O Liberal: jornal da amazônia. Edição n° 22.569. Sábado, 03 de fevereiro de 1990.
Belém. sôboda 3 de fevereiro de 1990· O UBERAL POLÍTICP 15 Previdência compra equipamentos superfaturados ELVIS CESAR BONASSA Coordenador de Cidade, doSucursoldeBrosilio lapas afirma que compra é legal O Ministério da Previdência e As istência Social comprou 36 aparelhos eletrônicos para exame de sangue, marca Roche, por NCz.S 206,8 milhõe (NCz.S 5,7 milhue a unidade), um valor pelo menos três vez.e superior ao de mercado. O preço real dos aparelho é Cz.S 42,1 milhõe (NCz.S 1,2 milhão por unidade), para pagamento à vista. Fatura– do, o valor chegaria no máximo a NCz.S 65,4 milhões (NCzS 1,8 milhão por aparelho), em valores ' do dia 10 de janeiro, data de emissão da nota fiscal. A diferença paga a mais varia, portanto, entre NCz.S 141 mi– lhões e NCz.S 164 milhões, valo– res superiores ao maior prêmio já pago pela Sena (NCz.S 104 mi– lhões). O processo contou com o aval do ministro da Previdência, Jáder Barbalho. A compra foi realiz.ada sem concorrência pública. A firma vendedora - Sainel Indústria e Comércio Ltda- é a represen– tante exclusiva da Roche em Bra– silia. O preço real dos aparelhos foi obtido na Roche Diagnósti– cos de São Paulo. Em uma resposta apresentada há três dias a um hospital, a Roche Diagnós– ticos ofereceu o aparelho -mo- ,. delo Cobas Mira- por USS 90 mil à vista e USS 140 mil para , faturamento. Ontem, a comuni– cação social da empresa confir– mou a informação por telefone, 1 cotando o aparelho em "cerca de 1 NCz.S 2 milhões", equivalentes a USS 110 mil pelo câmbio do dia. O preço cobrado pela . Sainel equivale a USS 442,3 mil no dia da emissão da nota. Do Sucursal de Brasílio José Maria Teperino. dire– tor do Departamento de ervi– ços Gerai do lapas, afirma que a dispensa de licitação na compra dos aparelhos para exame de sangue foi "perfei– tamente legal". Segundo ele, a Sainel comprovou que é repre– sentante exclusiva da Roche em Brasília. Além disso, o aparelho Cabas Mira é o único nacionalizado. Ncsca sicuaçào, segundo Teperino, não cabe concorrência. José Ribamar Pinto Serrào, presidente do lnamps. disse que a aquisição deste equipa– mento faz parte do proce so de modernização da rede hos~ pira/ar do ministério. "O ga- nhar" o valor fornecido pela Roche em São Paulo. Segundo Peres, os aparelhos vendidos ao ministério incluem kits de reagen– tes para realização dos exames. A Roche Diagnósticos admite que estes kits são vendidos separada– mente, mas seu preço não ultra– passa NCzS 300 mil. O processo de aquisição dos aparelhos começou com uma proposta da Sainel, apresentada diretamente ao gabinete do mi– nistro. Dali foi enviado, com autorização para que a transação fosse feita, ao presidente do lnamps, que controla os hospitais públicos federais e foi o destina– tário final da compra. Como o Jnamps não tinha dinheiro, soli– citou ao lapas -órgão de arre– cadação do ministério- que rea– lizasse a compra. bi11ere do miniscro nos enviou a proposca da Sai11el para avaliação. Para nós, o equi– pamento era realmente neces– sário". afirmou José Ribamar Serrão. O ministro da Previdência, Jáder Barbalho, estava ontem em Belém (PA). A chefia de gabinete informou, acravés da as es oria de impren a, que a informações deveriam ser pro– curadas no lnamps. Segundo ele, o ministério realmente re– cebeu a proposta da Sainel e implesmeme a encaminhou ao lnamps. Alcides Peres, da Sainel, di se que o preço co– brado escá correto. "Além dis– so, a neces idade deste apare– lho nos hospitais é muito grande", afirmou. eia do lapas ao gabinete do ministro. A saída foi no dia 25 de janeiro. No gabinete do ministro da Previdência, no entanto, não consta qualquer entrada deste processo -que está, aparente– mente, extraviado. Outro fato estranho se refere à autorização de pagamento (AP). Silma AJves de Oliveira, respon– sável pela ordem de fornecimento de material, afirmou que o nú– mero da autorização é 001 / 90. No entanto, nos arquivos do próprio lapas, a AP 001 / 90 se_ refere a "serviços de vigilância desarmada". Silma afirmou que "deve ter havido erro de numeração", mas não conseguiu localizar a AP referente à compra dos apare– lhos. No entanto, os aparelhos já estão em poder do Inamps desde Alcides Peres, um dos proprie– tários da Sainel, afirmou "estra- ' Depois de feita a compra, o o dia 10 de janeiro. Nesse dia a processo foi enviado da presidên- Sainel expediu a nota fiscal. (Transcrito da "Folha de S. Paulo" de ontem) Joaquim pode concorrer pelo PST Recile ( AG t- Oprefeito Joaquim ~~:;~~ :;;!~r~~~~ i't~tv!is~ candidatura a governador até o Cinal. deste mês.Se até aquela data não tiver a confirmaçãode que será ocandidato único do partido, a convenção vai exa– minar a possibilidadede concorrer pelo PST (Partido Social Trabalhista). Embora seja o preferido da maio– ria dos pernambucanos para sucedero governador Miguel Arraes, se~do pesquisa recente do Ibope, Joaqwmen– frenta problemas no PFL. Aala mais conservadora desse partido, liderada pelos deputados Ricardo Fiuza, José . Mendonça, Gilson Machado e Osvaldo Rabelo, não o quer como candidato e lançou a candidatura alternativa do tambémdeputado federal Osvaldo Coe– lho, tio do atual governador da Bahia, Nilo Coelho. Osvaldodefende que se faça prévia no partido para a escolha do candida– to, mas Joaquim não concorda. Argu– menta que o deputado nada tem a ~;':~~nçando-se na disputa, mas que Por isso, o prefeitoencontra-seho– je com osenador Marco Maciel no Re– cife para dar lhe um ultimato: ou o PFL reúne imediatamente as suas ba– ses (prefeitos, deputados vereadores) para dizerem qual dos dois preferem ou se desligará do partido. Cafeteira destitui dois líderes São Luis CAG) - Falhou a tentati– va do ~enador João Castelo, presiden- . te regional do PRN, de provocar o rompimento polHico entre o governa– dor Epitácio Cafeteira e o presidente José Sarney. Os deputados estaduais . ;::gré~ ~r:,atct.:a:~Uiº~~%,º~~ rias,. lider da bancada 'do PDC, foram d~btLI!dos das :e5pectivas funções por Ep1tác10 Cafeteira, porque eles haviam ' marcado uma reunião de todos parla– mentares do partido com o senador João Castelo. , são :;aeJi~~:; kr1:odd~~:d~~;:.,; ~!.~~~~~~~~id~"~~~\~j~: ra1s no ~ranhão,que somam mais de 150 em diferentes rtlveis, hoje, todos sob Q;t~d~ ~;tu~~:un"e~~ ~r~~: ~o, pelos JOrnrus, Cafeteira chamouos do_is líderes ao seu gabinete e os desti– lum, marcando, imediatamente, outro encontrocom bancada do PDC em sua ~:•ea~~l~mo horário do programa Dos 21 deputados do PDC, apenas um nã~ compareceu, mas ogovernador . aproveitou para deixar claro sua posi- ~~~tJ.:f;~ ~~~~ ~ºf.ro ~jl~~~ com o presidente José Sarney e respei– tará ocompromissocom ele assumido em 1986,quando seu nome foi indicado ~ct~~º:tii:, ~~~1~~~~~;!~ d~ deputado Sarney Filho para o Palá– :e~°:. Leões, sede do governo mara- Stroessner va1 derrubar muro em frente à mansão Brasllia <AJB> - No rua do pri– meiro aniversáriode sua deposição do governo paraguaio,oex-ditador Alfre– doStroessner rendeu-se enfim aos fis– cais de obras urbanas do governo do Distrito Federal que o autuaram por três vezes por construção irregularde um muro em frente à mansao onde mora, com o filho o coronel Gustavo, no LagoSul, osetor mais nobre de Bra– sília. Ele concordou em desmanchar omuroe vai limitar-se a uma reforma em frente à casa, fechando todas as ja– nelas e portas. Após a conclusão da obra,oex-ditador irá finalmente ler a proteção que julga necessária à sua condição de exilado político. Para obter a proteção qu_e preci– sava, Stroessner teve que enfrentar a resistência do diretor do Departamen– to de Licenciamentoe Fiscalizaçãode Obras, Paulo