O Liberal: jornal da amazônia. Edição n° 22.569. Sábado, 03 de fevereiro de 1990.

O LIBERAL 16 POLITICA Collor questiona nações ricas sobre poluição Bonn-Especial (AP/AJB)-Aexem– plo do que aconteceu em_Washing~n. Tó– quio e Moscou, o presidente eleito do Brasil, Fernando CoUor de MeUo, teve uma recepção calorosa, ontem em Bonn. .Mas tal como aconteceu_tambéf!l ~as ou– tras capitais, CoUor o~viu dos dirigentes -alemães a preocupaçao com a preserva– "ção da Amazônia. O~ alemães, respons_á– veis por 14% do capital exter~o ~o p3:1s, ~tãJr:~ff:~~scªo;di~i!~:r: 1 fs~~n~e~~ (programa responsável em relação ao ,meio ambiente. Odia de Collor em Bonn - o segun– do na Alemanha Ocidental - começou 'cedo.Ainda não tinha amanhecido quan– ,do Collor deixou o hotel para pedalar, em companhia do filho Arnon Afonso. Em meio ao passeio, Collor surpreendeu a_ to– dos, pois, bem hu11_1orado, tratou a 1m– ;prensa com simpa_tia pouco comum nes– ' ta viagem. O presidente chegou mesmo ,a dar uma rápida entrevista, quando co– mentou a preocupação dos dirigentes l"com os quais tem conversado a respeito ~da ecologia. ~ CoUor disse que nunca se recusou a .,discutir a questão da Amazôni~ quando rela foi levantada, mas faz questão de per- ·:rcrJ:rº~Mrot~~~~ti~e:;i:i~ªe~~ia: calo~ polar, pro~lemas_q~e são c~,USJ· Ê= los países.mdustriahza~os_. Nao •- mos permitir é que o Brasil fique no -· o dos réus, como se fosse o causa- dor de tudo", disse.o pr~idente eleito, que defendeu uma discussao madura em torno do problema. . Depois de pedalar pela manhã, Col– ·. lor teve um dia cheio, se reunindo com , os ministros das finanças e da coopera– -'ção econômica e com _3~ empresários alemães. Oencontro maIS JIDportante, no ;' i3i~t~o~º~ii::: a~~~:uc~i~ ::f~ct! duas horas: Hoje, CoUor vai a Berlim, onde visi– ta a Porta de Brandemburgo em compa– nhia de autoridades alemãs. A noite, o presidente eleito do Brasil viaja para Ro– ma, onde na segunda-feira cedo tem en– contro com empresários italianos. Contribuição ampliada Bonn, Alemanha Ocidental (Radio– brâs) - O chanceler federal dr. Helmut Kohl recebeu ontem, o presidente eleito da República Federativa do Brasil, Fer– nando Collor de MeUo para uma troca de .· impressões. No centro das conversações, ; que decorreram em ambiente amigável, . estiveram a situação politica e econômi- ca atual do Brasil, as relações germano- • brasileiras, bem como o delineamento futuro das relações entre a Europa e a América Latina; largo espaço foi dedi– cado a uma análise do desenvolvimento ,. para a democracia na Europa central, ,· Europa de leste e Europa de suleste e as Collor com o chanceler Helmut Khol: recepção calorosa em 801111. possibilidades que daí decorrem no sen- ~~::1t~~i: i~ fJ~r~ da América ~i~:~\ulJ~ªE~~~~~~m da divisão da o chanceler federal reconheceu as o chanceler federal apresentou con- ~Íi~c~~~~~fJa~~~~~ªà~ ~a~sd~~~~r:~cdo~ f 6 ~~ul!f~;i~fe~~ºct~~:!ºbr◊ 1 ªd~uaa~~ nomia brasileira. Declarou a disponibi- passado, e destacou o interesse grande ~:!t~~i:r ~o~i~~~r~li~;g;~i~~~!~~:s~ fi crict~árgg~ 1 ~clf ~loe~oo~~o~~:~:?~ tituições existentes, para U!Il.ª solução e O país economicamente mais f<;>rte da durável do problema do end1v1damento. América Latina e pelo desenvolvimento Numa troca de opiniões acerca da amea- sucessivo da Cooperação, nomeadamen- ça mundial do meio ambiente e das re- te nos campos econômico, de p<?