter sidooano da construção. no últimoquartel do séculopassado. Nas de– mais esquinas ficavam : defronte, a taber– na "Floresta de Santa Cruz - taberna era a terminologia da época, sinônimo~~ Mer– cearia -, propriedad~ do ~udoso Juho F'er– nandes, português s1mpát1co. atarracado, barriga proeminente, rosado, rosto orna– mentado por um óculos de aros dourados. Como pessoa era um excelente vizinho, atu- [!1~~~ ª! ~i:i~~1hª!.d: rr,~~~ªe J~r~ê~i~: este. salvo engano, cunhado do colega Oc– távio Cascaes. No mesmo prédioda mercea– ria, já pelo lado da lv. Benjamim Conslanl. ~rra~ ~~~f ~~ 0 :i ~::a~~~ 0 f:1;a~r :i:~~i~ ~!dZ:.~ª:'e~~r:sr,:v!~o~~~~~!.~:~:i; ~~=~:~· ~c 3 ~~~~a C:?:~r1iac~~ ~i~~àli~ no Dourado. Tinha jardins laterais. mas a enlrada era direta para a rua. Nele o Ges– teira mantinha o escritório e o amigo Dou– rado morava. O quintal não era muito grande. cercado por um muro alto, em ca– rapinha, onde, comauxilio de "baladeiras", fazíamos explodir as bombas de clorato,no São João. No outro canto, quatro sobrados, azulejados, um azulejo roxo, tendendo para o lilaz eque Percy Dcane, anos depois, me– morizou para a capa do livro Belém, de Leandro Tocantins. No da esquina passaram vários moradores. Recordo o Eugênio Soa– res e o Leonardo Deane, depois o Benedito ~=.~~:~o~·: õ~',~º t~~: ~·t~:;~~:m si. filhos de Mister Deane: Leonidas, médico e professorda Faculdadede Medicina da Uni• versldade de São Paulo; Gladstone, médi· ~~~~.g!~úi~~~e~~ ~~ !Ji:v!ªfse~r~ tes plásticas, com participação premiada em salões de Belém. Outros moraram nes· sas casas. Mlsler Chandley, que diziam ter :::~;~re?~f~:;:u~~~!e~~z~oer~;~1~~e":i~~ só matava gringo eeu era brasileiro-. Re· cordo o engenheiro Edgard Guamá e sua :ã;;;~g~~a ~}~~!~~:~:X."11:.':i~~i~: do Amaral, diretora do grupo escolar Rio Branco. OArnaldo Murtinho também resl• dlu em uma dessas casas eoMacLon,além de outros de quem não recordo no momento. AEstrada deSão Braz, badalada como Braz de Aguiar, não era pavimentada, co– mo não eram as travessas, exceção da Rui Barbosa. Turra balida,piçarra vinda de lon– ge, grandes e pequenos buracos. Acalçada, entretanto, era das melhores, em mosaicos de cimento, sulcados e bastante regulares, terminando em um meio fio de pedras de ~~í~~~}~cr~t{t~~a~~~~ =Á ":,;'.á:;:';;' ~r~~g;r~~~ra;. ra empinar papagai~ jogar pião e peteca, brincar de roda, e, alé mesm~ lazer revo– luçãocom baladeira ecaroçode açal - nes– se temposeescrevia com dois ss: assahy - As mangueiras já estavam como estão ho– je. Pelo menos, para nós meninoo, pareciam :'i~;l~~l:l~n!.os.:'~oc~~~!~~~~e l~: lio Costa - que ao reformar a casa transformou a janela em uma ferradura -, ::~~':n 1a.:;'!üuq~e.:u~'!~ªr~ii~~~o º~~ reira,existia um "pé" de mutamba,que pou– ca diferença fazia das mangueiras. Um dia foi devorado pelo machad~ permanecendo em minha lembrança. Junto a essa casa existia uma uest4ncia", muitos quartos, on– de morava a Nha Joana, lavadeira e engo– madeira como nenhuma outra. Das casas de maior porte não lembro nenhuma no pri• ~:\~~-t~~~°.:srã~r';.