O Liberal: jornal da amazônia. Edição n° 22.570. Domingo, 04 de fevereiro de 1990.

16 CIDADES Eugene Harter procura a ---colônia perdida dos confederados Manuel Dutra A obra de Harter em duas llnguas Reconstruir um pCYUCO da hi.stória dos confederados em terras brasileiras é a meta desse americano que vi.sitou a cidade de Santarém tados por longos anos, após a rendição. Morando e trabalhando às mar- "Febre do Brasil" gens do rio Doce, ~rasil, Gunter Não fosse essa intensa campa- não usava de meias palavras: nha contra a saída dos norte- "Mude-se para cá e compre terras, americanos e talvez "tivesse ocor- o que poderá ser feito através de rido uma verdadeira diáspora, na um crédito de quatro anos, a 22 comparação de um autor ~quele centavos por acre, melhor do que País com a situação histórica do jamais vi em qualquer ponto_ dos povo judeu. Há registros sobre;- ~!~~sfJh~t~~~-~~~á\~di~~ r~:r~~i8i~r°d~1irr;:s~~:ema dente dentro de um ano.( ...) Tra- ex-confederados. O freio para a fu- ga todos os utensílios don:iéstico~. A o visitar Santarém na sema- ga, entre outros, fodai o fraMc~s~o d~ extocpesetoaods 0 a 5 r __t_,i,g_os de madet.ra, mm- n.a passada, o brasileiro- Ionização intenta no exico a norte-americano Eugene C. ~~a sob profundas agitações pü- o entusiasmo do colono, ao Harter 62 explicou a razão da se- líticas que culminaram ~o ~u_zila- convidar seus concidadãos para vi– gunda 'viagem à região: "I'm pio-- mento do imperador M11xrmillano. ver no Brasil chegava a detalhes: wing where no one bas plowed yet", Protegidos do imperador de- "... Traga tantos tipos de sementes ou "estou arando uma terra que posto, os norte-americanos ~of_re- quanto lhe seja rossí"._el, m'!das ~e runguém ainda lavrou" Essa ter- ram em algumas colomas figo e uva. Com LSto, nao tera rece10 ra ameia não arada é a pouco co-- mexicanas tanto ou mais que nos de começar..." Com a aparente in– nhec1da hJStória dos desesper_ados seus Estados de origem,durante a tenção de contradizer a campa~a e humilhados sulistas que viram tentativa de se separar do governo difamatória contra a colomzaçao ~:f c~~~\i:~1s~~ã:u:~!fd~: ~f~s:U~tro~~p~~a ~~~~ ~~u~r~~~~~:~r t;~::~~~~~~ destroçados pelas forças do_Norte, Venezuela. Mas foi.a "febre do Bra- trabalho de seus filhos, eu o consi– durante os quatro anos mais san- sil" estimulada por agentes colo- deraria rico..." E convidava a que ff;{à~;, ~: ~!~:1ªd:i~c~:~~s =~?:-:co~ea ri~:~::!1 d:~:~ :o~:~~~r ::,ft:itr~:;f! ~~:;~ E foi em busca de novas_terras pos de emigrantE'.s, que foi alvo dos e terras para todos, num País pelo para lavrar que 20 mil ex- mais duros ataques da imprensa qual "a Providência fez mais do c~nfeder_ados partiram_para O Bra- tanto do Norte quanto do Sul. Um que para qualquer outro". sil, localizando-se em diversos pon- editorial da época vitupera: "Na o livro de Harter parece ser ~!ad~:e:~:~~:~r:o~::o~:r~~~ C~~ta~ªf~~dtfab~:i) ~ ;~~~ ~: :::J::c~e~f~~!:~r~;str~: das colônías por eles fundadasu';m de senhoras e senhores que deixa- confederados no devido lugar. O Santarém, qu~ chegou a aco er ram O Brasil no mês passado, pro-- autor, neto de imigrantes, nasce~ 212 norte-americanos, segundo da- funda total e claramente no Rio e retornou aos Estados Um– dos de 1874, nove anos-após a ren- desgoitosos com seus novos la- dos com os pais quando tinha 9 <lição de Appomattox. . res..." anos de idade.Foi jornalista, como _123 anos a~~ chegada rui: pn- Segundo o editorial ufanista, o pai, entrando•depois para o cor- D ?et.ra leva de 1mi~r~ntes ao mte- aqueles colonos retornavam por po diplomático, sendo nomea~o nor da Amazoma, H~rter, nao se acostumarem "entre as -cônsul em São Paulo, 35 anos mais des<:!endente d~ gru!)