Fonseca. Sem querer a~rir exceções, por diversas vezes, o diretor ameaçou derrubar o muro ir– regularque o ex-ditador mandou er– guer para evitar o assédio da imprensa,de vizinhos curiosos e tam– bém de possíveis ataques de inimigos. "Nossos fiscais já expediram três au– tos de infração, mas atéagora tivemos paciência devido"a situação delicada do exilado", explica Paulo Fonseca. Co– mo código de obras do DF só permite a construção de muros na parle late– ral da casa, a familia Stroessner en– caminhou um projeto para o DLFO pedindo permissão para reformar a frente da mansão, fechando todas as aberturas da parte frontal. _~pesar de alterar a forma arqui– lelôruca da casa,a reforma foi autori– zada ontem pelo departamento de fiscalização de obras porque não con– traria a legislação vigente. Aobra ob– tev~ a permissão também do proprie– tário da mansão,o conselheiro do Ila- maraty Adriano Benayon do Amaral, amigo antigo do ex-ditador e que há um mês teve seu nome envolvido em um escândalo quando seus três filhos foram presos em flagrante roubando a residência do embaixador Tarcisio Marciano da Rocha. Desdeque chegou em Brasilia, há um ano, o ex-ditador e o ftlho vivem dentro da casa n?. 4 do conjunto 4 oLa– go Sul. Segundo os vizinhos, a familia é discreta e dificilmente saem ao pá– tio para tomar sol ou banho de pisci– na. ''Trabalho aqui há anos e nunca vi a cara desse homem", conta a empre– gada doméstica Toreza Maria da Con- ~~tf~Je ~!~!~~ ;~:;i~:in~i; empregada,a única pessoa da família que aparece, e mesmo assim raríssi– mas vezes, é o (ilho, Gustavo. "Até os empregados ficam escondidos, os úni– cos que aparecem no pátiosãoo guar– da e o jardineiro", narra Toreza. Antes de morar em Brasília,o ge– neral Stroessner e seu filho passaram por outros lugares. Nos primeiros rua de exílio, ficaram na casa de hóspedes da central hidrelelrica de Furnas em Itubiara, interior de Góias. Depois, fo– ram para a casa de praia da familia :: ?i:ar:!'.b~ 'ie~~~f liof~~~ 'j~ protesto de pessoas que não queriam a sua presença no Brasil. Em Brasí– lia, eles também não tiveram uma boa recepção. Assim que descobriram o ilustre vizinho,os moradores não gos– laramda idéia de conviver tão próxi– mo de um ditador que privou o Pa– raguai de um regime democrático por 34 anos, período em que esteve no po– der. Hoje os vizinhos não reclamam mais e, se não fosse pelo interesse da imprensa, Slroessner teria consegui– do que o esquecessem. Encontro Quércia-Cabral será em meados deste mês Brasllia CAG) - O primeiro en– contro do governador Orestes Quércia com o futuro ministro da Justiça de– putado Bernardo Cabral (sem partido– AM), deverá ocorrerem meados de fe– vereiro, informou ontem o secretário da Justiça do Estado, Antônio Cláudio Mariz de Oliveira Júnior. Durante en– contro_on~m com o deputado, Antônio Cláudio d_1sse que reafirmou o desejo d~ Quérc~a de conversar com o prin– cipal articulador político do futuro governo. Antes mesmo do encontro ogover– no de São Paulo da sinais de que pre– tende colaborar com o presidente eleito Fernando Collor: osecretárioda Justiça transmitiu a Cabra.l várias ex– periências que considera bem sucedi– das na áre,a penitenciária de SãoPaulo eque, acredita, poderiam ser adotadas a nível nacional. Entre essas sugestões está a im– plantação de uma campanha de rein– tegração dos ex-presidiários no mercadode trabalho; a criaçãode fun– dações de amparo ao trabalhador pre- ~~tfna~a!~ª;~~~!~ ~~e[!