~~:s~~~~~~~'I:;'. reas, todas sem Jardim, com a porta abrin– do dlre!amente para a rua. Em uma,se bem record~ residia o professor Clóvis Morais ~ -º ~::; ~".!J: g W1ffe.;:;"c'.:;j:1~~!'~ :a~ ~~~~~~r~o~sf~~,~ 1 ~o A.1~~~ª;t nheiro. Na esquina com a Serzedelo o Leõ– nidas Castro levantou três bangalôs para os filhos, já demolidos e transformados em um edillciode muitos andares. Pertoda Dr. Mo- :::i~ia ~~~~: ~:r~~~v;;:i~ ro no térreo, demolido pelo Leonidas Castro e lá construindo um edilicio de três anda• res,onde est.i o CREA. Do outro lado, uma ~:ga ~l~~a1~h:Uc~:i~~ ~~tºc~~ de sua residência, hoje transformadoem um edi/lcio. Mais próxim~ pela década doo anoo ~".a~r~~~aº :~~e',;~ ~~~=l~~:J'i~~ud~ deu mesqueclvel festa de carnaval. Trans– pondo a Dr. Moraes, quase lodo o quarlei· rão era ocupado pela Villa Amazônia. Na esqwna,entretanto, a taberna do senhorSil– va,o "Canto da Viração", junto, a quitanda do º bode'', com a amas– sadeira de açal, os alguidares de cerâmica vidrada, as grandes peneiras em diversas malhas. Lá eram encontradas magníficas ~:tr:•es~':,'~';" ~~: ~6;'.~ ::~!~f~"s': guir pequena entrada, uma Hestância" - era comochamávamos"-, um corredor de qua"?5 de madeira, onde moravam várias familias. Quase lodooquarleirã~ de ambos os lados, era ocupado pelas casas da Vila Amazônia: porão alto, fachada azulejada com azulejos portuguesesem alto relev~ ge– ralmente com duas janelas e uma porta saindodiretamentepara a calçada. Para co– meçar, logo no lnlc1~ a casa do Juiz Pedre• CiºB~v~"à~~~~ ;,~~¾~: trzá!~ Macapá, onde leria falecido. O Célio Mar– tins de Oliveira Melo,outro colega ginasia• n~ morava próximo da Benjamim e, o C_láudioda M~ta Borborema, em ca,.; alta, diferente, mais tarde pertencenteao Romeu :.~~~e. ~~ia~ª~,iá~~:ri~~n~;á'~ Koury,seuúltimo proprietário,será substi- ~~fo'd~:;'lgei~~~~~:io~~r3~~f; :: c'~a~ lé em que morava o Marcolino Dourado existia uma grande casa térrea, dentro de um terreno, gradil de ferro bem trabalha– do onde durante muitos anos funcionou a Escola de Aprendizes de Arll íices, a mes• ma que se transformou em_Escola Indus– trial e foi para o Marco. Retarada a _Escola! primeiro para a D. Romualdo de Seixas, foi dividida cm tr~. valendo lembrar alguns moradores daqueles idos recuados: Azeve– doSilva. com os filhos Joaquim e Rosa, bo- ~:~it~~= ~in'h~~u~:.ª~ir~!uJo!!~_ç5°Ecf;!~ Oliveira, com sua mulher, a Geleira Facio– la de Souw. Este senhor morreu no traba– lho. Teve um enfarte fulminante em um armazém do Bancoda Borracha. Eu oalen• di na emergência, já estava morto. Recor– doque ocorpocustoua esfriar, os familiares ~!ª~°m~~g_l~~l~~e:~e~i~ J:~!í~. r s: tava efetivamente morto. Tudo foi demoli– do e lá está plantado um espigão, acompanhado de espigões nas esquinas, f,,b;;J!17i~:i:ss~~~~d(S~{i~~!srof ~:;; uma dessas casas que residiram familiares da Déa Maiorana, ela ainda solteira, bem novinha ... Junto morava a o• Eliete Veiga e omaridode quem não recordo o primeiro nome. mas parece que o esLou vendo: peque– nino, rosto redondo, gordinho, redondinho, sempre um chapéu e, talvez, um charuto. Suas íilhas, a Ruth,casou com oWaldemar Chaves, faleceu jovem, e a Isa que