O Liberal: jornal da amazônia. Edição n° 22.568. sexta - feira, 02 de fevereiro de 1990.

OPINIÃO O gesto contemplativ? v:1i virar sinônimo de om1ssao Uma inflação de 56,1% em fim de Governo, e em meio às expectativas geradas pela ne– cessidade de ajustar-se a econo– mia em prazo curto - o que o presidente eleito da República tem repetido enfaticamente que vai fazer antes mesmo do que muita gente pens3l .- tal– vez seria o elemento bas1co pa– ra compor um cenário de caos, de convulsões sociais, de desre– gramento total, como aconte– ceu na Venezuela e na Argen– tina, por exemplo. Mas o Br~– sil é iliferente. E felizmente o e! Para o mês passado, econo– místas projetavam, três, qua– tro meses atrás, uma inflação que, otimístamente, bateria na casa dos 70%. Cientistas so– ciais com o currículo recheado de teses brilhantes, apresenta– das perante bancas examina– doras de reputadas universi– dades da Europa e dos Estados Unidos, chegaram a vaticinar que os conflitos na Venezuela e, mais recentemente, na Ar– gentina seriam apenas um pá– lido, esmaecido retrato do que aconteceria no Brasil da hipe– rinflação. Mas o que é hiperinflação, afinal? Preços alucinantemen– te altos? Remarcações diárias, desenfreadas? Salários corroí– dos ao dia, por não acompa– nhar pari passu a inflação? Defasagem astronômica entre o dólar oficial e o transaciona– do no mercado paralelo? Mais uma vez: o que é mesmo a hi– perinflação? No Brasil diferen– te de tantos outros países que passam por agruras semelhan– tes às nossas, no Brasil de eco– nomia indexada, nem mesmo os téoricos são capazes de de– finir ao certo como e por que motivo um índice inflacionário de quase 2% ao dia não tira o país do sério, pelo menos nas dimensões e na amplitude nor– malmente esperadas. Essa é uma realidade, sem dúvida, alentadora para quem dirige os cordéis da eoonomia nacional e para a própria equi– pe econômica que vier a ser en- carregada, pelo presidente eleito, de reconstruir o país, de repô-lo na rota do crescimento, de afastar a xenofobia que ele– ge o investimento externo co– mo o grande vilão de todos os males de conferir ao Estado atribyições que lhe são especí– ficas como a de voltar-se para a áre~ social, tentando minorar - senão resolver definitiva– mente - as carências que afli– gem milhões de pessoas, de um extremo ao outro do país. É alentadora porque a po– pulação, muito embora inco– modada, atribulada, eston– teada por ver-se aprísionada num ambiente econômico de tantos problemas, ainda assim é capaz de guardar expectati– vas otimístas. As aferições rea– lizadas por institutos de pes– quísa, neste período que ~nte– cede a posse do novo presiden– te da República, indicam claramente que as medidas já anunciadas pelos assessores do sr. Fernando Collor de Mello contemplam, em linhas geraís, o que a população deseja. E o que todos desejam imediata– mente é que a inflação seja de– belada rapidamente, seja gol– peada fundo. A partir daí, ou paralelamente às providências adotadas para reduzir a infla– ção, é que serão definidas as outras linhas de ação para su– perar, passo a passo, mas num ritmo constante, as muitas ou– tras distorções que levaram a economia brasileira a chegar ao estágio em que se encontra - e que dispensa comentários adicionais. Não é demais, entretanto, agregar a essas expectativas otimistas a disposição para, efetivamente, participar, de in– fluir de forma decidida nos projetos que se destinarão a reorganizar a economia brasi– leira. Agora mesmo é que não se pode mais ficar olhando a banda passar. Quem agir as-· sim, estará não apenas contem– plando, mas se omitindo de colaborar. Nomes & fato~-------------. vacina - As doses da vacina cu– bana que serão utilizadas contra a meningite meningocócica - que já registrou 19 casos apenas este mês, =~ih~~~~~fe!!