? que f01 par~ massas híbridas deste superesti- tarde, ocasião em que retomou os o Rio de Janet.ro, veio lançar O h- mado, ultralisonjeado País que é o contatos com seus antepassados, vro •~,e 1:<Jst Colon_y of the Co~~- Brasil". E rrossegue afirmando sobretudo os da cidade de Ameri- -der~cy , Já .traduzido como_ ~ que o Brasi não possuía ~overno cana, fundada pelos colonos. Colorua Perdi!lll da sonfed~raça~ , organizado e que ''não existe ne- Nos Estados Unidos, muito com o sll1:>btulo ~ Imigraça_o nhuma maneira de se ga~ar_di- pouco encontrou para l)E;Squisa-r ~ norte-americana para ~ ~rasil nheiro". E conclamava os cidadãos tem se esforçado para divulgar la após a Guerra de S~essao - que fugiam dos tormentos, seqüe- um pouco dessa aventura que ma- ~as_o_desc~nhecunento desse las da guerra civil, ''a esquecer que luéou odecantado orgulho do povo ~ato hJStórico nao se re~ere apenas oAlabama não é ainda um grande norte-americano. E por essa razão '.1s duas c~ntenas de 5 '!1i~~s que se país, deixe de sonhar sobre o pas- o assunto foi virtualmente banido mtern~r~m na Amazoma. Some~- sado miserável, (._.) permaneça dos principais registros da Histó– te nas últimas déca~s alguma cm- em sua casa, mas trabalhe e tra- ria do país. Ao agradecer às pes– sa vem sendo publicada, ~e m_o~o balhe..." , soas que O ajudaram a esp~rso, além de ~f!lª meia duzia A campanha esbarrava, po-- confeccionar o livro, incluindo sua ~e hvros_superficiaJS. Tra?-se de rém, nos depoimentos de muitos mulher Dorothy, Harter agradece, 'um capitulo em branco, tão ~~an- ex-confederados que já tinham com transparente afeto, ao ''Brasil, de é a escassez de dado~ (?0~ 1tiv?s adotado o Brasil como nova Pátria, uma Nação formada por um povo ~obre esse ~tra_nbo ep 15 ~o, tã,~ Frank Shippey, um dos primeiros generoso que ofereceu asilo aos unenso é osilen_c10 q~e oc1.rclll!da , a chegar, escreveu a um amigo de e~creveu o historiador gaucho New Orleans: "Desde-a rendição V1anna Moog,que Pll;Ssou por San- de nossas forças, perambuléi em :~::: ~~;i:~~~~~!~~~ªe~ ~8?0~ 1 ~::r~?-:en:~~~~~~~ Chesterto~n, Jl:'laryland. contrar ~o Brasil aquela paz que _Falecido ha pouc~ anos, ,\'1oog todos nós, através de tristes expe– de~cou um d~ se~s 1 ~yros, ~an- riências, sabemos tão bem apre– de1.rantes _ e P1one1.ros , ao est~do ciar. Aqui, 0 soldado arrasado pela comparativo ~ntre as ~uas naçoes, guerra, 0 parente desolado, o 'pa-• tentand~ analisar as dif~renças_en- triota oprimido, sem Jar e espolia– tre Brasil~ ~_stados U?Jdos, pa1ses do, podem encontrar refúgio..." que, na op1ruao d~Je, tivera"! tu~o, Segundo Eugene Harter, ''a evidên- i~:1';1~ ~?r;u~;?~ ~~r;;~ite~ ~~~~!i:â!~ª ~iir!v~!~r~!~ caso da un1graçao, no ~1vro, ~ao pem (no Brasil) e formou um gru- r:~!i~~:~i~~~º!~1:::~I!! po audaz e ajustado". razões alegadas. Da parte dos Crédito fácil norte-americanos, o desconheci- Em ''A Colônia Perdida da mento tem explicação - a emigra- Confederação", Harter revela que, ção era vista como fracasso e no dia 19 de maio de 1868, o coro-– ~ontr~ ela se l~va_nta_ran:i todos os nel Charles Gunter, ex-plantador Jornais das prmc1pa1s cidades do de algodão e pessoa de projeção no Norte que, mesmo assim, prosse- Alabama, teve uma carta sua pu– guiu hum.ilhando os sulistas derro-- blicada no "Charleston Mercury". meus avós e seus companheiros co– lonos",e a seus pais, por terem ~Jes "enfrentado e superado os efeitos de duas migrações", uma para ,O Brasil e outra para a terra de ori– gem da familia,_ onde che~ar'.1-m ~RI~~~ ~:f~~s:~cini~:r ~~~~: go de repórter e vendedor. Fausto escravocrata "Oh,sou um bom e velho rebel– de,( ...) pois por esta Terra Mara– vilhosa da Liberdade" nem um vintém furado dou. Alegro-me por ter lutado contra ela e gostaria que tivéssemos vencido (.