O Liberal: jornal da amazônia. Edição n° 22.570. Domingo, 04 de fevereiro de 1990.

14 CIDADES Denúncia de planos de aposentadoria José Maria Oliveira esteve na redação de OLIBERAL e denunciar que fez um plano de aposentadoria e pecú- ~::a ~:r:~~~~~:!~:~~~~á~~ tadoria oferecida pela empresa", foi resgatar ovalorda con– tribuição e leve uma surpresa: recebeu NCz$ 15,00. Conceição Louzeiro Costa,~identeã passagem União, n? 23, bairro do Telégrafo, disse estar na mesma situação. ~~oo~::1J~;:~ : ~i.di :1~~e~~~i~~~ 0 d:~!;1 buição ao plano Aposentec. Doralice Sena, 60 anos, mora– dora à rua dos Mundurucus, n? 504, Jurunas, recebeu dois :~~kn~~~n~~ ~~~~;;iti~u~~~~~! ram remetidos pela matriz da Aposentec da agência pos– tal de Bela Vista, em São Paulo. Carnês No térreo de um edifíciosituado à rua Manoel Barata, próximo da avenida Presidente Vargas, uma placa anun– cia o escritório regional da Aposentec. MagaJi da Cunha, que se diz responsável peloescritório, afirmou que as quan– tias sãocalculadas com base na última mensalidade paga J:;~~=~ ;~og~~t;: ~~~:e~~:ª~: e:- lores irrisórios, sendo arredondados para o mínimo determinado pela Superintendência de Seguros Privados (Susep) do Ministérioda Fazenda". Esse valor mínimoera de NCz$ 15,00 até dezembro passado, segundo Magali da Cunha. Outra queixa dos associados foi quanto ao atraso ou sus– pensão·da emissão de carnês de contribuição. A funcioná– ria da Aposentec confirmou: "Isso se deve ao fato de a empresa_aguardar oíndice oficial da inflação.Antigamen– te, os reaJustes eram feitos de seis em seis meses. Hoje, são f~itos mensalmente''.· Ela lembrou ainda que oatraso é de– VJdo também ã gráfica, que não entrega os carnês dentro do prazo. Outro escritório . Na ~ip~te ManôelTeodoro, n? 793, uma placa indi– ca que ali funciona um escritório da Aposentec_ Um fun- t":r~a~~i~~;: ~1~~et~~~pcl~: c~~~~rct:= :t:;.;1~~=~~Jd~~~~~:a:i~ ~~~~ Dois escritórios Para quem procura informações e diz pretender fazer um plano, ofuncionário pedeonomeeoendereço para man– darum vendedorprocuraropretendente. Eledisse também nãosaber informaronome completoda gerente de vendas dizendo apenas que se chama Mara. Perguntado porque ~tem dois escritórios da Aposentecem Belém, um na Ar– crpres!,e_e oun:o na Manoel Barata, ofuncionário disse que nes!,e úJtim? s_:io ~ta~osos seguros feitos antesda Empre- =~j~~~)~os~v:e=:~~i::u~l':rir~ mar desde quando a EfnpresariaJ assumiu a seguradora. Estelionato Magali da Cunba disse que "só há um escritórioda Apo- :~1~~ ~~~q.~~~ e:J:t~i~t es~un1!:~o ~ni; representação, que foi desativada", informou_ Ela declarou 3~ ~~b~s~!~ ~i~!ã~:~~:5~np~anni:•~~n~t tos e supervisionados pelo escritório da Manoel Barata. ~gali avisou que "um estelionatário, identificado como Joao Luís Soares, ex-vendedordo escritóriode representa– ção, co~ra val(!res absurd?5 (de NCz$ 700,00 a NCz$ 3 míJ) ~ velhinhos, dizendo que 'o SilvioSantos ~olveua~en- tar todo mundo para mudar oplano''.Ela-mostrou Úm:p~ ; ~lo n? ~ /89! de 15_ de de~mbro passado, que prova a ::~~J~~T:1~;ta1 na Delegacia de Estelio- Prazo de carência em 25 e 30 anos O_chefe regional da Superintendência de Segu– ros Privados (Susep), advogado Paulo Gurjão, decla- ~~n~~~:~~dor?a1d:~ ~foê~~:, 1~~:i~~~ sa forma a Susep aprova a constituição de uma em– presa de previdência privada". Entretanto, segundo ele, al~ corretores de seguro iludem as pessoas na ã~ia de vender os c~rnês, dizendo que a aposen: tadona de quatro salários mínimos virá com a con– tribuição de cinco anos ininterruptos. Quando ~ clien_t~ d~ixa de pagar um plano de aposentadon~ e ~úlio 'perde o direito ao seguro por mo~~ ou rnvalidez, mas tem o direil.9 a um res– gate muumo,_que é calculado em função do que foi ~i &f:~~ 1 ~~:~~aª;ri~~d:eci:;~~=~: ~á:nW,;P~~~~i~ ~~~~e:~i. pelo oo;s, que é de- Denímcia . Paulo Gurjão aconselhou à população a tomar cw~d_o com vendedores desonestos, reafirmando ~~~a~~!