con~"':1ª g~~i=~~r~i:~~ ôu~:: :c~lo~rrs ;~~~~ Dutra, fez medicina e foi para o Exército, reformado comoGeneral;oOrville, bom na !is!fn:1~ ~~e~~i;,,~~~~d~.e~e.n ~~~: pagaio. Defronte, em uma casa recuada, morou oJornalista Carlos Mendonça, mem· bro da Academia, a quem visitei, algumas vezes, como médico, acompanhando osau• doso colega Pedro Borges. Noquarteirão entre a Benjamine a Ruy Barbosa, logo no seguimento da "Floresta de Santa Cruz", um correr de casas gemi· nadas e Iguais, residiam o Tomaz Nunes e sua mulher Raymunda ou Mundlca,os filhos llo, [mar, lollta, lolanda, todas começando por 1,D' Raymunda reunia as crianças de• ~~g~l!'i'nla~ =~ ~&~~~cÍ~~-t;~ e oLourlval ou Lourlto; oAnl6nio Barros e ~t!m~ª~~ 1 ~::'~í!l"m~'::.ctll°.re"fe~: ro, onde morava oLeon Nahon e filhos, lem– brando bem do Max. Tinham bicicletas Phllips e foi nelas que eu aprendi. Essa ca· sa depois foi ocupada pela lamllia do mé· dico Ernesto Guimarães. Hoje é estacionamento de automóvel e pela faml• lia do Geraldo Guimarães. Hoje é estacio– namento de automóvel, ludo desapareceu. ~o1:..~~â~ f;:,~~:,;'.~:Jfu::a'::~tt1~~ Santa lnêz. Junto residiam os amigos Bia· :;j'J~~mpr~:d;;-~ª.:J'~o~~~~ para moer vidroe lazer cerol pera os papa· gaios.OBia morreu moço.Olado oposto da r;:fC:'3:s";;L"'}~~i1:,'t~o 'fC::,1:.'t!~S:'~!t: ~s~: J~~ /r;..~!º~t!~n~m~~; :n': de a fábrica colocava a serragem da Jari• ~~d";~::'r::ªi:.i~ ~= ~~~~~':i'lo~~ dos com papel de seda me11ulhado nágua e posto para ferver. Adquirido por Octávio Meira,construiu algumas casas, demolidas e transformadas em um "Shopping". Do ou• Iro lado da fábrica, terrenos da mansão de Apio Medrado, na avenida azaré, espaço ~:~u:.t:ªd~~ªa~~i:!~~o ~~:;:,i :p1:r~~ sor Francisco de Souza Pondé, médico pe· ~~~11:to"tt~j:~~ftl~ci~ 1 ~fi';/ar'J~ brigadeirocomandante do COMAR. Na ou– tra esquina a Padaria Camões,com direito a ler um retrato do poeta na parede e nas duas outras casas da lamilia Arruda ea do Juiz Modesto Costa, pai do Belém Amazo– nense, osaudosocompanheiro recentemente desaparecido. Junto a essa casa, recuada, com gradil na frente, uma casa semelhan– te, local em que morou o Benjamim Bolo– nha, depois conslrulda a casa de Orlando Bilar,hoje um shopping idealizado peloo ne– tos. A Padaria Camões lembra o pão quen· te, pelas dez ou onze horas da noite. Oestudo era interrompido e oestômago forrado con• venienteme_nle. Odiabo é que nem sempre havia dinheiro. O pã~ um por um tostão, era dinheiro que não acabava mais. Outro pré– dio de boa aparência existia no quarteirão, a casa onde morava o Gesteira e que ainda lá est.i: sobrado majestoso, escadaria de mármore, gradis soberbos, "pé direito" de afinar as canelas. O Moderno ainda não existia. Noo cantos, os sobrados que ainda resistem e a fábrica São Paulo, com imen- :,~~ndo~~;',,".::,°cf~~;~~::.'a~ ~~~o~ do. Esse terreno era aproveitado pela me• ninada comocampode futebol edeu origem ao "Quinlino Futebol Clube", onde o lmar Nunes desenvolvia o seu estilo de craque. ~g~ f.sm ~~~~: ~:~~e ::,~~~':i ~~t lia do Wilson Mota Silveira, em outra a do Ped_ro Pomar e em outra, já no final a !a– miba do colega Célio Martins de Oliveira Mel~ meio irmão do pintor Benedito Melo. Esplêndida mansão, sempre pintada de azul, quase junto ao Grupo Escolar Barão do Rio Branco, residência da familia Clivei• ra Bentes era digna de preservação. Foi re– centemente demolida. Lá morava osaudooo colega Dionlslo de Oliveira Benles esuas ir• mãs.Outra boa casa,ainda de pé, a em que hoje reside o Alfredo Pinheiro e que tem uma loja da poderosa livraria "Globo''. 