__) Detesto a Constituição.Sua Grande Repúbli– ca também. <...) Os ianques la– drões e mentirosos, detesto-os todos..." No trecho da canção popu– lar sulista, escrita pelo major_ 11:1- nes Randolf,observa-se todo oódio contra seus irmãos do Norte, capaz de explicar o forte anseio de fuga, inclusive também para as terras ainda inóspitas do Oeste ame– ricano. Uma das razões por que mui– tos escolheram o Brasil, foi a sim– patia do imperador Pedro II para com os separatistas dos Estados escravocratas do Sul. O governo brasileiro chegou a dar-lhes apoio em certos momentos da guerra ci– vil, especialmente protegendo na– vios confederados surraçados pelas forças nortistas. A simpati'.1 era suficiente para levar alguns li– deres confederados a planejar a vinda de 100 mil pessoas após a derrota. A escravidão, uma das causas da guerra, ainda sobrevi– veu 23 anos no Brasil depois da ~~~ij:.~~:~~ ~ifrfa~~ sejosa de repetir aqui o fausto e a ostentação que a exploração do braço escravo lhes proporcionou sobretudo nos'campos de algodão. Ao desembarcarem aqui, fo– ram alvo de muitos favores do·im– perador brasileiro _que lh_es garantiu extremas facilidades_m– clusive para imediata naturahza– ção, caso desejassem. Tantas ~~~~~ ci~iida~~sa cf:~t~~~ Estados Unidos, pois atraíam não só os colonos propriamente ditos, ~.!~ ~~~~:: i~~~~:~ ~~!e:r~ como mão--de-obra especializada. Eugene Harter: história Em parte, daí surgiu também a vam sem maior controle nos campanha que_daya a~ terras bra- navios dessa quase diáspora. Sem sileigi~~ºo~~:!~~~ 5 -pelo exce- ~~ºv~~ ~t~:~i°ic<;1~~ lente acolhimento está retratado como quase heróis no retorno. no poema publicado en:i 1866, ~.o Arthur"Cézar Ferreira Reis, no jornal "New Orleans P1cayune : livro "Santarém, seu desenvolv\– "Oh dêem-se um barco com vela mento histórico", editado pela "C1- e Je~e e deixem-me partir para o vilização Brasileira", refere-se ao feliz Brasil. (...) Anseio gozar de elevado número de aventureiros de sua eterna primavera, e apertar a péssimos antecedentes que aban– mão de seu rei, dom Pe~ro, donaram a colônia, vários deles in– ajoelhar-me a seus pés, chama-lo do para Belém ou regressando aos de "Meu Patrão Real". E receber Estados Unidos. "Os que ficaram, em troca, "Bem-vindos Old ~oss". lançaram-se à construção do novo Porém, alguma desconfiança lar, montaram engenho de açúcar, houve também. A idéia do aventu- e fizeram grandes lavouras de al• reiro major Warren Lansford Has- godão,cana, trigo e batata. lnicia- tings,que empreitou dive~s lev~s ~r:si:. ~~~~~S!º/~c~~u~~d~~J; ~~r~~~~!~i~:n::;-:r~::1~:r.f~: Montaram serranas a vapor. Pro-– da Amazônia. Os gestos de gra?de ~~~:õ~::~~:~~r:i~~~ ~~~:~ê~~~ ~~~~~i1~s~~:'. Um dos colonos, o reverendo viado, atraído por vantagens es- Richard Hennington (hoje nome de trondosas para os campos do uma escola estadual em Santa– Centro-SÜÍ, onde o governo estava rém) produziu, segundo Ferreita estruturado. Reis, 10 máquinas ~ovidas a á~. Heróis retornados Os relatos que faziam aos amigos Ainda estavam muito recentes e parentes que tinham ficado no as reclamações e investidas do go-- Sul derrotado revelam que os colo-- . verno da América do Norte contra nos encontraram uma sociedade a proibição a embarcaç~ estran- com relativo nível de organização, geiras penetrarem no no Amazo-- casas alinhadas e costumes civili– nas. E houve quem alertasse para zados. Autoridades brasileiras que a possibilidade da instalação de passaram por Santarém anos mais uma cabeça-de-ponte que poderia tarde mudaram de opinião sobre o repetir algo parecido com o 9ue se alegado fracasso dos colonos. Em verificou