~~ed! :~;J~ com seu grau de periculo- Reforma dor ~:~l~ii~a«:s~~~~~eetº~~ uma profunda reforma de seu secre– tariado, tendo em vista as eleições par– lamentares e para o Palácioda Liber– dade em outubro. A reforma atingiu sele secrel:ârias, inclusive a pasta de Des_envolv1mento Social, dirigida pe– la vice-governadora Júnia Marise. Até o fim deste mês, mais três secretários deverão desii:icompatibili~r-se do go– verno para disputar as eleições, entre ~:m 0 ar~~:r:~~~~~1~i~ 6o~t~?:. Além da reforma em seu secreta- ~\:~~~~ ~~eu~~vi~s 0 o~~~~ªe~~oi:.3«:a~ bzada no fronl político. Escudado no apoio_ forma( de 4! deputados,além de prefeitos do interior, para que coorde– ne o processo de escolha do candidato ao governo de Minas, Cardoso encon– trou-se esta semana com osenador Ro– nan Tito e hoje conversará com Pen- ~! ~~~::~~~ti 0 :~li~era~~ ~ta e, na próxima segunda-feira, ele ~~~:. com a vice-governadora Júnia do_PMgJd~a~~i~~ ~ ~!~~~!~o~eJ: Minas, ~c~centando que até o fim deste mes Já terá escolhido a chapa :~tf~~~ apresentada a convenção do Fac-«imile do ordem de íomttimento de mute.rial com 'o diK riminaçAo e o pre(:O doa &pllrelho.- pttra exame" de ;.un-ut> Ulysses e notáveis do PMDB farão 'oposição responsável' São Paulo (AG > -Doze notáveis do PMDB reunidos on– tem na residência do presidente nacional do partido, depu– tado Ulysses Guimarães, decidiram garantir a governabilidade do pais, apoiando medidas do futuro gover– no Fernando Collor, desde que não prejudiquem os traba– lhadores. Eles defenderam uma "oposição de cautela ou dula do partido em relação ao governo do presidente elei– to, Fernando Collor, as divergências internas serão superadas. E,x~~t?v~e«~::1ct~ºª<;;~~~!~~~S~~Wa,~~; ~;~d~~~~: mesmo deixar o partido porque está afetando a legitimidade do PMDB. Elecitou nominalmente os deputados elson We– dekin, Bete Mendes, Márcio Braga e Dante de Oliveira. Os dois últimos já estão fora do partido. Ogovernador de Per– nambuco, Miguel Arraes, que também se desligou do PMDB, telefonou anteontem para o deputado Ulysses Gui– marães, comunicando seu afastamento e ficou de lhe en– viar uma carta explicando os motivos de sua saída. O ex-governador da Bahia também comunicou a Ulysses que deixará o PMDB. r~~~sj~e~d~~fsr~ 0 ç:~eW!~à ~~e~~~~s~e~~::imc1º~~: o PMDB deverá tratar com '"violeíicia" qualquer membro do partido que aceitar cargo no governo Collor. - Com o resultado da eleição, a sociedade exigiu que ~;:ii~:~~ ~i~~ç~1:;:~~:i~~=~~i:~~ftiodg;::; prejudicar a governabilidade do país - afirmou Ulysses, que na próxima semana receberá em sua casa os senado– res do PMDB para continuar discutindo a posiçãoque o par– tido adotará em relação ao governo Collor. Esse tema serviu hoje como pano de fundo da reunião. OPMDB espera, resolvendoessa questão, superarsuas di– vergências internas nos vários Estados, caraclerrzadas pelo desligamento de várias lideranças do partido e pela politi– ca de governadores, como Orestes Quércia, de São Paulo, e Nilo Coelho, da Bahia, que defendem a renúncia da Exe– cutiva Nacional. Esse assunto foi considerado prejudicial num ano eleitoral, mas deverá ser examinado na reunião do dia 14 da bancada federal em Brasília. O líder do PMDB na Câmara Federal, Ibsen Pinheiro, acha que esse assunto deve ser discutido por outras inst.ãn – cias do partido e não pela própria Executiva. O deputado federal Nelson Jobim, do grupo ulyssista, reconheceu, após o encontro, que, definid,a a hnha de con- - Já passamos por dificuldade maiores, como o mo– mento em que construimos um governo que não foi nosso e tivemos com ele uma relação esquiz.ofrênica de amor e ódio, de conflito. Nos não inventamos isto. Fomos colhidos nas leias do processo social e político. Construimos um go– verno para ser chefiado porTancredo eves, mas que aca– bou nas mãos de José Sarney, estabelecendo já na origem um conflito. Isto passou e o partido não morreu - disse o deputado. Arraes já pensa em "frente progressista" do p~~}~ !