'I't;ldo se transforma. ABraz de Aguiar de hoJe eslá repleta de lojas. Esta é a mi• nha memória.Com a cabeça Iria é passivei i~;=;::, ~o~:~k~~iI;ºr;d~a7:t~ Ezequiel Antunes, irmão do poeta Juvenal Antunes, a Lunaa Bencimon, o meu cunha– do Adherbal Matos,odesenhista Obed e al- t~d0au~:' SA';:'~:~/1; h;J:i~=~~":' na FIM DE SUA OBESIDADE ,t,dqw.ocológtno1111pôNA1UVll. :-~r,;';:...rt ~~~6~:\: JOÃO SALDANHA '""""""'•~de"'-a1,Cll"IOlpon, •~dtpm6ode....,.,.Vlnr•'– i--COt1t10N, 11'21. tofo •,tm5.)017 TODOS OS DIAS EM O LIBERAL ARTIGOS Texto e terra fofa José Maria Leal P~es Gosto do namoro do texto com a terra fofa a que cede à semente nas madrugadas indevassáveis os pássaros na espia e outros visitantes abelhudos. Ausências Saudade que nunca linda... Ausências que não são esquecidas... Adormecidas como rosas, que respiram e se dão Mas, de repente, fico triste, solit.iria, Como será fora do espaço, que circunda o nosso tempo? F'ico perdida nos pensamentos ~e~~~~~!sv~~i~~~-r~i_e_ se aproximam Sonhos de um passado dislante Salpicados, aqui ... e ali... Então o que busco, resplandece A luz da poesia brilha Girando no espaço, num ato de vida Fragmentos que vollam Trazem a claridade do Sol E da Lua macia, um beijo. E de lodos que se foram Com os leves passos do silêncio Surgindo na madrugada Recebo meigas caricias Rápidas como o pensamento E num gesto de ternura Eu os saúdo com amor B dentro de mim fêz-se a PAZ Léa N. M. Cabral Jardim do amor Carla Miriam Pinto de Almeida Costela de Adão, abacateiro, pé de mamão. Jasmim de Santo Antonio, • brinco de princeza e barba-timão. Bastão do Imperador, palmeira imperial, rosa-dália e mangericão. Bela da noite, fagueira, nas noites de São João. Bugarl e alfazema, alfavaca e tajasão. Bola do mundo, açucena, samambaia e açafrão. • Amor, amor, amor lindo. Amor do meu coração. ão ouves o meu cantar? ão te doi o meu penar? Não ouves esta canção, que fiz de flor e festão? Mas...enfim...estou alegre. Pois agora já estou vendo que ouvistes o meu canto, pois sorris ao me olhar. Olhar que parece a rosa, que vislumbrei da janela, quando vim te adorar. Vale a pena recordar Antônio Farias Coelho Eujá esperavaqueamigos meus, por mera brincadeira,comentu– sem comigo opor11uê da arrumadeira do Hotel Miramar fugir do meu aparlBmentoonde eu fui tomado como padre. Aexplicação que eu dou équenaqueletemponãoera admisslvel,nãoera comuma pttSenÇade um padreem certos locaisemuitomenoscomohóspededehotel. Os pa• dres que não haviam ainda eliminadoa batina,hospedavam... ou• des dos bispados, nos colégios, nas casas paroquiais,etc. Hoje, depois do Concilio Vaticano 11, omundo se transformou eé