%!~~J:~~u~ perinten~ente de Planejamento, Epi– demiologia e Informação da Secretaria Estadual de Saúde (SE– SA), Estephãnia Gonçalves Nogueira. OMinistério da Saúde já garantiu 180 mil doses para oEspírito Santo, mas Nogueira afirmou que seriam neces– sárias mais de um milhão para vaci– nar toda a população da Grande Vitória. As 180 mil doses que virão de São Paulo são suficientes para atender a 90 mil pessoas já que,cada uma,pre– cisa de duas doses. Na próxima se– gunda-feira, técnicos viajam para a capital paulista, onde se encontrarão com técnicos do Ministério da Saúde para discutir a estratégia de aplica– ção da vacina. Estephãnia Nogueira esplicou que, nesse encontro, tentará negociar a vinda de mais doses dava– cina para oEstado. Adata da vacina- ~~~!1:r~ anc~~~ ~~e~~~;~o~!~ por volta do dia 12. Caso não obtenha sucesso em sua tentativa, Nogueira disse que serão e~i~~ti; 3! ~~~!czioJ~~~=-~~ lembrou que Linhares - onde ocor– reu no ano passado um surto de me– ningite dos tipos A e C - é um dos l~is que deverá ter ,irioridade na vacmação,além do bairro Santa Mar– tha, em Vitória, e outros da Grande Vitória onde foram registrados surtos ou um número elevado de casos da doença. Carnaval - Cento esetenta mil tu– ~tas _brasileir~ eestrangeiros deve– rao vrr a Recife e Olinda entre a semana pré-carnavalesca e os três dias de carnaval, segundo previsões da Empresa Pernambucana de Turis– mo - Empetur. Esse número repre– senta_ um aumento de 25%, aproXlilladamente, em relação ao re– gJStro de turistas que visitaram as duas cidades no ano passado - 127.041 - no mesmo período. Com essa previsão, os hotéis e pousadas de Recife e Olinda já estão sem condições de fazer reservas pa– ra o car!laval e a partir de agora, quem qmser ver e dançar ocarnaval das duas ci~ades terá que que apelar para os amigos.De acordo com a Em– petur, os turistas brasileiros que es– tão optando pelo carnaval recifence vêm praticamente de todos os Esta– dos,enquanto os estrangeiros há uma predominância de americanos e alemães. Embora ainda falte mais de vin– te dias para ocarnaval,o Reciit: j.. ~- tá vivendo em ritmo de frevo, com atrações todas as noites no centro do Recife. Amanhã, por exemplo, have– rá uma prévia carnavalesca. ttu- Conhecida na politica como ~~t!r~g~~ :s ~~~rs~~ versas igrejas, a cidadeonde se con– centra grande número de antiquários, Itu, "onde tudo nasce grande", come– mora hoje, sexta-feira, 380 anos. Com uma população de 150 mil habitantes, esituada a 92 quilômetros de São Paulo, ltu tem outros aspectos que a fazem conhecida em todo opaís. Por exemplo, seu clima tropical tem– perado, com temperatura entre 16 a 22 graus.Exatamente pela pureza de sua água, a cidade chegou a ter deze– nas de fábricas de refrigerantes. A mais antiga delas,a Schincariol, fun– dada há 51 anos, inaugurou em 1989 a mais nova cervejaria do Brasil e pro– duz atualmente