~~:i':ri;: ~t~:~c~ª:::~J!= dor prometa ISSO, a pessoa deve anotar seu nome e a empresa e de~unciar o fato à Susep, pelo telefone 223.0036. En~minharemos o assunto à empresa, quê ~~~P._urur o corretor, e se não o fizer será Sobre o caso de João Luís Soares, que está sen– do p~essado por crime de estelionato a pedido de Magali Cunha, respo~~vel pelo escritório da Apo– sentec em Belém, GurJao denunciou mais um fato ocorrido na última qiJ!ifta-feira. Ele contou que Joã~ ~ passou a fotocópia de um recibo para Dário Pe– ~ira de Sales, no valor de NCz$ 1.380,80, a título de "paga1;11e_nto de carnê atrasado". •~im, o beneficiá– no faria Jus. à sua aposentadoria cujo carnê iria che– gar na~~ semana'; disse Rosãngela Sales filha de Dái:io, CUJa família reside na rua da Parabor nº ~• bairro da ~uanabara, em Ananindeua. Como Dá~ no_Sal~ não tinha toda a quantia exigida na ocasião Joao Llns recebe~ apenas NCz$ 390,00 e instruiu ~ sãngela a dt:pos1tar o restante na conta-corrente ::: l;~~;~~-ia 1.396 do Bradesco, cujo titular é o pró- Alistamento militar prossegue O Comando da 8~ Região Militar informo qu_e os jovens nascidos em 1972 têm até o dia 31 de abril do corrente ano poro efetuarem O alis– tamento ~!litor dentro do prazo legal. O alista– mento milito~ ~ gratuito, sendo que O único documento ex1g1do no ato do alistamento é O Cer– tidão de Nascimento original, além de duas fo. togrofios 3x4 recentes. Os jovens que nasceram ~ntes ~e 1~~2 também poderão regularizar suo s1tuoc;oo militar no mesmo período. Em Belém 0 ~listomen!o é realizado no Junto de Serviço Mi– litar locol1zodo no Polócio Antônio Lemos sola 09, no horório dos 07:30 às 13:30 hora;", O LIBERAL Belém, domingo, 4 de fevereiro de 1990 Saulo Ramos nega genocídio: índio Manaus (AE) - O ministro da Justiça Saulo Ramos, classificou de "crônica" a denúncia, de que os índios Yanomamis estão ameaçados de geno– cfd.io , feita pelas Organizações Não Go– vernamentais (ONG), em Paris. "Não existe e nem existirá genocídio. Nossos índios estão vivos porque o Brasil os conservou", disse o ministro que este– ve ontem com o comandante do Co– mando Militar da Amazônia (CMA), general Antenor de Santa Cruz Abreu, para pedir apoio lojístico e acertar a continuação da retirada de garimpei– ros da área indígena. Segundo ele, a o~ração de retira– da nos garimpos so foi mterrompida por causa das fortes chuvas que casti– gam a região, tornando as pistas im– prestáveis até para vôos de helicóptero - transporte utilizado para remoção dos garimpeiros. "Não há essa mani- ~:taJ:sº ~i~~~a~ st~~~!°:J~~~rm~ vem sendo noticiado nos jornais. Se ti– vermos cinco dias sem chuvas, pode– remos- fazer a remoção total". Acompanhado do superintendente da Polícia Federal, delegado Romeu Tuma, o ministro da Justiça foi na quinta-feira ao garimpo "Baiano Forr ~~~~º;i!~ik~.~e~!/~f~~t;s\~~ de constatou a existência de 178 garim– . peiros doentes, a maioria com malária. O descontentamento das lideran– ças garimpeiras em relação aos 100 mil hectares, que formam o garimpo San– ta Rosa-Uraricaá, demarcados pelo go– verno, foi rechaçado pelo ministro: "Acho que deve estar havendo um de– sencontro de informação, a área foi de– marcada sob a orientação de quem ~~fi~~~~i~;!i~f.~• ou seja pelos pró- A transferência dos garimpeiros, acrescenta, "será até um benefício pa– ra estes homens que vivem em regime de escravidão". Lembrando que a mi– neração é garantida pela Constituição, Saulo Ramos argumentou, que a de– marcação só não pode ser feita em áreas urbanas, como Copacabana (Rio), "essa já pertence aos trombadi– nhas". A demora pela demarcação de mais duas áreas prometidas pelo mi– nistro foi atribuída às dificuldades sen-. tidas com a área técnica, "esses profissionais são muito complicados", concluiu. "O genocídio é uma invenção dos europeus, com intuito de internaciona- · lizar a região, conhecida por suas F. quezas", falou o ministr confessando-se adinírado em saber que a denúncia parte da Europa, "conheci– da pelas práticas do nazismo e pelas mazelas do regime comunista". O go– verno brasileiro, garantiu, não vai acei– tar nenhum comentário do tipo. GenernJ pede que garimpeiros fiquem 01 Man~u~ <AG) - Ocomandante militar de mais-de duas horas com as autoridades da Amazoma, ge~eral Ante_nor Santa Cru~. militares da região e disse que saiu da reu- ~!