O Liberal: jornal da amazônia. Edição n° 22.570. Domingo, 04 de fevereiro de 1990.

Belém, domingo. 4 de fevereiro de 1990 Aluguel: sonho ou . pesadelo? Com as férias se aproximando, o Procon orienta sobre o aJuguel de casas para temporada qu,i é uma alternativa pata quem pretende pas– sar uns dias na praia ou no campo. Depertdendo :J:::a d~r~~ sair bem mais barato do i~~/e hospedar num Mas o aluguel de qma casa para tempora- ~~~C:s~:Jo1c~~ tomados aJguns cuidados básicos. Veja como se ca;:dá~:is ~c~~n::; madilhas mais comuns, conforme as orientações 1 do Procon: VISITE - Conhecer previamenteo imóveJ é a única garantia de queele é do jeito que está sendo anunciado. Mas nem sempre é possível. As– sim, o melhor é pedir fo– tos do local ou só procurar imóveis reco– mendados por pessoas que já o utilizaram. , LEGISLACÃO - A lol:ação de im6veis para t.ehiporada tem regras P«>l>rias incluídas na Lei do fnquilinato, de núme- f 649. Um imóveJ só re– essa caracteri7.ação estiver localizado na marítima ou estân- = limática. Caso con– ário, a sua locação e as normas do aJu- ~ residencial. Oaluguel por tempo- da tem características pfóprias: o pagamento pode ser cobrado anteci– padamente. AJém disso, DJo é preciso a feitura de ujn contrato. E a locação não J>Ode ser superior a 9j) dias. / CONTRATO - O mntrato é geralmente substituído por um reci– bo, onde consta o nome do inquilino temporário, ~rtância recebida, en ~~~~e~t funciona bem para curtos. Porém, locações mais lon- (a partir de 30 dias) . ideal é ter um contrato, irá dar todas as ga– tias para ambas as TIA - Os tários costumam junto com o reci– ntrato, uma nota ria assinada e ncoou em cheque do, com a pro– de que serão de– após a locação. um risco, porque te essa devo– melhor é assinar o de vistoria, di– recebeu o imó– condições em que tra, e que deve- lvê-lo em iguais condições. ~ I DESIST€NCIA. - contratos costumam luir cláusulas que pe– nalizam ambas as partes ae houver desistência. No ~ do inquilino, vai ser to dificil ele receber dinheiro de volta (da ~ ~r~ ida com muJta, se tir do negócio. APACIDADE - Os etários costumam perdimensionar a ca– cidade do imóvel para m~!~~f:p~~ saber qual a sua capaci– dade real. Ou seja: onú– mero máximo de pessoas alojadas com to– do. o conforto. CL.UIIFICADOS Df OtaaAL Fone: 222-0133 Caieiras podem ser transferidas da Perimetral As caieiras de carvão localizadas na avenida Perimetral, entre os bair– ros do Guamá e Terra Firme podem ser transferidas para uma área em Ananindeua, peJa Secretaria Municipal de Saneamento (Sel;an). Essa informa– ção foi dada por três dos nove carvoei– ros que atuam no local, que têm participado de reuniões com o engenheiro-agrônomo Wady Homci, ti– tular da entidade. A matéria-prima para fabricação do carvão é a madeira de entulho de obras, doada aos carvoeiros por empre– sas de construção civil. Eles fazem a triagem da madeira recebida, cavam buracos às margens da avenida, onde colocam a que estiver enxuta por ser melhor para queimar, e assim_produ– zem o carvão que é vendido em sacas -de 60 quilos, muito embora o produto não tenha esse peso por causa do volume. Produção e venda Enquanto não é vendido, o carvão fica depositado em barracas rústicas ~3:s:~:i~rs?>.:~ã~:t:i· ir::e pessoas que estão nessa atividade, mas que sustentam cerca de 150 dependen– tes. Os mais velhos estão há 15 anos no ramo e o mais novo, há dois meses. O casal Fausto Tavares e Emília Venân– cio, por exemplo, que completaram 8 anos no ramo, sustentam 8 filhos. Eles vendem uma saca do produto a NCz$ 30,00, omesmo preçode wn pacote con– tendo wn sétimo da saca origina], ven– dido na feira de Batista Campos. Paula da Costa, feirante há sete anos no ramo de venda de carvão, afir– mou que compra a saca a NCz$ 80,00 de wn atravessador, somando-se tam- bém o custo dos sacos de papelão, de colocar cimento, comprados de operá– rios da construção civil, goma para co– lagem e o frete em carrinho de mão. "Ou vendo uma saca a NCz$ 100,00 ou faço sete pacotes de NCz$ 30,00", decla– rou Paula da Costa, que sustenta cin– co pessoas com seu trabalho. Poluição O carvoeiro José Marques, 50 anos, há 13 no ramo,sustenta 14 pessoas com a fabricação de carvão. Ele afirmou que os carvoeiros tiveram uma reunião com osecretário Wady Homci, que lhes teria proposto remanejamento para uma área em Ananindeua, mas que os produtores não aceitaram, "pois Já te– riamos de pagar ônibus, as construto– ras não deixariam madeira e a Sesan não nos permitiria levantar barracos para depositar carvão", disse José Marques. Aopinião foi confirmaáa por Abílio Ferreira, 53 anos e pelo casal Fausto e Emília Venâncio. "Além do mais, todos nós moramos aqui na Ter– ra Firme, temos a madeira todos os dias e os depósitos se localizam aqui." cai!u~~~ier~~Jt:i:re~~.çitri:~ Ferreira disse que "a própria Sesan é quem polui mais, pois os caminhões de lixo chegam à noite e descarregam pneus velhos e coisas podres, e tocam fogo. O fedor é tão grande que ninguém agüenta". Os carvoeiros disseram ain– da que nesta segunda-feira terão nova reunião, às 10 horas, com o secretário Wady Homci,queos encaminhará à Se– cretaria Municipal de Economia para discutirem oassunto, pois há uma pro– posta do Governo Municipal para te– rem barracas nas feiras e, assim, venderem diretamente o carvão. TELEFONES PARA OATALAIA. Faça o melhor investimento do momento. A~quira o seu terminal !elefÔnico para a Praia do Atalaia_ em Salinopolis, e desfrute desta comodidade ja nas próximas férias de julho. VENDAS EXCLUSIVAS: l ~TE 1 S::BELl a.":::a T■Le:f'r./'icA L.TCA . Trav. Castelo Branco, 819. 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