um milhão e 250 mil dúzias de cerveja por mês. . Fundada em 1610, Itu sediou a fa- mosa convenção republicana, em 18 de abril de f873, quando teve inicio a derrubada da Monarquia.Em função doseu passado histórico, a cidade re– cebe milhares de visitantes nos fins desemana e feriados, que encontram pelas ruas marcos da passagem dos bandeirantes, da família imperial e dos republicanos. Além, é claro dos famosos objetos de tamanho exagera– do, que celebrizaram Itu. Educação - Mais de 100 milhões de crianças em todo omundo não têm acesso ã educação e os investimentos necessários para expandir suficiente– mente o sistema educacional soma– riam cerca de 50 bilhões de dólares afirmou o administrador do Progra'. ma das Nações Unidas para oDesen– volvimento (PNUD), William Draper I_II, em uma entrevista coletiva rea– h~da er.: l\fova Iorque.Draper disse a~da qu~ a maioria das crianças que nao frequentam escolas são do sexo feminino. "Na África su;,: ~ariana, por exemplo, a taxa de alfabetização masculina é de apenas 34%, mas a ta– ~ feminina chega a ser 50% menor, 1Sto·é, 17%. Para combater esse pro– blema e ajudar a acabar o analfabe– tismo, é que será realizada em Jomtien, na Tailândia, entre os dias 5e9de março,a Conferência Mundial sobre Educação para Todos, informou ontem no Rio de Janeiro o Centro de Informa~o das Nações Unidas. A ~n~r!~%t3~~~~ s~~~ctf:ttr~:: co e· Unicef, deve adota~ uma declaração mundial sobre educação ~;r;:/}~;sº b~~i~~!ct~!~~e~d~z~~~: seJam alcançadas nos anos 90. O LIBERAL Belém, sexta-feira. 2 de fevereiro de 1990 J. BOSCO [ Coluna do Castello A viagem como show já está completa Aparte mais vistosa da viagem de Fer– nando Collor ao exterior está realizada. Is– so não quer dizer que careçam de importância suas conversas em Bonn, Lon– dres, Paris, Lisboa,Madri e Roma nas quais poderá ser convocado a examim1r mais con– cretamente aspectos do relacionamento com o mercado eur~u e com o Clube de Paris, com cuja direçao a assessora Zélia Cardoso de Mello deverá iniciar o exame da questão da dívida brasileira creditada aos organis- ~~~~~~~~\r~i~ 0 d!h~;;vnr.:J: j~e~~/~ti~~1 o duplo efeito interno e externo estão feitos. Já se sabe oque pretendeu opresidente elei- ~d~0;;e~~1:n~i;tie~b!r~~nr;}~~e~ª;;;~ \'; tenção do que fato. Foi um ato político e es– te terá sua conclusão pendente das próprias poli ticas de governo que, depois da posse, Collor terá de explicitar e implantar. Anovidade antes da posse será o anún- ~~o :~~~::à~ li~~~s~~~i~~~:~~ tema. Considera-se praticamente escolhida ~~~! ~ª~;e~~~~:o e1:i~ª!f~~~\Jii~ ~~: ~r:ir;:·~i~~ii:;';fnTc~tit.~ ~!~~f~ pastas serão P,reenchidas, segundo a inten– ção por critér10s de competência eproximi– dade do futuro ministro com o presidente. Não será um ato politico a escolha, ou será político.apenas na medida em que não será ~~:!s:o~i~i~rc~~. 11 ~~:s\:t:i~~rn~º:o~:~: íi~&lti~~:~~~i~~ ile~in~~ ~:~~f~t~~'.ª1~~~ não significa a exclusão de outros políticos. Eventualmente osenador José Agripino po– derá ser designado ministro mas as razoes para tanto seriam mais do presidente do que da política. Orelacionamento com os partidos está situado por enquanto na base do convenci– mento de que não pode ser negado respaldo a execução de um programa antiinflacioná– rio e de contená;o de despesas, entre as ~~~ib ªp~~iJ;ite i!ct~q~ªc!