_lí ti~a d~ servas naturais, o chanceler Kohl desta- desenvolvimento e da cooperaçao c1enll- cteoudesºPaªf1·poea) qcuoemsuenu1·gaovdeerdnaosc1r1aedço~taesª. Heos: fico-tecnológica. Como lugar mais im- d portante para empresas alemãs na Arné- menageou os esforços crescentes do go- rica Latina, o Brasil assumirá um papel vemo do Brasil pela proteção da flores- ainda mai:; importante para as relações ta tropical, que representa cerca de um econômicas com o estrangeiro da Ale- terço da floresta tropical ainda existen- manha no futuro. A criação do Mercado te no mundo. Ao mesmo tempo enalteceu único Europeu até 1992 oferecerá às em- o interesse especial da Alemanha pela presas brasileiras ~ovas p<?_ssi_bili~ades proteção reforçada deste sistema ecoló- para uma cooperaçao econom1ca mcre- gico único. O-governo pretende contribuir õe;º~::~ºqr:dt;;;f:::i~~~~~~;:itit~ :~~e:ç~i~}Wi~:~~r;~~f~a1lª:i f~t~~~~ :b:~t~~~i~à~âod~~~adde~tr~~~e~~~ ~~~o !~~!~tfr1cso~~e~~~fi~fcçaãoc~c~nô~ ropeu e dará a maior importância !!º in- Brasil. "Quem causa chuva ácida e efeito estufa?" Bonn, Alemanha Ocidental (Radiobrâs) - O presidente eleito, Fernando Collor de Mello, está na República Federal da Alema– nha; para uma série de encontros com diri– gentes e empresários alemães ocidentais. Ontem pela manhã ele deu duas rápidas en– trevistas.Api:imeira foi no Hotel Steigenber– ger, onde está hospedado.Collorsaia para um passeiode bicicleta quando resolveu falar aos jornalistas brasileiros que fazem a cobertu– ra de sua viagem ao exterior. Eis a íntegr11: Pergunta (inaudlvel) - 5<?bre a questão ambiental, conversa mantida com cientistas soviéticos. Resposta - Minha preocupação foi desa– ber deles, efetivamente, em que poderiam nos ajudar na questão do controle ambiental, da preservação e da recuperação das áreas. E disseram algumas coisas interessantes.Eu fiz três perguntas a eles, bem especificas: oque ·, causa oefeito estufa? E eles disseram, a ema– ' nação do dióxido.Oquecausa a chuva ácida? Aemanação do bióxido associada às emana- - ções do enxofre. Oque está causando oaque– ::, cimento da calota polar? O CO2, que está " impreganandoa nossa atmosfera.Ouseja, to- ~: ~~ ~~:~!~~: ~{;sP~~i::~sªd~~.i~tºé ~·; são cientistas, pelos países industrializados. 11) Pergunta - Osr. também perguntou so- bre a floresta amazônica? ,,:; Resposta - E sobre a floresta amazôni– rn ca tem um dado interessante. Eles disseram ~ 1 que a floresta amazônica representa 40 por ~ ~~B~!°ta '1il1~~~f~z~~;iefi~~dia i~~ ,(1 ~~~'l!~tct!~rr;~eqnu~!~:1!~~:Ja~u: ;j• rr: fa~~:~ós~o~~~ri~~o~r;fe~~.':i~~~vá- ~ ceptf:i~ga':f :~; 8:i~!i~~fé~::;so com a re- . ~posta - Eu achei que a União Sovié- ~ ~~= ~~s s!~~ ~~~i~e~~:~~~~~~o q~r~Í~ tivemos na União Soviética foi do mais alto ~:: ~~: 1 ~~ ~~~irz.dsTo~::~b~;iJ~~is e:~ t• utilizam muito de gestos para significar o ?ÍJ agrado ou desagrado deles. Ofato de ter osr. ~ Gorbachev ter ido no Kremlim me receber r:· também foi um·gesto de muito boa vontade i; em relação ao Brasil, oque não meestranhou porquea Perestroika está trabalhando visan- - do a aproximação das nações, retirando esse c~ráter ~ilateral da dispu~ das duas potên– cias. Enfim, eu acho que foi um gesto impor– tante dado pela União Soviética. Pergunta - Presidente, tem uma flores– ta amazônica... Resposta - Sem dúvida. Hoje, com o chanceler Kohl, também vai haver a mesma co\sa, o assunto vai ser tratado. Oque eu de– seJo e que essa questão ecológica seja trata– da sem esse arcabouço político eleitoral, o que, em algulJlaS partes do mundo, vem sen– do tratada. A questão ecológica