no México, que havia per- 1872, os que prosperaram, eram 19 elido imensa parcela de seu terri- famílias com 88 pessoas, sendo 77 tório para o vizinho do Norte, a norte-americanos e 11 ingleses. Os começar com a penetração de mais arrojados ingressaram tam- colonos. bém na construção naval. O primeiro gr~UJ?O -~~emb~a - ~";"""'t "Prejufzo maior cou em Santarém no di~ i'7 de se-- "Apesar da ooa vontade do go– tembro de 186?, trazido~ pelo verno provincial, as delongas buro– agenciador Hastmgs no navio a va- cráticas não foram superadas", por '.'Inca", desd_e Belém. Segll!ldo explica Ferreira Reis.Muitos colo– dona Norma Guilhon, em s!!u livro nos ao contrário do que ocorreu "Confede~'.1-dos em Santar~m", ~- codi os que foram para a regiãoSul se grupo Ja encontrou aqui un:i nu- do Brasil, não conseguiram os do– cleo composto de 45 compatriotas cumentos de posse definitiva das ~~i~eJ~~ê~fi~~s~~oinl1~{'. ~f!:~~~~~~~~:~~e ~°: cfo . cultura. Somando-se aos que che- Diamantino e Mararu. Cada colo– garam por conta própria, a colônia no deveria requerer dois terrenos perdida que ~u8ene Harter procu- de 250 mil braças cada. Como ho- ~a~v;ã~ómJ;1~~ ~:!fe ~~: ~~·~!~!~ªm ruc~b~~~~~f~. punha a nova colônia. Aventureiros Santarém sem superar a buro– e até vagabundos que se encontra- cracia. ' vam nos portos sulistas, embarca- os que ficaram obtiveram~ )ativo êxito. Seus descendentes aJ.Q– da estão em Santarém, em Belém e por todo o Brasil. São os Ricker, Hennington, Pittes, Mendanhall, Vaughan, Jennings, Goulding, De– sincourt, Wanghan, Wallace e outros. Alguns ex-c::J:~a~~E~~~~e~~~~ :!! desce nd entes )aciona os sobrenomes de 327 famí- dos lias que se mudaram para o Brasil, ;':ericanos espalhando-se pelo Pará, Paraná, região fluminense e Rio, Rio das ~reeram ~~~ªie~~~h~~tr~tºs~~nti~~~~ ~!~~arém ~~n~ata~Üi~i~~1to~i~~.: qual 600 mil norte-americanos mataram-se num fratricídio que lhes custou 6 bilhões de dólares e prejuízos outros incalculáveis, quando poderiam ter gasto tão so– mente 1 bilhão de dólares para li– bertar seus 3 milhões de escravos. segundo os cálculos de Harter. xxx Amor Na realização do Trote Ecológico, e tradição ao preservar o verde . · pus, Cornélia lamenta a derrubada da num canto, marcava e ficava observan- ca desempre, sóque agora não precJSa gens,explica, filtr3:m os gases tóxicos Proteção para a centenãria ãrvore f~ 12dr~;•P~:~~ ~;~ ~: mudas de plantas regionais no campus universitáriodo Guamá,um funcioná– rio da Universidade Federal do Pará será homenageado porseu trabalhoes– pontâneo desenvolvido há quase trinta anos. Cornélio Vieira Estumano, che– fedoalmoxarifadoda garagem central, nunca se conformou com opouco ver– de do campus e desde que começou a trabalhar na UFPAse incumbiude es- ~~~ITfur~.' t~~:i~~~~d~~~~ verde, um plantador de árvore. Por iniciativa própria, Cornélia já plantou um nómero incontável de mu– das. O resultado de seu trabalho é vis– to com facilidade por quem freqüenta ocampus universitário do Guamá. As árvores plantadasporelesãoencontra– das por todo ocanto.Sãomangueiras, castanheiras,cajueiros taperebazeiros e açaizeiros, entre outras espécies. Atrás do ginásio de esportes do Bãsi– cõ, Cornélia fez um verdadeiro bosqui– nho com várias árv.ores regionais. Thmbém na frente da garagem podem ser vistas muitas árvores cultivadas por ele. Funcionárioda UFPAdesde 1964 é um dos primeiros homens contratados para desmaiarem eaterrarem ocam- vegetaçãoexistenteantes da instalação do opé", conta ele. Mas, algumas não mais plantaràs escondidas como tinha que saem das fábricas e dos carros e da Universidade. Segundo ele, havia conseguiram sobreviver. Na época da que fazer anteriormente. Para ele, o não deixam que