~~~:g~~~'. vém a políticos, que não têm muitos motivos para a ele se oporem, correrem o risco de contrariá-lo e perder a eleiçã.o em outubro. Um crédito de confiança deverá ser odesfe– cho da intensa atividade do futuro ministro da Justiça, gue conta de saída com a adesão por assim dízer ideológica dos governadores de São Paulo, de Minas e da Bahia ao pro– grama de privatização da economia e de !~fm~;ltKM~~~grº ~~~~~~~~~~ Arraes e oex-governador Waldir Pires, já es– tão com nova legenda acertada e o deputa– do Ulysses Guimarães que se entenda com o ~overnador Quércia, o governador Alvaro Dias e quantos permanecem no partido pa– ra controlar a legenda na linha do centro de– mocrático. mas~i!r~: ~ºp~isfcte~~!d/;irt~tsºe~!: t~~c~1oº c:;rn~e:~01fi;i~~e~oªp;;~iifu Íe~ verá oficializar oportunamente seu apoio ao futuro chefe do governo,conforme a tendên– cia generalizada de toda a bancada.Se ose– nador Agripino ganhar um ministério, isso, t;~~~ºr::tfu~ee~~~=!1!S:~t~~~f~~ dec~~: tiga amizade sem conotação partidária. Mesmo porque para ambos a política até aqui não tem passado compulsoriaMente, mas apenas por conveniência, por legendas partidárias. OPMDB é que não deve ter nada. Mes- ~0d~l~~~~ át• pi~!wo;c:~osf~i ~~~~~i•Je~ putado Bernardo Cabral e como será even- ~~!~~j?~~ g ~e1~::1d~~;, g1~~rt:íif~rJ estão em alta, como se sabe. Intriga mineira A sucessão mineira evolui em meio as intrigas habituais. O PMDB, solidamente ~i.n~~~~ªr~ 0 1~~~1i~~~n~°éa~~:~;:~~ to, José Aparecido e Júnia Marise.'O ex-go– vernador poderá não ter também o PDT, se Brizola acertar a aliança com Lula e Covas destinada a prestigiar Pimenta da Veiga, fe– liz com os números da pesquisa feita no Estado. Opresidente do PRN nacional anunciou '.1~:é n!i!~~?!~is~~rr::i~~ ê~T~~~~~ entanto, esclarece que não requereu inscri– ção no PRN mas foi convidado pelo presiden– te da sua seção mineira, professor Ivan Barbosa, a entrar no partido.Antes de 15 de março, isto é,antes de deixar o governo, não tomará decisão. Se o fizer, pelo ingresso no PRN, não pedirá inscrição ao diretório na– cional mas ao diretório estadual. Ao nacio– nal restará o expediente de intervir no ~~~~tc?oi~~o seria do agrado do deputado Ocandidato de Newton Cardoso é seu se– cretário da Indústria e Comércio, Flávio Pentagna Guimarães,e ele está tentando im– pedir que o PTB abra a legenda a Hélio Garcia. Carlos Castello Branco A.18 ..-----~ LIBERA!....-----------. Diretor-Presidente: Lucidéa Maiorana • Diretor-Executivo; Romulo Maiorana Júnior • Conselho-Diretor: Romulo Maiorana Júnior,Carlos Alcantarino e João Pojucam de Moraes • Diretor– Comercial: Rosemary Maiorana Monleiro • Dire– tor-Administrativo: Rosãngela Maiorana Kzan • =!~.í1~~!~11~nô~~i~~na~it,~ ;8b"Jl:'stt g°Ê BRASILIA - Setor Comercial Sul, Ed. "Oscar Nie– meyer", salas 7ffl/708 - CEP 70.300 - Telefones: (061) 223-5811 e 223-192t, Telex (061) 1474 • SUCUR– SAL DE SANTARi::M - Trav. José Agostinho, m ~~,~~~·tl~~~~~~u~i'iWi~i~x - Rua São José, 1698 (altos) - Tel.: (061) 92724 • ~]~=~.~~~. t~~:.