muito raro ver-se um sacenlotecomasua batinaeinleiramenlededicado à sua paroquia. Amaioria ingressou no magistérioeuma graode parte na polltica par• tidária ou ideológica. Mas, se ludo mudou, por que opadre, queé também humano, Oco• ria marginalizadonessa onda demodero.ismo1 Pena•quemuilOI s, lo– tilulam progressistas (ou comunislas1l convictos, o que me leva a recordar e lamenlBraexecução por fuzilamento de dois irm.lOI maris• ·~ do nosso tempo, JaimeeAnselmo, pelos vermelhos durante a a-· ra civil da Espanha.Emuitos outros nãoescaparamàmesma sorte, mu nãosabemosaocertoquanlosloramtrucidados. A pedido de antigos alunos marislBs,colegas meus, é que - sobre fatosdoColégio,oque me proporciona. muilB alegria, já quees– seeslBbelecimento representou para mim um verdadeiro sacerdócio, lal asomadeconhecimentosqueeleme deu, utilíssimos para a vida prillca. AadministraçãodoColégioera exercida pelacomunidademarllla que ministrava as aulas,sendo raros os professores leigos.Entre• lembro-medo Dr. Mimo Brasil,deQuimica; oTemlstocles Araújo. de Português; Pedro Oliveira,deContabilidade.Era uma leslaaos domin– gos, quando lamos assistir àmissa para depois participar das lulal a• portivas, verdadeirasgcerras, entre os times de cadaanodo cuno, lato é, oGuari,oPeriquito, oGarça,oAzulã~ etc. Quando um limes, m01- trava um pouco fraco, os Irmãos, omesmode batina,que nlo tiravam sob nenhum pretexto, <ambém participavam dos jogoa. Na parada de 7 deSetembro, oColégiodela participava, OI alwa comasua farda degala,concorrendocomoColégiodoCarmo tS.lesla· ~ >ecom oPaesde Carvalho. a Praça da República ficavam u tor• cidas organizadas dos colégios, incenlivando e ovacionando OI - preferidos. E lã estBvam os Maris!as, torceodo !ambém por nól... ~ as ~rdes, eles reci<avamoOficiode Nossa Senhora, o que U. ~ra obngatório, dando vollBs emais vollBs pelocampo de futebol.E"" 1am. ã rua aos grupos de dois ou de três,com aquele chapéu de palft eo inseparável guarda-chuva. Como a história deve ser conlBda na Integra,não posso deixar de ladoa parle engraçada,ados apelidos dos Irmãos,que nos~ nava IBmbém certos castigos, com zero na caderne!a no fim da Mml– na_._ficar em pé d~rante toda a aula. Bastava um de nól ser pilhado ullhzando um apehdo e lá vinha apunição,que abrangia a prolbiçjodo recreio. OIrmão Edmundo Daudel,era o zebu; OIrmão Rqi1111do, 0 rao– ~ ;olrmãoCipriano,ocebolinha;olrmãoAnselm~olllco· olffllle Jaime, opepino; o Irmão Jülio, obacalhau· o Irmão Libáio'. o•· etc. Não posso ~uecerosr.João, chefeda ~inha, muitoeotimaclo~ todososalunos,equeeraomelhorauxiliardos Maristaa,eemprepr-. cupado comobemestardosalunosoemi-internoseinlffnOI. to, IB~~~~d~ dosorveteiro Nazaré;do puxa-puxa; do~ li· Comellamos muitas travessuras por causa dos abridil, dOI aatlta, dos_ abacales.Quando não conseguiam<» os do lelffl>O ci.. ...:-.'Cio alo hes11ávamos em pular para oquintal do Abilio, à calB de Npotls. lao íazlamosbemcedoâsescondidas. Isso tudo já vai tãolonge,cada vezmalslongecomo~ -ydots ~~f::::::• easaudade invadem ocoraçãoda &fflle ao~

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