é muito sé– ria. Eu acho que nós devemos nos sentar à mesa, devemos discutir abertamente o pro– blema e ver_de que maneira cada um, cada pais, pode aJudar ooutro, no sentido dos paí– ses mais desenvolvidos oferecerem tecnolo- gia, naturalmente sem cobrança de royalties, para que nós possamos tomar oproblema da poluição e lutarmos efetivamente pela prote– ção ambiental. O fato de o Brasil ler lutado para sediar o congresso mundial sobre o de– senvolvimento e meio ambiente demons– tra que nós não temos nada a esconder, que nós não queremos, em momento nenhum, nos afastar da discussão do problema. Apenas não podemos achar que seja um gesto simpá– tico de os países quererem colocar o Brasil no banco dos réus, como se ele fosse o causa– dor de lodos esses distúrbios de clima que vêm acontecendo em função de desastres eco– lógicos. Isso nós não podemos aceitar. Nós te– mos de ter uma discussão madura, uma discussão que nos leve efetivamente à solu– ção do problema. Pergunta - O senhor vai levar a frente aquela proposta de impostos sobre recursos ambientais? Resposta - Pretendo levar. Inclusive, quando estive com osecretário geral da ONU, Perez de Cuellar,eu disse a ele que estaria en– caminhando de uma forma mais circunstan– ciada e detalhada essa proposta que, eu quero avisar, não é minha. Eu apenas a incorporei como minha, mais é do professor Samuel Ben– chimol, e quando eu toquei nesse assunto, lá em Nova Iorque, ele achou muito interessan– te a idéia e me pediu que a detalhasse em um ofício que estarei encaminhando a ele assim que chegar ao Brasil. Eu acho que essa é uma alternativa que nós temos até porque seria uma forma dos países industrializados ajuda– rem aqueles em desenvolvimento na questão da preservação do ambiente. Ontem, tam– bém, lá na Academia de Ciências, foi levado um número extraordinariamente alto: o mun– do, hoje, está gastando 800 bilhões de dólares em armamentos. Por ano se gastam 800 bi– lhões de dólares. Isso é algo absolutamente injusto em um mundo em crise como nós es– tamos vivendo, crise não somente econõmi– ca, mas é crise da fome, a crise da miséria, a crise da falta de perspectiva, de esperan– ça. No momento em que esses países, por exemplo, deixassem de comprar armamen– tos durante um ano esses 800 bilhões de dóla– res serviriam para pagar a dívida externa do Terceiro Mundo,que hoje é de l trilhão de dó– lares. Se deixassem de aplicar durante alguns ~~;~::~~~~:s~~i~~ 1 t~~s s:~ !~~s~;~~;~t f ~'. 1 ~!1!rC:::~~~~~d~g~ gi;~~g~r"i! ~~J;~ os efeitos da poluição. É exatamente essa res– ponsabilidade que nós esperamos, nesse mo– m~nto,. de ne1:1da extensão mundial, que os pa1ses mdustnahzados tenham, que parem de searmar,que lutem pelo des:irmamento,que procurem trabalhar pela paz, pela manuten– ção do equilíbrio entre os nossos países e so– bretudo, entre os continentes, esses megapovos que hoje estão sendo formados. Pergunta - Presidente, e a reserva do mercado automobilistico vai acabar mesmo? Resposta - Na verdade não existe reser– va de mercado para a indústria automobilís– tica. Existe, no que tange especificamente a este setor, dificuldades de ordem burocrática. Pergunta - Por que os japoneses não fa. taram muito com o sr. sobre isso? Resposta - Porque eles falam sobre a re– serva de mercado de um modo geral.' como eu também falo do ponto de vista institul:io– nal ser absolutamente contra qualquer reser– va de mercado.Oque o Brasil precisa, no caso da indústria automobilística, é oferecer