~t~t~':t1geJ;ri~~t RO/RJ - Av. Na. Sa. Copacabana, 664 - 81. A - 6' Andar - Galeria Menescal - CEP 22050. Fones: (021)256-2755/5274. Telex: 21-23473 e 366ffl. Fac– Slmile: 021-256-5268. Filiais: SÃO PAULO- Av. Ma– jorSertório,212 - 1• andar - Vila Buarque- CEP 01.222. Fone: (011)257-l255/1452.Telex: U-33933. BRA– SILIA - DF: ses Edifício São Paulo - 4• andar - sala 418 - CEP 70314. Fone: (061) 223-7366/ 22:Hi875.Telex: 61-3485,SÃO WIS-MA - Rua do Pau d'Arco, quadra H - casa 3 - S. Francisco - CEP 65ffl5- Fone: (098)227-4372. Resp: Joaquim Leonor Filho, FORTALEZA-CE - Av. Monsenhor Thbosa, Ili - loja 139 - CEP 60000. Fone: (085)231-3352. ~M$~:'.:.'Jt [;~~~~~~;~=!~:/~ l~~~~"p 50050. Fone: (081)222-3586. Resp.: Francisco de As– sis Rodrigues Cordeiro,SALVADOR-BA - R. do So– dré, 78 - Centro - CEP 40.110. Fone: (ff1l)243-2202 e o BIP OAB 242-5599. Respons.: Eduardo Andrade Barbosa, Belo Horizonte-MG - R. Espírito Santo, 466 - conJ. 603 - CEP 30160. Fone: (031)224-9400. Respons.: Ulisses Nascimento GOIÁNIA-GO - HP Editora e Publicidade Ltda. ..'.... Av. Goiás - Ediff– cio Bradesco-sala 55 Centro - CEP 88010. Fone: ~:;t,~j5~i; 'a~~~~ ~e;::~ªj g~;=.-:!; C04O223-!m3. Resp.: Ziygimal Gr.,ybowski,SANTA CATARINA - Revecon Representação de Velculos Ltda. - R. Felipe Schmidt, 58 cj. 904 - CEP 88010 - Florianópolis/SC, Respons.: Ivan Silveira Filho. Fone: (0482)224-4226. Telex: 481-247, PORTO ALE– GRE/RS - SITRAL/RÁDIO PUBLICIDADE - Av Borges de Medeiros,_915 - 4' andar, 401 - CEP 90060. Raul _Co~rêa S1lvana, Solange, Celso Corrêa e Graça R1be1ro. Fone: (051)253178/0367. Telex· 51-3752. . O LIBERAL - Editado por Delta Publicidade - C.G.C. CMF) 04929683/0001-17 - Estadual 08497. Administração, Redação, Oficinas, Publicidade e Sede Própria: Rua Gaspar Viana,223 a 253. 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Rio de Janeiro,São Paulo, = NCZ$ 32,00.Serra Norte, Marabá, Redenção = NCZ$ ~i:u 1 .~~iªri;~~cÃ~1~~~?a~~Cj~~-F:~~c~~ rena, Abaetetuba,Tome-Açu, Vila Concórdia Buja– ru, Acará e Rio Maria = NCZ$ 22,00.Santaré~.São Luls ! ~acapá = NCZ$ 25,00. Parintins, Roraima, Rondoma e Acre = NCZ$ 35,00. Ourilãndia, Paraua- ~.~\~~;;..e~~~~°a't,~ ~.;fj~~~C-4~c: Preço de Assinatura para Belém: ' · Tri"!~~~~~ções.~i~-t~i~i~~~-222'.1~~Z$ I.098,00 REPORTAGEM CLASSWICAOOS Telefone: 222-3000 CPABX> Telefone: 222--0133 Telex: 91.1026 - 91.1825 Serviço noticioso nacional e internacionalde o LIBERAL é responsabilidade das Agências: JB, Es– tado, OGlobo, Radíobrás, United Press lnternatio– nal, Associated Press, Reuters e Sport Press. sina~~c~~i~~o~~~~~d:~i~~a~~l~~~se~sª~~f::~s; nem sempre refletem a opiniãodo Jornal. Os origi– nais não são devolvidos, ainda que não publicados. O LIBERAL é filiado á Sociedade lnterameri– cana de Imprensa - SIP e á ( Joelmir Beting ) A perestroika é nossa Para a rádio de Moscou, repetindo o jornal "Izvestia", o governo Collor tem tudo para imitar o Gorbachev e re– cortar na Economia Brasileira o mes– mo figurino da "Perestroika" sovié– tica. No caso brasileiro, economia di– ta capitalista, a reestruturação abran– geria o esvaziamento da intervenção estatal no mercado,o enxugamento da burocracia pesada e molóide, a extro– versão econômica no comércio e no ca– pital e o resgate da economia de mercado (com todas as suas virtudes e·defeitos). Gorbachev e Collor não conversa– ram sobre tema tão opulento, mas fica a/observação dos analistas soviéticos: eles acham, nas entrelinhas, que esta– mos a bordo de um modelo econômico ultrapassado, com forte vocação para ocapitalismo de Estado.Que não é ca– pitalista nem socialista. Apenas com– bina os defeitos do capitalismo com os pecados do socialismo. Essa economia