~;;; ~~i~~~d~i=-i~i~er~~~~e:~~~~ suasD~r~~tee~ l~~ri~:su~~e durou o lelefOllema dado de n~ !JUal o govern~dor de Pernamb\Jco,'Miguel Arraes, ofj- Brasília para São Paulo, Ulysses Guimarães fez unt últi- ctahzou a sua sa1da do (Jarlldo -:-_um d~f~ch? melancóh- mo apelo para que Miguel Arraes repensasse sua posição, co para.os li anos d_e ativa e cnltca m1htãnc1a. Antes de antes de deixar o PMDB. Sem sucesso. . concretizar seu deshgamenlo, um formal contato telefôni- - Eu já pensei bastante. Osenhor sabe que minha de- co foi feito com o presidentedo partido, Ulysses Guimarães, cisão é o resultado de um longo processo, que vem sendo q!le eslava em São Paulo. Desconle~le com o perfil ideoló- amadurecido há tempos. Minhas convições são opostas ás g1co_~o PMJ?B,_Miguel Arraes se f1ha ao PSB e prega des- defendidas pelo senhor. O tempo esta passando e a hora e de Ja a .criaçao de uma fren1:_e. formada por setores essa - reafirmou o governador, ressaltando que fazia ques- progress1slas, para fazer opos1çao ao futuro governo. tão que a antiga amizade dos dois tivesse continuidade. - Tomos de resistir as medidas de desnacionalização do país, que se apregoa, vão ser executadas pelo novo go– verno. Não defendo o isolamento do Brasil, mas é necessá– rio que se preserve um pouco de identidade econômica e cultural nestes relacionamentos com o capital externo - explicou o governador. Arraes comunicou que estava em Brasília para oficia– lizar sua desfiliação do PMDB e que na carta que seria en– tregue relatava todas as razões que o levaram a tomar tal decisão. a conversa com Ulysses Guimarães, Miguel Ar– raes reclamou que gostaria de ler comunicado a sua saída também ao primeiro vice-presidentedo Pl\,IDB,Jarbas Vas– concelos, e que lentará marcar vários contatos, sem sucesso. . Mesmo antes de se filiar ao PSB, Miguel Arraes parti– cipou das gravações do programa que o partido está pro– duzindo para ser levado ao ar no horário de propaganda gratuita no rádio e TV. Ele não quis revelar o que fará da– qui para frente, mas comenta que prefere ficar ao lado de Depois de formalizar sua saída do Pl\,IDB, reclamando da pouca nitidez oposicionista do partido, o governador Mi– guel Arraes jantou com o presidente Sarney. Guazelli quer aliança PMDB-PDT Porto Alegre CAJB> - Nos prepa– rativos do embateeleitoral da sucessão estadual. O governador em exercicio, Sinval Guazelli, está articulando a co– ligação de partidos de centro-esquerda para enfrenlamento da já anunciada :!i~n~~r:d~~rg~ap~!,~iirºdJ~jFo~; presidência. Segundo Guazelli, os pro– gressistas gaúchos devem buscar o en– tendimento para impedir o avanço "do conservadorismo da direita ao governo". Ele já se reuniu com o deputado Sérgio Zambiazi, popular radialista candidato polêncial ao governo e lide; do PT~ na Assembléia, obtendo apoio prehminar a um acordo. Guazelli est.ã conversando informalmente também com lideranças do PDT e do PSDB. Um encontro entre o governador Pedro Si– mon o ex-governador Leonel Brizola previsto para o dia 10, poderá selar o acordo entre PMDB e PDT, no Estado. Ogovernador Pedro Simon, que es– tá encerrando segunda-feiraa viagem fe~çU:i':a•Í;r~ªav~;oª~!:~~ fie~t! ~ formista de esquerda contra o crescimento de liderança estadual de Carlos Alberto Chiarelli, liderdoSena– do do futuro presidente, e do pedessis– la _Nelson Marchezan, dispostos a se ururem na eleição estadual. Deixou sob responsabilidade de seu vice o alinha– vo das conver.sas iniciais com os de– mais partidos: "Se conseguirmos efetivar essa g:ande frente, poderemos assegurara v11óna de um progressista já no primei– ro turno, evitando que um con ervador ~ssuma ogoverno", proclamou Guazel– li. Na sua opinião, o ex-governador Leo– nel Brízola, há de alinhar-se a esteposicionamento. . O prefeito da capital gau ha, Olí– v!o Outra (PT), porém, não se mostra disposto a um acordo do gênero.Segun– do el~ o J:'T lancará candidato próprio no pr1me1ro turno com plenas chances de vencera sucessão estadual só cogi- ::1o~~1:~ ~i:1~ç::º~~~~nst?Ni~1?s~~~r; acordos, que impedem a confrontação democráltca nas urnas", afirmou. Sarney desce a rampa e é saudado por populares Brasllia (Radiobrás'> - Fora de agenda, o presidente José Sarney es– teve, ontem ã tarde, no Palácio do Pla– nalto, onde começou a redigir a men– sagem presidencial que será lida na reabertura dos trabalhos legislativos, no próximo rua 15. O presidente tam– bém pegou a todos de surpresa, ao des– cer a rampa do Palácio, pouco antes i~s J~~~\!