alter– nativas ao consumidor. Mas essas alternati– vas ao consumidor não passam somente pelo fato de aceitar de bom grado investimentos estrangeiros nesta área, mas passam, tam– bém, pela questão de estarem associadas à questão de informática, porque os nossos car– ros, hoje, comparados com os carros do mun– do desenvolvido,são verdadeiras carroças. Os carros inteligentes que nós temos hoje no mundo têm um.avanço tecnológico muito su– perior. Mas o Brasil, com essa posição, julgo eu equivocada, de querer fechar essa questão tecnológica e achar que vai conseguir, em poucos anos, tecnologia própria de modo a concorrer com a tecnologia já hoje alcança– da no resto do mundo, é uma posição, no mí– nimo, xenófaba, que eu pretendo rever profundamente quando assumir a Presidên– cia da República. Pergunta - Mas os japone es não pedi– ram nada, nenhuma condição para levar paz ao Brasil? Resposta - Não, nenhuma condição. até porque eles sabem que eu sou contra qualquer política de privilégios, qualquer política que signifique ajuda de um em detrimento do ou• tro. Eu acho que as leis de mercado devem funcionar. Eu acho que aqueles que têm com– petência, se estabeleçam,aqueles que têm efi– ciência, que têm condições de colocar no mercado produto mais barato e de qualidade melhor, esses naturalmente terão sucesso. Pergunta - As oportunidades de investi– mentos na América Latina continuam muito elevadas. Acerca da indústria automobilisti– ca no Brasil, qual a sua opinião? Resposta - Dentro disso que nós estamos pregando, é ·perfeitamente possivel. Não há nada que impeça. Nós temos apenas os entra– ves burocráticos para que isso possa efetiva– mente ocorrer. Eu sou a favor de uma economia de mercado, onde a eficiência e a competitividade lenham lugar destacado. ~s~~ ~~~~tª:iJ~~eé~:s~f ~~~~ 0 r~~p~~~~~: outras fábricas montadoras de veículos. Pergunta - O senhor vai retirar os en– traves? Resposta - Quero relirar lodos os entra– ves, não somente para isso, ma para todo o ·restante. Naturalmente leremos de fazer is– so de forma paulatina, teremos de fazer isso de maneira a não desarranjar uma economia extremamente engessada por meio desse ex– cesso de regulamentações. Para isso temos de dar oprimeiro passo e tabelecer prazo pa– ra que, finalmente, essa política de benefícios e de incentivos não encontre mais lugar no país. Pergunta - Oacordo nuclear entre o Bra– sil e a Alemanha, qual sua postura? Resposta - Nós lemos de cumprir as cláusulas desse acordo.Temos de fazer o pos– sivel para que o eventual descumprimento desseacordo possa nos trazer dificuldades m outros campos do nosso relacionamento co– mercial. Visita no momento em que Itália apóia mais o Leste Homa e AFP J - O presidente elei– to do Brasil, l<'ernando Collor de Mel– lo, vai chegar hoje a Roma para ter. seus primeiros contatos com o gover– no italiano, mas num momento em que a cooperação com a Amé_rica La– tina atravessa uma fase delicada. Embora com o bom antecedente do acordo firmado com a Itália em outubro passado - pelo qual se pro– meteu 1,1bilhão de dólares de inves– timentos no Brasil -, Collor de Mello deverá enfrentar uma crescente pre– ferência italiana pelos países da Eu– ropa do Leste em matéria d"e cooperação. Desiludida com a situação argen– tina, diz-se em ambientes diplomáli· cos, a Itália espera no entanto que países somo o Brasil e o Chile possam ser as pontas-de-lança do desenvolvi– mento da América Latina. Com uma dívida externa de cer– ca de 120 