de comando, que não consegue resolver nem o caso do metanol, já morreu e está cheirando mal. Reforma é lenta Aabertura soviética é um plantio de problemas para uma futura colhe\• ta de soluções. Não se desmonta em três anos uma estrutura de sete déca– das. Aabertura política (Glasnost) po– de acontecer em apenas três meses. A reforma econômica (perestroika) exi– ge, no mínimo, 10 anos. No moment<>i osistema em sobressalto está no bura– co negro: deixou de ser comunista e ainda está longe de ser capitalista. J tenta descobrir-se socialista. Com dt- reitoAa ;:j~!~~~: J:mEa:;:;~~coOrientai queima etapas no mesmo processo· liberta-se da ditadura do partido úni– co. Mas ainda não sabe oque alojar em seu lugar. Hungria dispara A Hungria dispara na frente e as– sume o capitalismo sem constrangi– mento: inaugura Bolsa de Valores, introduz ocartão de crédito,acaba com a estabilidade no emprego, consagra a propriedade privada na agricultura, projeta a tributação sobre a renda, ad– mite a criação de sindicatos indepen– dentes, regulamenta odireito de greve, discute a adoção da falência e privati– za negócios até aqui estatizados. Os húngaros são pragmáticos: sem abertura econômica não haverá sustentação para a abertura política. Reino da euforia Na Alemanha Ocidental, Fernan– do Collor desembarca na economia mais sólida do mundo: modelo doca– pitalismo social. Ela fechou 89 com ex– pansão de 4,1% e inflação de 2,8%. Ano passado, o número de desempregados recuou em 10%. E só não caiu mais por– que o sistema aquecido teve de absor– ver 730 mil refugiados da Alemanha Oriental. Na extroversão Aobesidade interna dos alemães é resultante do modelo de extroversão econômica : as exportações anuais aproximam-se de US$ 250 bilhões, ul– trapassando os Estados Unidos, com . US$ 230 bilhões. Os japoneses conten– taram-se com US$ 215 bilhões. Na exportação, os alemães nadam contra a maré da valorização cambial • do marco.E chegam à praia de um su– perávit anual de US$ 115 bilhões. Secos e molhados 1. Agentes de viagem suspiram ali– viados: o CMN ignorou a proposta de conversão das passagens aéreas para o dólar turismo. 2. O viajante brasileiro não mere– ce isso: ficar nas mãos do "black" in– festado de especuladores e boateiros ciclotímicos. 3. Passagem aérea é bem econômi– co sério. Não deve ficar atrelado a um negócio especulativo ou manipulável. 4. Passagem pelo câmbio de mer– cado, como se faz nas melhores econo– mias, terá de aguardar a criação do mercado de cãmbio. 5. Até lá, ogoverno poderia conten– tar-se com um adicional sobre a taxa oficial, realmente defasada. Um im– posto de viagem de até 30%. 6. O brasileiro já está pagando na viagem ao exterior um imposto oculto: a milhagem mais cara do mundo nas linhas que partem da América do Sul. 7. Nova contribuição burocrática para o futuro racionamento do álcool: produtores de cana,açúcar e álcool vão continuar na defasagem. 1 8. Ogoverno descumpriu o acordo firmado com o setor: concedeu reajus- ~~re~~~:~ s9~~ 5 ~~,ll % l. Os usineiros , 9. Novo tarifaço na Argentina. No– vo salto da inflação dita corretiva. No– vo desencanto da população com o governo da remissão. 10. No Brasil, o tarifaço também– terá de aguardar a troca de governo. A defasagem maior é da Telebrás. Ame- :..-.:-. . tia Skl"",.1 rfs. ·

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