~~~:a~~ ãol~~~: te Militar e assessores do cerimonial. Ao terminar a descida,opresiden– te foi saudado festivamente por popu- ~~~ ~~eg~~rdC:~v:;C:!~~t~~~od! banda de música dos Dragões da In– dependência, o que acontece todas as sextas-feiras. Amaioria dos presentes era formada por pessoas de outros Es– tados, que se encontram em Brasília participando de um encontro de jovens evangélicos. Rapidamente. todos cer– caram o presidente e dele obtiveram autógrafos, alguns ganharam beijos - especialmente crianças - e outros aproveitaram para fotografias. Apesar de assediado pela impren– sa, o presidente nada falou, entrando rapidamente em um Opala e dirigindo– se ao hospital Sarah Kubilschek, de traumalo-ortopedia. Isto porque lá es– tá internada, desde a última quarta– feira, sua sogra. Vera Macieira. que fraturou o fêmur, terça-feira, em São Luís. Depois de uma hora e meia no hos– pital,acompanhado por dona Marly. o presidente revelou que ela deve per– manecer internada por mais uns 2 dias. e aproveitou para desfazer rumo– res de que pela sua demora no hospi– tal estaria aproveitandoa ocasião para também fazer exames de sua coluna. Ajuda da CEF ao Marnnhão Brasllia CAG> -Ao longo dos três ~~ã~ Ê~~~i ~~r:;~ ~~iii1eMl; República, figurou entreos mais bene– ficiados pela distribuição de financia– mentos da Caixa Econômica Federal (CEF). Essa foi a conclusão a que che– gou o deputado federal Antônio Brillo (PMDBb/RS), ao receber recenle– l'T!ente da_Caixa a reposta a vãrios pe– didos de informação, principalmente s_obre os recursos do Fundo de Garan– lta do Tompo de Servico CFGTSl. ~ais do que outros Estados, o Ma– ranhao aparece em praticamente lo– dos os quadros fornecidos pela CEF ~~~~::~ª}/ir~~ ~~~~~raç~~ Co!11 apenas 3,43% dos habitantes do pais, em 1988, o Estado ficou com 10,08% das liberações feitas para obras de saneamento e infra-estrutura urba– na, com recursos do FGTS. ó não re– cebeu mais do queSão Paulo, que, com quase 22% da população, levou 23% do mesmo bolo. Já o Rio de Janeiro en- ~~~~~ 5 ~~,~ da população, rec~beu Rio Grande do u1, Minas Gerai . Bahia, Ceará, Pernambuco e Espírito Santosãoos !11ais prejudicados, segun– do os re(~_lór!os, Embora não com tan– ta_ fr~uenc1a quanto o Maranhão, D1slr1lo Federal. Goia . Mato Grosso e MatoGrossodo ui figuram mais ve– zes como beneficiados. Respectivamente com t l<\, e 1,16% dos habitantes. Mato Grosso e Distrito Federal levaram. porexemplo. 6,12% e 3% do lotai de aplicações com recursos do FGTS (habitação. sanea– mentoe infra-estrutura urbana) em 87 e 88. bolo do qual o Maranhão. com 3,43% dos habitantes. recebeu 5.8%. A distribuição não foi muitodiferente ao longodos cinco primeiros meses de89, quando o Estado de Sarney ficou com tt.71% da soma das aplicações do FGTS. - As respostas aos pedidos de in– ~or~a~ão levam a constataçãode que ~~:~~~~aª~~w:;.;~~ti~ ~~jf!~'i~: o critério_ f~i pol(lico - acusa o depu– tado Anlomo Britto, autor da lei que. em outubro passado. reformulou o FGTS e eslélbeleceu regras rígidas pa– ra a distribuição dos recursos. Oplano de aplicações para t!l!IO já obedece a distribui ão aprovada pelo con clho curador. reativado c renova– do a partir da lei. Brilto conclui ainda q~e a contr_atação dos financimentos nao obedecia a um plunejamento. ra– zendo_com que muitas veze os com– p_rom1:i .~s supera em as d1spomb1hdad financeira da Caixa.
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