ele atinjam diretamen- inómeras ãrvores frutíferas no terre- administração do reitor Aracy Barre- ~amp1:15 deveria ser ~ais ar~rizado, te a~ pessoas". "Cornélio também tem no, comocupuaçuzeiros, cacaueiros, ja- to, so mudas de mangueira que plantou inclusive com palmelr3s regionais de carinho e s~~ da 1mportânc1a das queiras e cajueiros, além de na beira do rio Guamá foram retiradas toda espécie. "Gostaria de fazer 3:rbus- plan~s medicm3:1s. Ele Já plantou _la- samaumeiras, sapucaieiras, ucuubei- pelo prefeito do campus da época, lo- tos em cada cantodo campus", diz ele. ran:,e1r3s e limoeiros nocampus,cuJ3S rase outras.Ele acha que deveria ser goque começaram acrescer,vistoque A_arborização do campus com palhe- frutas a~ta serem bastante úteis realizado um replantio. era proibido a plantação de árvores telr3s,_que ornamentam oespaçoentre como remédios. O problem3: é o terre- Cornélionãose restringea colocar frutíferas na Universidade. As próprias os pavilhões de aula do Básico, planta- no do campus, pouco propício para es- as mudas ou sementes, que pega em pessoas que andam pelo campus são das durante a gestão do reitor Aloysio tas espécies, que não floresceram. ~~?~~~~e°i::ii~~~~~~unra~ =~~~~tr~e~~~s ~~~~~• ~~s s~ ~~l~~-'7½~~tq~~~~~nd':vf!fc~~º~{~ nat!~~•~t:~:r:~sg;a~! Ele cultiva a planta, acompanha seu frem com suas folhas arrancadas. e comecei_a_plantar ~condido". P;incipalmente do que ~ist~ na A~- crescimento até dar frutos. Em volta , Apróxima ação de Cornélioserá a Na op1D1ão deste mveterado plan- zoma. Mas, a sua consc1enc1a ecológi- dos pés das plantas coloca sempredois plantação de sementes de uma espécie tador, as plantas têm utilidade muito ca vai muito além do prazer de pedaços de ferro para protegê-la. diferentede caju.Elecontinua plantan- importante para as pessoas como pro- plantar." "Quando as pessoas se COl!li- "Quando tinha uma semente, plantava do com a mesma empolgação ecológi- teçãoe fonte de alimentação. "As folha- cientizar-em da necessidade do verQe Ameaça à samaumeira afastada A samaumeira localizada à mar– gem do rio Guamá, em frente ao ate– lier do curso de Arquitetura, no campus profissionalda Universidade Federal do Pará, esteve ameaçada pe– la erosão das águas do rio, com risco de desabaraté o final do ano. O arqui– teto João Castro Filho, prefeito do Campus, tomou as primeiras provi– dências, como a construção de um muro de contenção das águas com raio de 10metros em volta da samau– meira, utilizando a técnica do gabião, que é uma caixa de arame com um metro cúbico de pedras, cercando a árvore em três níveis. A samaumeira data do início do século XVITI e é uma das quatro exis– tentes em Belém, estando as demais no Conjunto Arquitetônico de Nazaré (CAN). Sua preservação é muito im– portantepara a alegria de estudantes, professores e funcionários da UFPa, apreciadores da vasta sombra e da beleza da árvore, que é nativa da Amazônia. Ela se caracteriza por li– berarsemente em flocos de algodão, dando a impressão de ser uma neve tropical, pelo que inspira os poetas e compositores da terra. verãoque um dia nós precisaremos dos frutos", diz ele. Sobre a devastação da Floresta Amazônica, Cornélio seemo– ciona ao falar das árvoresque hojesão difíceis dese encontrar. "Infelizmente' tem gente que entra no pais e destrói oque é nosso", queixa-se. Ma 'o fica só na 4ueixa; há algum tem e, - rila idéia para colaborar no reíloresta-· mentoda Região: lançarsement toda área coma utilização de um 1 Cornélio quer fazer mais. E so "'queria ser uma autoridade para p;x criar leisque punissem quem derruba um pé de árvore, assim como existem as leis que punem quem rouba''.

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