bilhões de dólares, Brasil tampouco vive uma situação econô– mica alentadora. Nos últimos 12 me– ses, a inflação alcançou 1.610%. Não se descarta que o presidente eleito queira assegurar aos seus inter– locutores suas sérias intenções de controlar a crise econômica, único meio de garantir a chegada de capi- tais estrangeiros. · Trata-se da segunda viagem po• lítica de Collor de Mello a Itália. Co– mo candidato, visitou Roma em junho passado e nessa oportunidade se en– controu com membros do governo e dos Rf:}~f(~. não se limitará: man- ter contatos políticos, que essencial– mente se concretizarão com a sub– secretária das Relações Exteriores para a América Latina, Susana Ag– nelli, o presidente da República, Francesco Cossiga, e o chefe do go– verno, Giulio Andreotti. Ademais vai se reunir com os principais dirigen– tes politicos - em particular com o líper socialista Bettino Craxi - e com expoentes do mundo econômico Até segunda-f ira à noite, quan do partirá para Paris, Collor de Mel lo se reunirá com o presidente da ' :!~~ ~~~~~~~~~li~g~:~ ~~~v~~~~ ciência de 'f\Jrim <NorleJ. O presidente eleito, que irá à Tu rim num avião particular, visitará as instalações do estádio onde o Brasil jogará no primeiro turno da Copa do Mundo de futebol. Na segunda-fejra, em Roma, ve• rá o industrial Leopoldo Pirelli e o presidente do grupo Estatal lri e lns titulo para a Reconstrução lndus triai), Franco Nobile. O acordo da cooperação ítalo brasileira de outubro procura impul– sionar a formação de 'joint-ventures' e a realização de projetos de coope– ração dirigidos particularmente pa– ra a modernização do aparelho pro– dutivo local e para a colaboração no camro g~ei"at~f~~o-~ei~o~~~i~~- íla lo- brasileira, segundo dados oficiais de 1988, foi negativa para a Itália em tor– no de 1,3 bilhão de dólares. A Itália ocupa um lugar de im– portância - oquarto - na classifica– ção dos países compradores do Brasil, depois dos Estados Unidos, Ja– pão e Holanda, com 4,8% das expor– tações globais brasileiras Em compensação, se encontra no lugar número 14 entre os países vendedores, ocupando 2% do mercado. As importações italianas do Bra• sil são constituídas principalmente por veículos, café, minerais de ferro, farinhas oleaginosas, móveis, semen– tes e frutos oleaginosos, carnes fres– cas e congeladas. As exporta~ões italianas são, es– sencialmente, móveis, màquinas não– eletricas, materiais para a agricultu– ra, aparelhos de telecomunicações, máquinas ~êxteis e produtos químicos, farmaceut1cos. , Sucesso eleva base política Belo Horizonte <AG> - Satisfei– to com o desempenho do presidente eleito Fernando Collor, em seus con– ta tos internacionais, o diretor– pres1élente da Vox Populi, Marcos Coimbra, afirmou ontem que o "efei– to do sucesso" contribuirá para a am– pliação da base política do novo governo junto a opinião pública. Coimbra acrescentou que o desempe– nho está agindo também como "bola de neve" no exterior, sendo essa a ra– zão que explica a decisão dos líderes europeus de ampliarem o tempo de seus encontros com Collor. - É uma bola de neve favorável, aumentando expectativas e reverten– do a opinião pública nacional - ana- lisou Coimbra, que é cientista poli tico e foi um dos principais assessores de campanha do presidente eleito. Apostando no governo Collor, o presidente da Vox disse que o princi– pal desafio após a posse será criar na opinião pública, através de medidas que "sinalizem mudanças•·. o senti– mento de que o país começará