~sJi~~ ~~;. 1 ~tr~a~ê~~~~~~ ili~:: ta~º;=~~f~~~ ~~~~~~ç~ta~~o~ ma, dos garimpeiros que mvad1ram a problemas da região" =:~~ !~~~~: J~~~~~:~~~~~oi~ Depois de ouvir ~s considerações dos portância estratégica para a ocupação do comandantes do CMA e do Comar - entre território e, deixando as terras indígenas, as quais_ a <!_e que a malária que aflige os Ya– eles devem ser transferidos para as flores- nomami nao e trazida pelos garimpeiros, tas nacionais. Oauxílio solicitado por Sau- mas uma doença endêmica de região cujo lo Ramos tanto ao comandante do CMA principal hospedeiro é o macaco - Saulo ·t~r:::i:t i~~~ed~?~~~'rÔ~~O~:ro~O~~~ ~~:ii~~~z~~ ;iV~~: ~~V~~~ C:a"::~~~ depende, de acordo com as duas autorida- poderao ficar nas florestas nacionais até se– des militares, de ordens dos Ministérios do rem criadas as reservas garimpeiras. Exército e Aeronáutica. - Nós somos completamente a favor Mas o brigadeiro Leonil antecipou que deste acordo. Os garimpeiros devem sair pa- ~;;:!;~r;ºs!::i~!ºo~~ã~~fl:~~!~':i°~ ~~:ã~ ~~~r!~J~e;~nseer'!11 t~~ª c~~ já foram colocadas a disposição da Funai Ocomandante do CMA condenou a for– e da Policia Federal. Depois de passar 48 ho- ma com que oassunto vem sendo tratado pe– rasem Boa Vista e visitar a área onde está la imprensa nacional e estrangeira e :~~~t:~:~1s~i~a 0 ~~~~;i/!;;e!~~i:tr~ ~:;5~~~~~~~ ~o1!:~~:~n:~~~odde~;{; uma tentativa de internac1onahzação da Amazônia. - Ficam pintando o garimpeiro como ~~o~eÊ~iiai2igb{~~re;~o ~;irtn~:d~~~ questão dos Yanomami está servindo como- um pano de fundo, como pretexto para que o riiundo se convença de que o Brasil não tem condições de cuidar dos seus próprios. recursos e justificar a internacionalização - afirmou o general. Além de mais helicópteros para apoiar a operação, o ministro Saulo Ramos pediu aos representantes das forças armadas que eles se mantivessem como pontes de contato do governo com as lideranças garimpeiras da região e que intesificassem oapoio logís– tico através dos grupamentos da área eco– locando médicos, enfermeiros e atendentes a disposição do programa de saude. Neste último caso,ogeneral Santa Cruz informoy que oExército já tem um plano de trabalhi> para a região pronto desde o último mês d~ outubro, mas nunca executou porque não foi w~ta~ • Fiscalização secundária ao uso do selo-pedágio Meton desconhece indicação parn a pasta dos Transportes O presidente do Sindicato Nacional ministro. pos~f~i'a~~ 0 n:ºJ:/:J:J!f~r1º!t~~ti ~~~ 1 u~: ::~~i~~frf;!~~e~oi:~::~~ menteé feita de forma secundária pelos pa- urbano deseu domicíliosem possuir em Jo- ::,'1;,~~s~;!t~~~ ~Ji~f ~i~~:i::t cal visível, o selo-~dágio do mês. ' ria está pleiteando junto à Chefia Distrital a extinção da cobrança, como a solução mais viável para definir o impasse-criado desdesetembrodoanopassadoquandoa ca– tegoria pleiteiou melhoria salarial em de– corrência da fiscalização do selo-pedágio. O pleito do sindicato se baseia no fato dos po– liciais rodoviários não possuírem função ar– recadadora esim fiscalizadora,orientadora e finalmente repressora, através da autua– ção com multa em quem infringir o Código Nacional do Trânsito e as leis rodoviárias federais". .Os postos de fiscalização da Po.licia Fe– deràl do Estado do Pará estão localizados em Benevides, Castanhal, Santa Maria do Pará, Capanema,K--0 da rodovia BR-316,na divisa Belém-Maranhãoe na rodovia PA-150 (Belém-Imperatriz). A fiscalização secun– dária é feita não somente no Estado como ~ pos.