de fa– to a transformar-se. Com essas medidas "emergenciais", Coimbra as– sinalou que a principal meta é que– brar o ciclo de frustrações vivido pela opinião pública no últimos anos. am– pliando as condições de atuação e ini– cia tiva administrativa do novo governo. PSB faz encontro estadual e recebe novas adesões O Partido Socialista Brasileiro (PSB) do Pará receberá, hoje, a ade– são dos vereadores Sebastião Rodri– gues, de Pacajá ; Deuzimilson Góes, de Barcarena; Cirilo Gonçalves e Teodoro Nascimento, de Ourilância do Norte, durante o Encontro Esta– dual Preparatório dos Congressos e Convenções Municipais do PSB. O evento ocorre hoje e amanhã no Auditório Básico da UFPa. Hoje, pela manhã a programação se cons– titui de orientações sobre as normas de realização de convenções munici– pais para os militantes do interior do Estado, além de instruções para ela– boração do Programa de Governo do PSB para o Estado do Pará e uma avaliação da política de finanças do PSB do Pará, à tarde. Regras e temas dos III Congres- so Nacional e Congresso Estadual, a se realizarem de 20 a 22 de abril, também serão discutidos hoje à tar de. Reinaldo Carvalho apresentará o ~rii~1fsªt::1ªp~;aun~~d~o~~ et~-~;:l~ "Operacionalização do PSB'' erá o tema exposto por Orlando Bordallo já o deputado Ademir Andrade fala j:t~ºJii~,,~~ii~!!t~1J1iiirr rio será apresentado por Nelson /J.arzuJ. }~•1aer"áq~;;;i •ti> EJ~ 1 ;%ov~~~~~ social" e "As relações internacionai do PSB". Amanhã, adi cussão será sobre os tipos de coligação - majoritária e proporcional - a serem nego ·ia- ~~ foªp!~K. 1 eleições de 1990 no E ta Conversa com Thatcher, em . Londres, será de 1h30m Belo Horizonte (AE) - A pedido da primeira-ministra da Inglaterra, Margareth Thatch r, o encontro com o presidente Fernando Collor de Mello dia sete, em Londres, passou de 40 mi: nutos para 1: 30 horas. A informação foi passada ontem à Agência Estado, em Belo Horizonte, pelo sociólogo e cien– tista político M:i~co oimbra, que re– cebei.! a nol1 ,a de eu pai, o embaixador Marco Coimbra que acompanha o presidente em u~ via– gem pelo exterior.1àmbém o presid n– ~e da Itália, Francisco Cossiga, que Jantará com Collor de Mello em com- ro~ntt d:ji~eu~~.~~m !1~ri~ :~~~~f1~~ r servado. O interess do governos de te países em conversar mais demorada– mente com o futuro pre idente do Bra– sil, na opinião de Marcos Coinibra, que vai dar ass ssoria politica a ollor, confirma que a viagem que ele faz ao exterior tá s ndo "bem ucediJll". "O ef ito do suces o da viagem tão s manifestando tanto no plano inter- no, com a impalia d pe oa qu mio deram eu voto a ollor. como tambl'm no plano externo", ob erva o sol'1ólogo Holls Royce Brasllia <AG> - O futuro presiden te Fernando Collor pode não QU<'rt'r usar o Roll Royce pr 1dennal no tha de sua po e, ma o carro já esta faLen do uce o, pelo menos entre o tuns ta que freqü ntam a porta do Palac,o da Alvorada. Hoje d manhú. por exemplo. o Rolls Royce preto. comer sível, era atra ão em frente a res,den eia oficial, para onde foi levado para er fotografado, a pedido d jornnhslas Foi um do' pouco- passl'tos do l',11 r~· i~r~c~n~~oid~~sfi1º ~~ p1:~cll:t, etembro e na Cl'rimônia do Dia do Sol dado, em ago to. Dua vezes por s<'ma na, pelo menos, o Rolls Hovc<' tt•m dir lo a dar u~11a "volliaha'·. a))('nas pa ra mant1t(•nça , mas Sl'm sa11 d.1 ..: 11 , g 111 do l'alúc10 do Planalto, omk· lt •a guardado durantt' todo o ano.

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