úlsJ!a.Poli · vi 'ria Fe- 1 ' Opatrulheiro Sérgio Paulo dos Santos, de plantão ontem na barreira de Belém– Ananindeua, afirmou que "oselo sóé cobra– do para ousuário que utiliza as rodovias fe– derais. Portanto, quem roda dentro de seu município não tem necessidadede comprar oselo". Elegarantiuque a parada para a ve– rüicação dos veículos só acontece a P.artir do momento em que se constata quaiquer irregularidadevisível nos veículos, daí ofato de hoje haver caído sensivelmente o núme– ro de autuações. Sérgio Paulo não descartou á falta de fJScalização, apenas disse que hojeela é feita de forma secundária, acontecendo "só quan– do secomprova outra irregularidade no veí– culo". Nesse momento ocarro é paradoe se for constatada a falta do selo-pedágio, a mul– ta com a compra imediata é acrescida ãs de- ~~~~:utU:;a~~aaª~:~o ou ,não do j , PROFESSORAS - MERCÊ$ E GEORGINA FONE P/CONTATO 241-5205 Balanço da sua empresa publicado em O Liberal dá lucro. Lucro em circulação, lucro em qualidade, lucro em credibilidade. E se o balanço ocupar mais de um quarto de página, dá direito ~ bonificações: 25 exemplares do Jornal e 25 reproduções em papel branco. Contabilize tudo no próximo balanço. O LIBERAL JORUL DA HAZÔIIA das Empresas de Navegação Marítima Meton Soares é diretor da Netumar, (Syndarma), Meton Soares Júnior, este- presidente do Conselho de Usuários do ve e_m Belém na última ~e~ana para Porto do Rio de Janeiro, representante participar da entrega do premio Homem dos armadores na Organização Interna~ de Marketing 1989 a Luís Otávio de Oli- cional do Trabalho (OITJ em Genebra e veira Campos. Atualmente, o nome de foi presidente da Associação Brasileira Meton Soares Júnior tem aparecido nos de Cabotagem (Abac). Ele conhece de-- 1 noticiários da imprensa nacional como o tudo um pouco no que se refere ao setor, provável ministro dos Transportes do de Transporte. "Nesse ramo a gente tem. governo Collor. Porém, Meton afirmou que_conhecer os setores rodoviário, fer- ., que desconhece qualquer indicação para rov1ário e maritimo do Brasil e de outros J o cargo. "Não tenho nenhuma informa- países. 11: verdade que esse conhecimen-1 1 · çã_oa esse respeito. Não sei de nada. Não to não é igual ao de uma pessoa setoriza-H sei nem como essas informações estão da, mas é necessário". · sendo veiculadas". Depois ele admitiu O presidente do Syndarma tem dois 1 que há uma especulaçãoem torno do seu trabalhos de pesquisa sobre hidrovias nome, m~s que "não sabe a origem de onde m<_>Stra o problema de transpor!~ tudo ISSO . . . . no Brasil. Segundo ele, é preciso que se Meton Soares Jumor disse que toda faça uma reanálise do setor de transpor– vez que um govE:_rno está se formando há ~e par_a que as empresas possam fazer ·' essas especulaçoes.Ele ressaltou que no mveshmento. Meton explicou que hoje ~omento está ocupando uma posição os empresários estão agindo mais na es- 1mportante dentro do setor de Transpor- pecuJação financeira do que investindo J ~~ e qu~ é natural q~e apareçam esses em set?res, fato que gl_!raria empregos. boatos . Metonadm1tiuquese'!rsetino- Além diss&, é necessário que seja refor- ro . tá ado cogifadolpod" é,f tj1'Je-lt ' Jqnulada,muita coisa, como a dinãmica nha sido proposto por pessoasiamigas ou ' do transporte. "No mundo inteiro osetor · por outr~ que conheçam suas teses. O transporte é um dos mais importantes. e~presár10 afirmou que gosta de racio- No Brasil_, o transporte tem que ser ba– c1nar s~bre ~atos con_cre~os e que_pores- rato, rã_p1do e eficiente. Já pensou ter se motivo nao podena dizer se tinha ai- que enviar mercadoria de Belém para O 1 gum plano de trabalho se fosse o futuro Rio Grande do Sul ou vice-versa?". ,

RkJQdWJsaXNoZXIy MjU4NjU0